sexta-feira, dezembro 28, 2007

Para ler nas férias

O significado da palavra férias mudou muito desde a chegada do André. Com a planejada viagem à Europa adiada por tempo indeterminado, não me restou muito além de curtir as opções culturais da cidade nos próximos 30 dias. O problema é que a programação nesta época do ano, a começar pelas salas de cinema, costuma privilegiar a criançada.

Não se trata de uma reclamação. Curtir o filhote em tempo integral é a maior recompensa que poderia desejar depois de um ano tão produtivo como 2007. Além do mais, tenho uma estante cheia de livros a minha espera. Separei dois deles para ler nas férias:

- Os Detetives Selvagens, de Roberto Bolaño
- Todos os Nomes, de José Saramago

Se conseguir chegar ao final de um deles já me darei por satisfeito, até porque também pretendo usar o tempo livre para concluir a revisão do sucessor de O Roteirista. A conferir.

quarta-feira, dezembro 26, 2007

Achada

Não foram poucos os leitores que me cobraram uma análise mais aprofundada do ensaio fotográfico de Juliana Knust na Playboy de dezembro. O problema é que, desta vez, nenhuma edição da revista veio acidentalmente parar em minhas mãos. Porém, me sinto confortável para atribuir um rating à moça, pois já conhecia o conteúdo do material apresentado na publicação. Não, eu não peguei a Juliana Knust. Se isso tivesse acontecido, a uma hora dessas o mundo inteiro já saberia da façanha...

Na verdade, antes da Playboy a atriz já havia mostrado seus dotes no filme Achados e Perdidos, um daqueles filmes brasileiros novos, mas feitos à moda antiga, se é que vocês me entendem. E a atuação da atriz, se é que vocês me entendem, foi muito boa...

Classificação S&P:
Juliana Knust: "A"

segunda-feira, dezembro 24, 2007

Vesperal matutino

Trabalhar na véspera de Natal é, no mínimo, estranho. Há um certo clima de anarquia no ar, como se a gente pudesse escrever qualquer coisa. Pelo menos por um dia a Agência Estado vira uma espécie de S&P...

Agora, sem hipocrisia: Feliz Natal a todos!

sexta-feira, dezembro 21, 2007

Questão subjetiva

Reproduzo aqui, da maneira mais aproximada possível, o diálogo com um de meus poucos leitores, que por acaso trabalha comigo. Ele não conhecia minha veia literária, tampouco este S&P. A conversa aconteceu num encontro casual nos corredores da redação:

- Legal aquele teu blog – ele disse. – Bem divertido e tal, mas...
- Mas...
- Nada, esquece. É bem legal – falou, tentando escapar.
- Como assim? Você ia dizer algo! Eu sei, o layout está um pouco desatualizado, né?
- Não, não é isso. É sério, foi uma bobagem. Estou meio atrasado. A gente se fala e...
- É essa mistura de sexo e política, tenho certeza! Quer dizer, tem pouco sexo e muita política, eu sei. Toda vez que tento corrigir isso acontece...
- Olha, o conteúdo é bom – ele interrompeu. – No seu livro com certeza tem mais sexo. E nenhuma política, é verdade. Mas a proposta do blog é diferente, eu entendi. Foi uma questão mais subjetiva que me incomodou.
- Subjetiva? O que há de subjetivo no S&P?
- Nada. Esse é o problema.
- Sei – concordei, confuso.
- Não, é sério. Eu li e me diverti com o blog, mas ele não parece, como posso dizer, um blog de escritor.
- Um blog de escritor? E como é um blog de escritor? – indaguei, curioso e perplexo.
- Não sei. Por isso não queria dizer nada. Só sei que não é como o S&P.

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Complete o post

Dando seqüência à mesopotâmica campanha Onde está O Roteirista, na semana passada encontrei dois exemplares da obra-prima de Vinícius Pinheiro - devidamente escondidos do público, é claro - na livraria da estação Barra Funda. Na ocasião, aproveitei a movimentação do lugar para posicionar um deles na bancada principal, logo acima de um livro de auto-ajuda qualquer.

Pois bem, na volta à livraria uma semana depois encontrei apenas uma edição de O Roteirista. O que me leva a duas conclusões possíveis: ou o descuidado balconista posicionou os livros em locais diferentes ou provavelmente o outro exemplar do romance foi...

terça-feira, dezembro 18, 2007

Propaganda enganosa

Na escassez da programação da TV a cabo – ainda mais no meu pacote pão-duro da TVA –, precisei aguardar mais de um mês para assistir à estréia de Árido Movie, ontem, no Canal Brasil. Quem como eu assistisse à chamada acreditaria que se tratava de um road movie de comédia, pois todas as cenas remetiam à tríade formada pelo “núcleo maconheiro” da trama. Além da propaganda, sabia apenas que o diretor da película era o Lírio Ferreira, do bom Baile Perfumado - que também assisti na televisão (Bandeirantes, acho).

Para minha decepção, o filme se propõe a ir muito além disso. Decepção porque considero esse o grande problema do cinema nacional: o excesso de pretensão. Pois bem, a trama parte da história do repórter do tempo – daqueles que ficam na frente do mapinha animado – que volta à cidade natal para o enterro do pai. No caminho, encontra os amigos maconheiros que dominaram as chamadas do Canal Brasil e outros tipos típicos do Nordeste.

Seria um prato cheio para uma boa comédia se o diretor não desejasse usar a história para “discutir os problemas do Brasil”. A partir de então, passamos a nos deparar com os contrastes de um País que espalha antenas de celular pelo sertão e vira as costas para o problema da seca. A falta d’água, aliás, é a chave que abre as portas de todas as tramas. Genial, não?

Não, uma grande chatice. Se na primeira metade a história prende, até porque você, telespectador desavisado, se agarra à esperança de que a comédia irá prevalecer, na segunda hora o filme se enrola de uma tal forma que não resisti a algumas zapeadas de canal, só para me certificar de que não havia nenhuma reprise de De Volta Para o Futuro em algum outro canal.

Por conta dos vários momentos em que deixei de prestar atenção, não sei dizer se os vários e grotescos erros de gravação que colecionei eram de fato inadvertidos ou, de alguma maneira, faziam, ou tentavam fazer parte da trama.

Ao final, Árido Movie me ensinou apenas uma lição: não se baseie apenas na propaganda do canal de televisão antes de assistir a um filme.

Classificação S&P:
Árido Movie: “B-”

Canal Brasil: cai de "A" para "A-"

domingo, dezembro 16, 2007

Jingle Bells

Pela escala de plantão de fim de ano, consegui escapar do ano novo e, de quebra, vou emendar a semana de folga com as férias. Nada mal, não? Para compensar tamanha benevolência, a firma me colocou para trabalhar em plena terça-feira, dia 25, pela manhã. Será que encontrarei vestígios de Papai Noel pelas ruas desertas?

P.S.: Por falar em plantão, adivinhem onde estou enquanto atualizo este blog...

sexta-feira, dezembro 14, 2007

Onze e meia

Como quem não quer nada, mandei uma sugestão de pauta sobre o lançamento do meu livro para o Programa do Jô. Bem, se a resposta não foi a mais animadora, valeu ao menos pelo beijo do gordo...

De: jo@globo.com
Para: mim
12 dez (2 dias atrás)

Estaremos avaliando a sua sugestão. Obrigado pela sua participação e continue nos escrevendo. Um beijo do gordo!

quinta-feira, dezembro 13, 2007

...And I feel fine

Espere aí! A CPMF foi derrubada e o mundo não acabou? Pois é. Uma pena um assunto tão delicado ter sido tratado de forma apocalíptica pelo governo. O Companheiro Lula e seus asseclas cometeram erros, sem dúvida. Mas a principal responsável pela derrota foi a oposição – mais notadamente os tucanos –, que fingiu de forma descarada estar disposta a negociar quando, na verdade, não mudaria o voto nem que a vaca tossisse. E, acreditem, ontem a vaca tossiu no Senado.

Classificação S&P:
Lula: cai de "B-" para "C+"

quarta-feira, dezembro 12, 2007

No sangue

São Paulo, tarde de terça-feira. Nada como uma conversa para amenizar o difícil e congestionado percurso entre o Hotel Renaissance (quase o meu segundo local de trabalho) e a redação. O taxista bem que se esforçava, mas o interlocutor, sentado no banco do passageiro invariavelmente com um ar blasé, insistia em não colaborar. Depois de esgotarmos os temas básicos, como trânsito e meteorologia, passamos vários minutos do trajeto em silêncio. Até ele voltar a puxar papo:

- Já viu o estado desse Elevado? Vai acabar com o pessoal da São Silvestre.

- É verdade – eu respondo, sem dar bola e com o mau humor característico de quando estou a trabalho.

- Você não tem cara de quem corre.

- Acertou. Fico cansado só em falar nesse assunto.

- Esse ano eu não vou – ele prosseguiu, sem se dar conta da indireta. – Pra correr a São Silvestre é preciso estar preparado. Com todo o respeito, quando eu corro é pra valer. Não vou fazer palhaçada pra aparecer na TV.

- Sei – me rendi. – Tenho umas amigas que vão participar. Elas são loucas por esse negócio.

- Corrida é pra quem é louco mesmo. Está no sangue – ele falou, batendo forte nas veias do braço esquerdo cuja mão segurava o volante.

- É, acho que não está no meu – eu disse, olhando para o meu próprio braço em repouso.

- Tem gente que gosta de correr, tem gente que gosta de ler. Aposto que você gosta de ler.

Ele finalmente chegou aonde eu queria.

- Não só de ler como de escrever. Inclusive acabei de lançar um livro! – me empolguei.

- Eu não gosto de ler. Você devia tentar o tênis – desconversou.

“Espere aí!”, eu queria dizer. “Você está falando com um escritor, meu chapa! UM ESCRITOR!!!” Mas não adiantava. Como ele próprio disse, devia estar no sangue.

- Tem razão - respondi, depois de pensar um pouco. - Acho que vou tentar o tênis.

domingo, dezembro 09, 2007

Não-ficção

Da série: “agruras de um escritor”:

Resolvi tirar a tarde de sábado para um passeio rápido pelas livrarias da Paulista. Não queria perder a oportunidade de conferir O Roteirista na prateleira dos lançamentos, ombro a ombro com os mais vendidos, os cultuados, os clássicos... Afinal, eu era um escritor publicado por uma das maiores editoras do País. O momento era meu, sem dúvida.

Pouco antes de sair de casa, fui abatido por um estranho temor: e se, de repente, me reconhecessem em plena livraria? Quero dizer, não gostaria de ser flagrado lambendo a cria assim, em público. Não pegava bem para um escritor do meu nível. Eu já podia me ver cercado de pessoas, algumas com caneta na mão, em busca de um autógrafo da mais nova promessa da literatura nacional.

Seria interessante, embora meu desejo, de verdade, fosse apenas observar, se possível de longe, a reação das pessoas ao folhear as páginas do livro. Algumas delas o rejeitariam de cara, talvez pelo conteúdo um tanto pornográfico, ou pela falsa auto-indulgência do autor na apresentação da orelha. Tinha certeza, porém, que muitas outras nutririam uma certa simpatia e acabariam por levar um exemplar debaixo do braço em direção ao caixa.

Para evitar ser reconhecido por algum fã mais exaltado, adentrei à livraria portando meus famosos óculos para pautas jornalísticas e direção noturna, no melhor estilo Clark Kent. Não esperava encontrar O Roteirista logo na prateleira principal, mas algo dentro de mim alimentava essa expectativa. E, céus, se isso acontecesse, não seria capaz de me conter. Tomaria um exemplar em minhas mãos e daria no pé, sem me preocupar com as câmeras de segurança ou alarmes. Ninguém conseguiria nos agarrar...

Seria uma história com final feliz, mas tão irreal quanto a minha grande obra de ficção. A dura realidade era que O Roteirista não aparecia em exibição não só na prateleira principal como em nenhuma das outras dez ou quinze prateleiras daquela enorme livraria que, no passado, abrigou um cinema.

Devia haver algum engano, na certa, pois vários de meus "colegas" de Safra XXI, inclusive aqueles lançados há mais tempo, encontraram seu espaço de destaque. Como numa trama macabra, sentia-me como a donzela indefesa prestes a ser assassinada de forma brutal, sem entender como aquela que deveria ser uma das principais estréias da literatura nacional estava fora do alcance da maioria de seus potenciais leitores.

Após uma intensa e desagradável procura, cheguei a uma estante empilhada de livros com o rótulo “literatura brasileira”, de onde só se podia ver os títulos pela lombada. Foi lá que, caprichosamente posicionado ao lado de outros escritores com o sobrenome com a inicial “P”, encontrei o exemplar único de O Roteirista.

Solitário, indefeso e, pior, invisível, senti pela primeira vez o amargo gosto do fracasso literário escorrer pela garganta. Eu sabia que o livro só ganharia adeptos entre a multidão que lotava a livraria se estivesse em exposição como os demais. Foi quando tive a brilhante, embora previsível idéia de colocá-lo por conta própria em uma das prateleiras de destaque.

Pôr o plano em prática não foi tão simples. Era preciso executar a missão sem correr o risco de ser apanhado. O problema é que todos pareciam me observar, não como quem reconhece um escritor, e sim um trapaceiro. Com um pouco de astúcia e perícia, posicionei o livro em uma prateleira intermediária, acima de um Borges reeditado pela Companhia das Letras – e com todo o destaque do mundo. Logo depois, subi um lance de escadas e, da seção de livros de arte, pude enfim dar seqüência a minha intenção original de observar como as pessoas reagiam diante de minha obra.

Imaginava que o livro seria descoberto pelo primeiro cliente mais atento, mas depois de uns quinze minutos sem que ninguém sequer chegasse perto da prateleira – apesar da livraria cheia – decidi dar uma volta para relaxar. Acabei me distraindo na seção de CDs clássicos e de jazz, onde fiquei por cerca de meia hora. Mas parte de meus pensamentos ainda permaneciam no livro e no estranho que o levaria para casa, ou quem sabe o daria de presente para alguém. Tinha absoluta certeza de que O Roteirista não estaria mais no lugar quando voltasse.

E não estava mesmo! Um livro vendido em meia hora, seria esse um prenúncio do sucesso? Eu já começava a imaginar meu nome na lista de best sellers quando notei que, logo abaixo de um dos exemplares da pilha do Borges, uma pequena fagulha cor-de-rosa brilhava na minha direção. Não podia ser! Era o meu filho único que jazia quase morto, sufocado pela Biblioteca de Babel e outros contos geniais do escritor argentino.

Para ter parado ali, O Roteirista deve ter sido manuseado por várias pessoas, o que não era de todo ruim, eu pensava, tentando me conformar. De fato, o livro chamava a atenção, nem que fosse para uma rápida olhadela, seguida de um desprezo desmesurado que o levou a ser engolido mais uma vez.

Quem sabe seja esse mesmo o destino de meu romance? Perder-se em meio a títulos mais badalados, ou melhor divulgados, ou melhor escritos, ou os três ao mesmo tempo...

A visita à livraria só não me tirou a convicção de que, por mais isolado e escondido que esteja, o livro chegará às mãos das pessoas certas. Se é que já não chegou. Por via das dúvidas, reposicionei O Roteirista em destaque acima dos livros de Borges antes de voltar para casa.

sexta-feira, dezembro 07, 2007

Semana cheia

Para os amantes da economia e do mercado financeiro, aqui segue a lista dos principais eventos e indicadores previstos para a próxima semana. Só para que não venham reclamar caso não tenha tempo para atualizar este S&P:

- Reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central dos EUA (ao contrário daqui, lá os juros devem cair);
- Votação da CPMF (duvido que aconteça, mas vá lá..);
- Divulgação do PIB do 3º trimestre (mais conhecido como o "espetáculo do crescimento");
- Ata da reunião do Copom (as desculpas esfarrapadas do BC sobre por que os juros continuam nas alturas).

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Nome aos bois

Muito se engana quem pensa que fiquei decepcionado com a absolvição de Renan Calheiros pelos coleguinhas no Senado. O resultado era mais do que esperado. Sinto apenas não ter como saber como votaram nossos nobres parlamentares. Por via das dúvidas, admiro a coragem (ou falta de vergonha na cara, como queiram) daqueles que declararam publicamente apoio ao ex-presidente do Senado. Mas isso não se aplica ao vira casaca do Mercadante!

Em tempo: o placar de ontem (48 votos contra a cassação e 29 a favor) foi bom para Renan, mas seria insuficiente para o governo aprovar a prorrogação da CPMF. Com um agravante: a votação desta vez não será secreta.

Classificação S&P:
Renan Calheiros: permanece com "C". Apesar de ter se salvado, perdeu a presidência do Senado.

terça-feira, dezembro 04, 2007

Furo

Tem muita gente na imprensa torcendo para que a votação da prorrogação da CPMF se arraste o máximo possível. Do contrário, o que será da cobertura jornalística ate o fim do ano?

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Segunda

O fim de semana futebolístico não poderia ter sido melhor para um são-paulino. Nem mesmo o mais otimista entre os pentacampeões brasileiros imaginaria que um dia assistiria ao rebaixamento do Corinthians e a desclassificação do Palmeiras da Taça Libertadores, em uma só tacada...

Classificação S&P:
Corinthians: cai de "D" para "D-" (só volta para o "D" quando e se voltar da Segundona...)
Palmeiras: cai de "C-" para "D+" (desse jeito em breve fará companhia ao rival...)
São Paulo: A+ (o melhor time do Brasil permanece com a nota máxima)

sexta-feira, novembro 30, 2007

Meus 30 anos

O diretor de redação da AE foi feliz ao resumir a semana do escriba deste S&P:

"Lançamento de livro, aniversário... só faltou comprar ações da BM&F, hein?"

Para informação do leitor: os papéis da Bolsa de Mercadorias e Futuros dispararam 22% no primeiro de negociação.

quinta-feira, novembro 29, 2007

Entrelinhas

Eu bem sei que o leitor deste S&P não agüenta mais falar de O Roteirista. Prometo voltar o quanto antes para assuntos mais interessantes, como a prorrogação da CPMF... Mas não pude resistir a mais um comentário quando li no Estadão de hoje que o lançamento do livro da jornalista, escritora e deusa Mônica Veloso atraiu menos de cem pessoas. Certamente um público menor do que o da noite de autógrafos do futuro best seller de Vinícius Pinheiro...

Classificação S&P:
Mônica Veloso: cai de "A" para "A-"

quarta-feira, novembro 28, 2007

Obrigado

Escrevo hoje apenas para agradecer a todos os que compareceram ao lançamento de O Roteirista. A julgar pelo meu punho direito em frangalhos de tanto assinar livros, a noite de autógrafos foi um sucesso. Quero deixar registrado aqui que o reencontro com os amigos, alguns recentes deste S&P, e outros de longa data que nem sequer sabem da existência deste humilde blog, valeu tanto quanto minha realização literária. Isso sem falar no aniversário de três meses do André, completados no mesmo dia e devidamente celebrados ontem na Livraria da Vila.

E antes que me perguntem, vou, sim, plantar uma árvore. Mas tudo a seu tempo, por favor...

terça-feira, novembro 27, 2007

É chegada a hora

Caso o convite abaixo esteja ilegível, o lançamento de O Roteirista, a (por que não?) obra-prima de Vinícius Pinheiro, acontece neste dia 27 de novembro (terça-feira), a partir das 18h30, na Livraria da Vila (Rua Fradique Coutinho, 915 – Vila Madalena).


Clipping

Quem tiver um Estadão por perto, não deixe de conferir o Caderno 2 de hoje, que traz na página 3 uma entrevista imperdível com o autor de "O Roteirista". O livro também foi objeto de reportagem de Folha On Line. Confiram!

Vida de repórter

Incrível. No histórico dia do lançamento do meu livro, me escalam para cobrir uma coletiva de representantes da associação de bancos de Luxemburgo. Alguém se habilita para ir no meu lugar?

quarta-feira, novembro 14, 2007

Plastic Ono

Será que ninguém mais além de mim está farto de ouvir falar da Yoko Ono? Não agüento mais os intermináveis debates sobre a (ir)relevância da obra da senhora John Lennon que inundam a imprensa. Mas o pior mesmo são as viuvinhas dos Beatles, que por falta de coisa melhor pra fazer ainda a culpam pelo fim da banda. Pelamordedeus, isso aconteceu há 37 anos!

Classificação S&P:
Yoko Ono: "C" (espero que este seja o primeiro e último post sobre ela)

terça-feira, novembro 13, 2007

Nas bancas

Quem quiser saber tudo sobre previdência privada pode comprar a próxima edição da revista Estadão Investimentos, que sai em dezembro. Essa bendita matéria é a razão deste S&P andar às moscas ultimamente...

quinta-feira, novembro 08, 2007

Caras de pau

Já tem tucano dizendo que a descoberta da maior reserva de petróleo do País, anunciada hoje pela Petrobras, foi apenas mais um fruto da brilhante gestão FHC colhido no governo Lula...

terça-feira, novembro 06, 2007

Marquem na agenda

Agora é oficial! O Roteirista, a já aclamada obra-prima de Vinícius Pinheiro, terá noite de autógrafos no dia 27 de novembro, na Livraria da Vila (R. Fradique Coutinho, 915, Vila Madalena). Na mesma ocasião será comemorado o aniversário de três meses do André. Não percam (e reservem uma graninha pra comprar o livro!). Quem quiser receber o convite em casa pode me mandar um e-mail (vipinheiro@gmail.com).

quinta-feira, novembro 01, 2007

Gênios da raça

Tucano é um bicho estranho mesmo. Um partido formado em sua maioria por burocratas bem intencionados, mas sempre burocratas. Um belo dia, um deles teve uma idéia brilhante: abrir as escolas públicas nos finais de semana para promover atividades culturais e esportivas. O burocrata tucano imaginou que aproximar a comunidade da escola contribuiria para reduzir os índices de criminalidade, em especial nas regiões mais pobres. Não poderia estar mais certo.

Mas eis que em outro belo dia, outro burocrata tucano bem intencionado achou que precisava cortar os custos da inchada máquina pública. E arbitrariamente escolheu como um dos alvos o Escola da Família. Resultado: redução pela metade do orçamento do programa.

Um dos alvos da bestialidade tucana, sob o comando do “estadista” José Serra, foi a escola estadual que fica na frente de casa, agora devidamente lacrada nos sábados e domingos. Uma pena, pois já estava acostumado a despertar aos sábados com o barulhinho que as crianças, ansiosas, faziam enquanto aguardavam pela abertura dos portões, sempre às 9 horas. No lugar delas, agora jaz um cartaz em papelão emporcalhado - uma espécie de símbolo da falência do poder público.

Classificação S&P:
José Serra: rebaixado de “C+” para “C-”

quarta-feira, outubro 31, 2007

Lula 2014

Já andam dizendo por aí que a Fifa é petista. Segundo a teoria da conspiração, a escolha do Brasil como sede da Copa de 2014 não passa de um complô esquerdista para levar Lula de volta à Presidência. Se é que ele vai mesmo largar o osso em 2010, o que este S&P só acredita vendo...

terça-feira, outubro 30, 2007

Cáustico

Enquanto a qualidade do leite segue sob desconfiança geral, o pequeno André - que completou dois meses no último sábado - ri à toa, pois possui um fornecimento exclusivo e com procedência garantida...

segunda-feira, outubro 29, 2007

Cidade dos Tiras

Na última sexta-feira, deixei de ser um dos três ou quatro terráqueos que ainda não assistiram ao filme Tropa de Elite. Relutei muito em escrever algo sobre o assunto, já que nada do que disser será novidade para você, antenado leitor deste S&P. Porém, pensei que alguém talvez quisesse saber minha opinião sobre a polêmica película. Então lá vai a nota. Logo abaixo detalho os por quês:

Classificação S&P: “A-”



Duro de roer
Uma avaliação simplista diria que Tropa de Elite é uma espécie de Cidade de Deus na versão dos tiras. Uma análise detalhada confirma essa impressão. O que não chega a ser um demérito, já que o trabalho de Fernando Meirelles foi a melhor coisa que o nosso cinema produziu em muito tempo.

Como toda produção hollywoodiana, o filme é um primor em termos técnicos, da trilha sonora nervosa do Tijuana na abertura às cenas ultrarealistas de incursão nas favelas. Porém, não há muita história além das agruras do Capitão Nascimento (em negrito, por respeito...) em busca de um substituto.

"Tu é moleque!"
Mas quem quer saber de enredo quando você tem nas mãos alguns dos melhores bordões e cenas de ação do cinema nacional em todos os tempos? A discussão sobre o fato de o filme pôr nas costas dos usuários a responsabilidade pelo problema do tráfico de drogas é o de menos. Tropa de Elite é diversão pura, e o lugar para esse tipo de blá blá blá não é no cinema, ainda mais em uma produção desse naipe. Ou você já viu alguém discutir terrorismo nos EUA em cima de um episódio de 24 horas?

Oscar
Com seus defeitos e virtudes, Tropa de Elite era nossa única chance real de conquistar o tão sonhado prêmio da academia norte-americana de cinema. Mas em vez de indicar o filme de José Padilha, fizeram o grande favor de colocar na disputa o insosso O Ano em que meus pais saíram de férias. Tá certo, o filme é bonitinho e bem feito, mas foi, no mínimo, superestimado.

Elenco feminino
Enquanto todos ficam exaltando a atuação do Wagner Moura, este S&P estava mais preocupado em conferir os dotes do elenco feminino, encabeçado por Fernanda Machado. Infelizmente, pouco mais do que seu belo rosto aparece na película. De um modo geral, o pequeno batalhão de atrizes, que conta ainda com Maria Ribeiro e Fernanda de Freitas, está de parabéns, embora pudesse ser melhor “explorado” pelo diretor...

sexta-feira, outubro 26, 2007

Lona

O ritmo da internet às vezes me deixa um pouco desorientado. São tantas as novidades e tendências que a cada dia vejo menos razões para atualizar este velho e surrado blog. Mas, de alguma fora, sinto-me compelido a fazer parte desse circo, ainda que esteja destinado a fazer o papel do palhaço que, em vez de fazer rir, assusta as crianças no picadeiro.

quinta-feira, outubro 25, 2007

Batalha de modelos

A notícia de que o rato de praia Aécio Neves - que nas horas vagas ataca de governador de Minas Gerais - deseja juntar seus trapinhos com a Miss Brasil Natália Guimarães acirra a disputa para a vaga de primeira-dama em 2010. Até o momento, quem domina o posto nas pesquisas do Instituto S&P é a atriz Patrícia Pillar, a senhora Ciro Gomes.

Classificação S&P:

Aécio Neves: leva um "B-" pelas conquistas "extra-políticas"
Ciro Gomes: ganha um "C+" por ter a melhor primeira-dama
Natália Guimarães: "A-" (ainda prefiro a Patrícia Pillar)
Patrícia Pillar: "A" (ainda penso nela naquele papel de sem-terra em alguma novela dos anos 1990...)

terça-feira, outubro 23, 2007

Bananas

Ah, como eu adoro o nosso Senado! Em mais um exemplo de trabalho pesado, os nobres parlamentares decidiram livrar hoje o colega Eduardo Azeredo da investigação do mensalão tucano. E não foi só isso. Já que o clima era de indulto geral, a mesa diretora aproveitou para congelar um nos "ene" processos que correm contra o pai do filho da Mônica Veloso, também conhecido como Renan Calheiros. Depois da faxina, o picadeiro ficou pronto para a aprovação da prorrogação da CPMF...

segunda-feira, outubro 22, 2007

O anti-oráculo

A vitória e o título de Kimi Raikkonen na Fórmula 1 me fizeram desistir de uma vez por todas de prever qualquer resultado esportivo. Minha aposta convicta era na conquista de Lewis Hamilton, que amerelou feio em Interlagos e ainda foi prejudicado por uma estratégia de corrida tosca da McLaren. E depois de tanta sorte há quem diga que o filandês da Ferrari era azarão...

Bem, antes que alguém pergunte, continuo acreditando que o São Paulo não vai deixar o título brasileiro escorregar por entre os dedos. Mas que fique claro que se trata apenas de uma torcida, e não de uma previsão...

Classificação S&P:
Kimi Raikkonen: o homem de gelo leva um "A-"
Lewis Hamilton: vai levar um tempo pra digerir a barbeiragem e ganha um "C+" de consolação

quarta-feira, outubro 17, 2007

Autran

Quando cheguei à redação sabia que não seria mais um sábado abafado e morno de plantão jornalístico. No dia anterior, morria o ator Paulo Autran, aos 85 anos. O corpo era velado na Assembléia Legislativa de SP e fui mandado imediatamente para lá.

De repente, lá estava eu urubuzando artistas e personalidades em busca de alguma frase de efeito que definisse o morto, que nos observava calmamente do caixão a poucos metros. Acompanhei o final da cerimônia e segui o cortejo até a Vila Alpina, do outro lado da cidade, onde o corpo foi cremado. Ao final, acho que fiz um trabalho razoável, embora medíocre, de todo modo.

Assim como o resto da torcida do São Paulo (a do Corinthians não freqüenta teatro), sou um grande admirador do trabalho de Autran, apesar de ter assistido a apenas uma peça (Visitando o Senhor Green), naquele esquema “preciso ver o velho em cartaz antes que seja tarde”.

Não vou ficar aqui me derramando em elogios que já foram proferidos com muito mais propriedade pelos amigos e colegas de profissão do mestre. Para mim, a grande lição deixada por Paulo Autran foi mostrar que é possível fazer o que se gosta, em qualquer tempo e sob todas as adversidades.

E, definitivamente, cobrir velórios não está entre minhas preferências.

Classificação S&P:
Paulo Autran: “A”

segunda-feira, outubro 15, 2007

Prelo

Fontes da editora Rocco asseguraram a este S&P que O Roteirista, romance de estréia do jornalista e modelo Vinícius Pinheiro, será lançado ainda este mês. A conferir...

quinta-feira, outubro 11, 2007

Dilmão ganha todas

É duro reconhecer, mas o leilão de concessão de rodovias federais foi um sucesso. Houve competição e o preço dos pedágios que serão cobrados nas estradas privatizadas foi para o asfalto, com o perdão do inevitável trocadilho. Em algumas praças, vai custar menos de R$ 1,00. Enquanto isso, quem como eu pega o sistema Anchieta-Imigrantes para chegar às praias santistas precisa morrer com R$ 15,40 (valeu, tucanada!).

É claro que o preço baixo pode ser um tiro na culatra se as rodovias federais continuarem capengas. Mas até aqui o processo comandado pela ministra Dilmão Rousseff, que comprou briga com todo mundo e por pouco não põe tudo a perder, provou-se mais uma vez o mais correto.

Classificação S&P:
Dilma Rousseff: Dilmão se cacifa para concorrer à Presidência e leva um "B-"

terça-feira, outubro 09, 2007

Questão de ordem

Se o senador Renan Calheiros deseja ser inocentado dos processos que recaem sobre ele, uma boa dica seria anexar aos autos do processo a Playboy da Mônica Veloso (haja negrito pra essa mulher...). Após ler (ler, sim, e daí?) a publicação que dava sopa pela redação hoje, não consegui deixar de sentir um pouco de inveja do ilustríssimo calhorda...

Outro dia

Ora, ora. Esqueçam o mau humor, ou a depressão pós-parto, como comentou a Rejane logo abaixo. Depois de uma segunda-feira típica, hoje pela manhã, quando estava pronto para mais um dia sem grandes emoções, eis que me chega à mesa a Playboy da Mônica Veloso. Não, é claro que a visão das belas curvas da minha colega de profissão não foi a única responsável pela minha melhora repentina. Mas pelo menos me fez lembrar daquele velho ditado que diz: nada como uma Playboy após a outra. Ou alguma coisa parecida...

segunda-feira, outubro 08, 2007

Em branco

Falta de tempo para atualizar o blog não é privilégio deste que vos escreve. Mas nos últimos tempos me pego surpreendido sem ter o que dizer. Ou dizer de uma maneira que ninguém disse antes, o que no fringir dos ovos dá no mesmo. Desta forma, decidi revisar minha própria nota, depois do upgrade recebido em julho do ano passado, com a notícia da aceitação de O Roteirista pela Rocco:

Classificação S&P:
Vinícius Pinheiro (S&P): rebaixado de "A" para "B"

sexta-feira, outubro 05, 2007

Procura-se bar

Quem me conhece sabe que sou o tipo de cara meio recluso, mas não um ermitão. Por razões óbvias, não estou na fase de sair muito de casa, mas esse comportamento não foi motivado pelo nascimento do André. Faz tempo que não me deixo levar pela boemia, nem mesmo tenho vontade de sair de casa ou de esticar o trabalho em algum happy hour (que expressãozinha mais ridícula...). Alguns amigos com razão me cobram o velho Vinícius dos tempos dos bares em Santos, aquele que não fugia à luta quando via um copo cheio de cerveja sobre uma mesa.

Poderia alegar que, enquanto eles se divertiam e enchiam a cara nos últimos anos, eu permanecia em frente ao computador na companhia de uma xícara de café gelado, produzindo algumas das mais belas pérolas da literatura e que deram origem a O Roteirista... Isso se O Roteirista fosse de fato uma pérola literária, o que, convenhamos, não é o caso - apesar das qualidades inegáveis do romance, um dos futuros grandes lançamentos da editora Rocco.

A verdade pura e on the rocks é que desde que cheguei a Sampa ainda não encontrei um bar para chamar de meu. Opções não faltam, é verdade, talvez até me identificasse com algum deles se morasse mais perto.

Pensando bem, acho que o problema é esse: localização. A cidade de São Paulo, com suas intermináveis ladeiras, não permite que tipos como eu bebam à vontade e depois regressem cambaleando pelas ruas até chegar em casa. A opção seria tomar um táxi, mas o preço de uma corrida em bandeira 2 equivale a pelo menos quatro cervejas. Portanto, ou encontro um bar nas redondezas ou continuo a tomar minha cerveja de frente para a TV...

quarta-feira, outubro 03, 2007

Sina

Matizes, o nome do novo CD do Djavan, não tem cara de nome de CD do Djavan?

segunda-feira, outubro 01, 2007

Passo a passo

Achei no Youtube o curta Memórias Sentimentais de um Editor de Passos. O filme guarda algumas semelhanças com O Roteirista, em especial na figura do protagonista, em busca de uma história genial. Fica difícil saber quem veio primeiro, já que escrevi o livro em 2005 e o filme foi lançado no seguinte, um ano antes do aguardado romance. De todo modo, vale a pena dar uma olhada:


Classificação S&P:
Memórias Sentimentais de um Editor de Passos: "B+"

sexta-feira, setembro 28, 2007

Eleonora

Passei o crachá na entrada às 8h13. Mais dois minutos e estaria fora. Não, o chefe tinha mais com o que se preocupar além de controlar o horário de chegada e saída dos funcionários. Ele próprio chegava bem mais tarde.

Mas o chefe não precisava lidar com Eleonora, o nome que dei à pequena máquina que controlava a rotina no escritório. Nos encontrávamos quatro vezes ao dia, na entrada e na saída, antes e após o almoço. Ao final de cada mês, ela teimava em revelar os detalhes de minhas pequenas promiscuidades diárias.

Nossa relação teve altos e baixos, até que recebi o ultimato: mais um atraso e perderia o emprego. Sabia que não podia mais vacilar, estava sob o controle inflexível de Eleonora. Mas não hoje. São 8h13, e o som do pequeno bipe emitido por ela, como um orgasmo, depois que passei o crachá entre suas apertadas ancas, não deixava dúvida: ela me amava.

quinta-feira, setembro 27, 2007

30 dias

Hoje é dia de festa lá em casa. O André completa um mês de vida neste dia 27. Nem preciso dizer o quanto os papais de primeira viagem sofreram nesses trinta dias. Mas podem ter certeza que o choro, as fraldas sujas e as noites em claro não são nada perto da felicidade de curtir cada momento ao lado do pequenino...

terça-feira, setembro 25, 2007

Ame-o ou...

O Brasil é mesmo uma beleza, não? Enquanto o Companheiro Lula brinca de fazer discurso na ONU, a Bolsa bate novos recordes, a seleção feminina de futebol chega às semifinais da Copa do Mundo, a Câmara prorroga a CPMF... ops, foi mal!

segunda-feira, setembro 24, 2007

Cascão fora

Minha mulher fez uma descoberta genial: reparou que na fralda da Turma da Mônica não aparece o desenho do Cascão! Devo dizer que o personagem nunca foi um de meus favoritos - não por não tomar banho, e sim por ser corintiano. De todo modo, não deixa de ser uma hipocrisia deixá-lo de fora das fraldas. Afinal, o que os bebês fazem com elas não deixa nada a dever a nenhum Cascão...

Classificação S&P:
Fralda Turma da Mônica: "C"
Cascão: cai de "B+" para "B-" (por coincidência, a mesma nota do Companheiro Lula...)

sexta-feira, setembro 21, 2007

Da série: "Grandes Momentos da Imprensa"

Entrevistei nesta semana o Prêmio Nobel de Economia Harry Markowitz. É claro que você, caro leitor deste S&P, não deve ter a menor idéia de quem é o homem - hoje um senhorzinho com 80 anos que vive e dá aulas em San Diego, Califórnia.

Mas vamos lá: simplificando ao extremo a teoria - que eu nem me arriscaria em tentar explicar - basta dizer que Markowitz imortalizou o velho ditado: "nunca coloque todos os seus ovos numa cesta só". Ou seja, ele provou matematicamente que, ao diversificar as aplicações, você pode lucrar mais correndo menos riscos. É pouca porcaria?

quinta-feira, setembro 20, 2007

Best sellers

E atenção para a substituição nos livros de cabeceira de Vinícius Pinheiro, aos 29 do primeiro tempo:

Saem: William Faulkner, Ernest Hemingway e Scott Fitzgerald
Entram: Tracy Hogg (Os Segredos de Uma Encantadora de Bebês) e Gary Ezzo e Robert Buckman (Nana Nenê)

terça-feira, setembro 18, 2007

Elefante

Imagino que o ex-soberano, líder supremo e gênio da raça Fernando Henrique Cardoso tenha mordido a fronha após saber do resultado da pesquisa Ipsos publicada no Estadão de domingo. Os dados mostram que a maioria da população (67%) acredita que o principal responsável pela estabilidade econômica é o Companheiro Lula. Apenas 7% dos mal agradecidos brasileiros lembraram dos longínquos tempos do tucano-mor como timoneiro do plano real.

Classificação S&P:
Companheiro Lula: “B-”
FHC: como ser supremo e gênio da raça, não possui classificação à altura

domingo, setembro 16, 2007

Há tempos

Muito bom o programa especial da Globo sobre o Renato Russo exibido na sexta-feira. Me fez lembrar, com saudades e um tanto de estranheza, o período em que fui seguidor da "religião urbana". O tempo passou, mas os versos de Renato continuam a povoar minha mente. Basta ouvir a melodia de alguma das canções da banda ao longe para que a letra me venha à mente, acompanhada sempre de uma passagem da minha vida. Ganha um doce quem adivinhar qual delas não me sai da cabeça desde o nascimento do André.

Classificação S&P:
Renato Russo: "A"

quarta-feira, setembro 12, 2007

Tributo a Renan

E deu Renan Calheiros! Quarenta senadores – por coincidência, o mesmo número de mensaleiros processados pelo STF – votaram pela absolvição do presidente da Casa, contra 35 a favor da condenação e seis covardes abstenções. Como tributo ao ilustre parlamentar, este S&P lhe dedica uma versão do célebre samba enredo da Mocidade Independente De Padre Miguel, campeã do carnaval carioca de 1990 – época em que Renan andava de mãos dadas com Fernando Collor. Dá-lhe Renan!

Ah, vira virou, vira virou
Renan Calheiros chegou, chegou
Virando nas viradas dessa vida
O Senado desmoralizou...

Classificação S&P:
Renan Calheiros:
sobe de “D” para “C”

terça-feira, setembro 11, 2007

Questão de justiça

Duas postagens no mesmo dia? Pois é, mas desta vez é só para indicar o blog Estrela Roubada, criado por torcedores do Internacional ainda inconformados pela perda do título brasileiro de 2005 para o Corinthians. Nem preciso dizer que este S&P está do lado dos colorados desde criancinha, ou melhor, desde 2005...

Lotação

O trem em que viajavam dois ministros foi atacado a tiros por traficantes no Rio. Também, com tanto ministro dando sopa por aí, cedo ou tarde um deles viraria notícia...

segunda-feira, setembro 10, 2007

A gente não quer só comida

Enquanto o André acumula anticorpos para enfrentar esse mundão em que nós o colocamos, o negócio é não sair de casa. Nesses três dias de fim de semana prolongado, pus o pé fora de casa apenas para dar uma rápida passada no supermercado. Foi lá que encontrei uma promoção muito bem bolada da Nestlé, perfeita para papais novatos como eu. A tradicional caixa de bombons veio acompanhada de um DVD com os melhores episódios da série Friends. O preço, com o perdão do trocadilho, é salgado: R$ 19,90. Mas para quem precisa de uma diversãozinha extra entre uma mamada e uma troca de fraldas, caiu como uma luva.

quinta-feira, setembro 06, 2007

O verdadeiro furo

Para este S&P, pouco importa se o senador Renan Calheiros será ou não cassado. Na verdade, eu gostaria até de agradecê-lo por ter revelado ao mundo as curvas da musa Mônica Veloso, que saem na íntegra na edição de outubro da Playboy...

quarta-feira, setembro 05, 2007

Imposto(res)

O governo tem feito tanto terrorismo com essa história da prorrogação (mais uma vez!) da CPMF, que só de birra comecei a torcer para que os aliados mensaleiros do Companheiro Lula se rebelem e votem contra o governo...

segunda-feira, setembro 03, 2007

Unplugged

Alguém pode me explicar resumidamente o que aconteceu no mundo na última semana?

quinta-feira, agosto 30, 2007

27 de agosto de 2007

Assim como Pessoa, não sou nada nem nunca serei, mas passei a guardar em mim todos os sonhos do mundo. Obrigado, André!

sexta-feira, agosto 24, 2007

Big Brother STF

Você, leitor deste S&P que acessa este valoroso blog do ambiente de trabalho e faz uso de programas de bate papo como o MSN, sabe bem que é necessário tomar precauções e ficar atento quanto à possibilidade de algum intrometido bisbilhotar o conteúdo da tela do computador. Eu mesmo escrevo este post no meio de uma matéria, para disfarçar o (raro) momento de ócio.

Pois bem, parece que os digníssimos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) desconheciam essa regra básica da infomática e foram flagrados trocando mensagens durante o julgamento do caso do mensalão. De picante, apenas a insinuação de que o ministro Eros Grau, carinhosamente apelidado de “Cupido”, rejeitaria a denúncia em troca de um favorzinho do Planalto.

Nem vou aqui julgar o mérito da questão, deixo isso para os veneráveis juízes, gabaritados e diplomados para tal. Afinal, na rádio peão costuma rolar de tudo. Mas que, no fundo, toda fofoquinha tem um fundo de verdade, ah isso tem...

quinta-feira, agosto 23, 2007

Nove meses

Creio que esse negócio de turbulência nos mercados financeiros tenha assustado o pequeno André. Ele hoje completa 40 semanas na barriga da mãe e não dá nem pinta de que vai desocupar o local...

terça-feira, agosto 21, 2007

Ficha corrida

Se eu ainda me lembro dos acontecimentos recentes, o senador Renan Calheiros já foi acusado de:

- Usar o lobista de uma empreiteira para pagar a pensão para uma ex-amante;
- Não comprovar a origem do dinheiro que sustentou a aventura amorosa;
- Falsificar recibos na venda de gado por um preço muito superior ao de mercado;
- Receber vantagens na negociação de uma cervejaria;
- Manter sociedade secreta em emissoras de rádio e TV.

De duas, uma: ou existe mesmo uma grande conspiração para derrubar o presidente do Senado ou esse Renan andou se comportando mal nos últimos tempos...


Classificação S&P:
Renan Calheiros: "D" (a questão não é mais se ele será cassado e sim quando isso acontecerá)

sexta-feira, agosto 17, 2007

Campo Minado, o filme

Muito engraçado esse falso trailer inspirado no jogo "Campo Minado", do Windows, aquele que vinha junto com o Paciência e era superchato. Alguém lembra?

Walter Mercado

Engraçado, agora que o mercado degringolou não falta economista dizendo que já previa o caos...

quinta-feira, agosto 16, 2007

Aspas

Pediram-me para encontrar alguém conhecido para escrever a quarta capa de O Roteirista. Como não conheço ninguém disposto a queimar o próprio filme, optei por buscar outras referências:


“Vinícius Pinheiro cria um universo singular, em uma narrativa notável e surpreendente, derivada de um talento que já se manifestava desde as primeiras fraldas molhadas”
Mamãe

“Eu não li, mas minha mulher leu e disse que é muito bom”
Silvio Santos


“Eu li, mas naquela época ainda era virgem”
Sandy

“O quê?”
Ludwig van Beethoven

“Eu não sabia de nada”
Luiz Inácio Lula da Silva


“Esqueçam o que ele escreveu”
Fernando Henrique Cardoso

“Eu explico”
Sigmund Freud


“É tudo mentira!”
Renan Calheiros

terça-feira, agosto 14, 2007

Prateleira

Você, leitor deste S&P, que mal vê a hora de conferir nas melhores livrarias da cidade o grande romance O Roteirista - já considerado um dos melhores da literatura desde Machado -, pode anotar na agenda (de preferência, à lapis, pois ainda não é certo): o lançamento da aclamada ficção de Vinícius Pinheiro está previsto para outubro deste ano. Entre os ilustres convidados, aguarda-se a presença do pequeno André, no que provavelmente será seu primeiro evento social.

sábado, agosto 11, 2007

Especulações

Muita gente - quer dizer, nem tanta gente assim - me pergunta por que, sendo eu um jornalista especializado na cobertura do mercado financeiro (uau!), nada escrevo sobre o assunto neste S&P. Pois bem, decidi quebrar o gelo por conta da sacudida recente nas bolsas e afins, da qual o leitor, se não tiver viajado a Marte nas últimas três semanas, deve ter ouvido falar.

Para quem não sabe, a inspiração do nome deste blog veio da agência de classificação de risco Standard & Poor's. Para quem não sabe (vai se informar, ignorante!), esse tipo de empresa é contratada para avaliar a capacidade de um devedor de pagar ou não a sua dívida. Como o Brasil sempre foi do time "devo, não nego, pago quando e se puder", as agências nunca nos viram com bons olhos. Por outro lado, elas cochilaram ao não prever com antecedência que nossos hermanos argentinos estavam indo pelo mesmo caminho, em 2001.

E depois de tantos anos de preocupações com os colonos irresponsáveis, eis que o problema de calote que tanto estressa hoje os mercados aparece não aqui ou na Conchichina, mas na própria terra do Uncle Sam. Mais um ponto contra as agências, que apesar de muito bem pagas pelos investidores, mais uma vez não alertaram dos riscos.

E o que eu acho de tudo isso? Veja bem (quando alguém inicia uma frase com "veja bem", desconfie), apesar de "especialista" em mercado financeiro, eu nada sei sobre o setor imobiliário norte-americano, o estopim da crise. Nem eu nem 99% do mercado, que sabe apenas correr de um lado para o outro, mais precisamente para onde o dinheiro está. Portanto, ninguém tem a menor idéia de onde essa história vai terminar, pode ser só mais um soluço ou uma convulsão

Ah, e para quem tem dinheiro investido em aplicações de risco, o melhor a fazer é relaxar e gozar, como disse certa vez uma ministra da qual o nome me foge neste momento...

quinta-feira, agosto 09, 2007

Coisas para fazer em SP quando você está morto

Não sei, mas certamente passar um dia inteiro cobrindo um evento sobre mercado de capitais não é uma delas...

segunda-feira, agosto 06, 2007

Oasis nostálgico

Eu já estava perto dos vinte e ainda tinha minha banda de garagem, a lendária Imigrantes, quando o Oasis estourou. Como uma das legítimas viúvas de Kurt Cobain, no começo torci o nariz para os ingleses encrenqueiros. Não conseguia aturar aquele falso verniz de atitude dos irmãos Gallagher e isso afetava o julgamento da música da banda. Mas com Wonderwall e metade das músicas do disco Morning Glory martelando as rádios, acabei me rendendo. A ponto de virar um dos poucos defensores do grupo na fase decadente, que teve início no final dos 90 e atravessou os anos seguintes, até a redenção parcial no CD mais recente.

Pois bem, agora que não tenho mais rádio no carro, várias músicas daquele tempo me vem à cabeça no percurso trabalho-casa. E nesta noite de segunda-feira quem dominou o dial imaginário foi o bom e velho Oasis...

Espere aí! “Bom e velho?!” Eu costumava me referir assim ao Led Zepellin ou ao Pink Floyd!!! Deve ser mais um sinal dos tempos e da paternidade que bate à porta...

Classificação S&P:
Oasis:
sobe de "B+" para "A-"

sexta-feira, agosto 03, 2007

Luz

Eu juro que me esforço para entender por que os "trabalhadores" do metrô decidiram parar a cidade por dois dias - e pela terceira vez no ano. Mas só consigo pensar em estrangular um daqueles sindicalistas enquanto me acotovelo pra tentar entrar em algum dos trens...

quarta-feira, agosto 01, 2007

Cansados de quê?

A mais nova piada pronta na política brasileira atende pelo nome de Cansei, o movimento criado pela elite paulistana para protestar contra o governo. Está certo. Não dá para levar a sério um movimento que tem João Dória Junior entre seus líderes. Mas é preciso lembrar que, em uma democracia, todos têm o direito de mostrar seu descontentamento, inclusive os mais endinheirados. A pergunta que não quer calar é: reclamar do quê? Não foram eles os que mais faturaram nos reinados de FHC e do Companheiro Lula?

Aliás, o Cansei parece farto de si próprio. A última atualização do blog deles é de 28 de julho...

Classificação S&P:
Cansei: “D+”

terça-feira, julho 31, 2007

Bergman e eu

A morte do grande Ingmar Bergman me fez parar para pensar que talvez nunca tenha assistido aos filmes dele como deveria. Bergman me surgiu primeiro como um nome, sinônimo de cinema difícil e, por isso, genial. E foi assim que tive contato com suas películas, ainda nos remotos tempos de faculdade.

Acostumado à estética televisiva, foi difícil digerir os Morangos Silvestres. Mas, para todos os efeitos, disse a todos que considerei o filme uma obra-prima. Se não tivesse visto na seqüência O Sétimo Selo, cujo teor filosófico me fez mais sentido naquele tempo, hoje Bergman certamente passaria por mim como mais um desses diretores chatos vindos da Europa.

Classificação S&P:
Ingmar Bergman: "A" (pode ser elevado para "A+" assim que eu rever os filmes do cineasta)

sexta-feira, julho 27, 2007

Em baixa

Está certo que a crise aérea, agravada com o acidente com o Airbus da TAM ajudou, e muito. Mas creio que o verdadeiro ponto de ruptura na lua de mel da população com o Companheiro Lula tenha sido as vaias na abertura do Pan. Nem vou entrar no mérito se eram merecidas ou não, até já escrevi um post sobre o assunto. O fato é que o episódio parece ter despertado a massa de um longo período de passividade em relação ao governo federal.

Claro que o presidente tem tudo para reverter a situação, basta que sua equipe deixe de cometer trapalhadas e de fazer gestos obscenos diante das câmeras. Enquanto isso, decidimos colocar a classificação de risco do Companheiro em observação, para um possível rebaixamento.

Classificação S&P:
Companheiro Lula: "B-"

quarta-feira, julho 25, 2007

Fim dos tempos?

O aquecimento global chegou à Avenida Paulista. Minha esposa acaba de ligar queixando-se de ter levado uma picada de abelha em plena selva de pedra financeira. Socorro, Al Gore!

terça-feira, julho 24, 2007

Idéia (batida) para um romance

A obra-prima Crime e Castigo, do Dostoievski, não me sai da cabeça nos últimos tempos. Calma, não pretendo matar nenhuma velhinha agiota, por enquanto. Venho pensando apenas em como se sentem os criminosos que não recebem punição alguma pelo que fizeram – situação bem freqüente aqui na Terrinha. Não me refiro aos profissionais, e sim àqueles cidadãos ditos de bem que cometeram algum ato ilícito, seja por uma alegada “necessidade” de fazê-lo ou por acidente. Será que o clamor pela auto-punição não se esconde em algum lugar da mente deles? E de que forma esse sentimento se manifesta?

Essa abstração renderia um bom argumento para um romance, se já não tivesse sido tratada tão bem pelo próprio escritor russo, além de inúmeros outros seguidores...

Classificação S&P:
Crime e Castigo: "A+" (quase tão bom quanto O Roteirista...)
Fiodor Dostoievski: "A+"

sábado, julho 21, 2007

Trato é trato

Não deixou de ser uma honra cobrir a morte do senador Antonio Carlos Magalhães - vulgo ACM, ou Toninho Malvadeza para os íntimos. A entidade baiana, tida como imortal e com corpo fechado, desencarnou ontem, pouco antes do meio dia. Especula-se nas internas que finalmente chegou a hora dele cumprir o contrato de venda da alma que assinou com o DEMO, e não me refiro ao partido Democratas, o ex-PFL.

Boatos à parte, cheguei à porta do Incor menos de 15 minutos antes de o falecimento do senador ser anunciado. Em seguida, vários políticos apareceram no hospital para dizer o quanto ele era boa gente, um político extraordinário e tal. Nós do S&P também decidimos lhe prestar uma singela homenagem com uma coletânea de posts carinhosamente preparados nesse um ano e pouco de blog.

Classificação de risco S&P:
Antonio Carlos Magalhães: "C"

quinta-feira, julho 19, 2007

No words

Tudo bem se eu me abster de qualquer comentário sobre a tragédia com o avião da TAM?

terça-feira, julho 17, 2007

Claque

O episódio das vaias ao Companheiro Lula na abertura do Pan, algo que passaria despercebido em qualquer outro momento do País, ganhou uma importância absurda, além de acalorados debates entre políticos do governo e da oposição.

Os que torcem contra o presidente logo puseram as manguinhas de fora e anunciaram o início do processo de desgaste do inquilino do Palácio da Alvorada. Do lado dos puxa-sacos, quer dizer, dos defensores do governo, as vaias não passaram de uma armação tramada pelos oposicionistas, liderada pelo prefeito do Rio, o DEMO(crata) César Maia.

A opinião deste S&P não poderia ser mais tucana: ambos estão equivocados. Os primeiros, por tentarem fazer uma tempestade num copo d’água vazio. Autoridades são vaiadas em todo lugar do mundo. Elas não podem ser consideradas um termômetro confiável de popularidade. A verdade é que Lula relaxa e goza de prestígio, ainda distante de qualquer abalo.

Os petistas nervosinhos também correm atrás de fantasmas que não existem. Tudo bem, os apupos podem até ter sido puxados por um coro de meia dúzia de pau-mandados. Só não me venham com aquele papinho de preconceito das “zelites" contra o operário que chegou à Presidência e blá blá blá...

segunda-feira, julho 16, 2007

Medalha

Alguém aí como eu já está de saco cheio desse Pan? Ou melhor, da cobertura do Pan? Mais especificamente, da cobertura da Globo no Pan?

sexta-feira, julho 13, 2007

S&P Carreiras

Mais morto do que vivo, Renan Calheiros conseguiu se manter à frente da presidência do Senado. Mas tudo indica que será uma questão de tempo até o nobre parlamentar engrossar a fila dos desempregados. Preocupado com essa questão de ordem social, este S&P decidiu dar uma “head hunter” em busca de uma nova colocação profissional para o senador:

Garoto propaganda – A campanha do governo pelo controle de natalidade poderia usar o caso Mônica Veloso como um alerta para aqueles que insistem em povoar o mundo sem pensar nas conseqüências;

Ministro da Agricultura – Aproveitando a sugestão dada pelo senador Pedro Simon, o senador com certeza seria melhor aproveitado se compartilhasse com todos os produtores nacionais como fez fortuna vendendo gado;

Bombeiro – Em seus muitos anos de Parlamento, Calheiros se notabilizou por ajudar os governantes de plantão, sejam eles quem fossem, a enterrar CPIs e apagar os mais variados incêndios políticos;

Patrocinador do Corinthians – Agora que pediram a prisão do Kia e do chefão da MSI, o time paulista precisará de novo um interessado em lavar dinheiro, quer dizer, investir, no futebol do clube;

Santo brasileiro – Depois de se comparar a São Sebastião, o senador pode aproveitar o recesso parlamentar para protocolar no Vaticano um pedido de canonização.

quarta-feira, julho 11, 2007

Caquinha

Gripado e rouco desde sábado, fui à locadora e decidi pegar o último filme do Cacá Diegues. Preparado para o pior, foi difícil engolir o fato de que o diretor fez um ótimo trabalho em O Maior Amor do Mundo. Afinal, ele é o responsável por bizarrices como Tieta e Orfeu.

O filme se vale principalmente da boa atuação do José Wilker, que encarnou com perfeição o papel do astrofísico exilado nos EUA e que volta à Terrinha para receber uma homenagem. Mesmo se você, assim como eu, estiver farto dessas histórias sobre ditadura e violência em favelas, vale a pena conferir como o diretor conseguiu tratar dos assuntos de um jeito diferente, sutil até.

O tom introspectivo é por vezes quebrado e nessas horas o filme quase derrapa. Por outro lado, a trilha sonora, comandada pela música de Chico Buarque, mantém o bom padrão dos filmes do Cacá. O saldo final é positivo, milhas à frente da atual produção do cinema nacional, apesar de estar longe de ser uma obra prima, como muitos críticos forçam a barra para parecer. O Maior Amor do Mundo ganhou o prêmio no festival de Toronto, do qual ninguém nunca tinha ouvido falar até então, mas passou a ser tratado como se fosse uma Palma de Ouro.

Classificação S&P:
O Maior Amor do Mundo: merece um "A-"
Cacá Diegues: sobe de "D+" para "C+"

terça-feira, julho 10, 2007

Em pauta

Hoje vou cobrir a palestra do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, na Bovespa. Alguém tem algum recado?

quinta-feira, julho 05, 2007

Perfis S&P: PFL (ou Democratas)

Dando seqüência à impagável (sem remuneração) série Perfis S&P, apresentamos hoje um histórico do PFL, que recentemente mudou a denominação para Democratas:

PFL (ou Democratas)
(1500 - )

Também conhecido como: Reaças, Demos, Coronéis, pefelistas
Se fosse um bicho seria: Carrapato
Classificação S&P: "C-"

História
Fundado em 22 de abril de 1500, em Porto Seguro, por Antonio Carlos Magalhães, o PFL, hoje Democratas (ha ha ha), nasceu com a missão de implantar a doutrina reacionária na recém-descoberta Ilha de Vera Cruz.

O ciclo de poder do partido, caracterizado pela bajulação dos poderosos de plantão, durou 502 anos. Foi um período de grandes conquistas para o País, do extermínio dos índios à pujança da escravidão, passando pelas ditaduras imperiais, militares e tucanas.

Depois de tomar uma surra homérica nas últimas eleições, e já com inanição pela falta de tetas para mamar, o partido decidiu mudar de nome para tentar se aproveitar mais uma vez da memória curta do brasileiro.

A liderança foi rejuvenescida e conta agora com intelectuais do porte de César Maia, indicado ao IgNobel de Literatura pelo Ex-Blog do César Maia, e ACM Neto, que se não fosse neto de quem é poderia ter saído de uma história de Jorge Amado.

Até onde se sabe, os Demos não possuem ideologia própria. Depois de defenderem a coroa portuguesa, o imperador e instaurarem o coronelismo, os integrantes parecem ter se conformado em se aliar ao PSDB, do ex-rei eleito e hoje zumbi FHC. Juntos, os dois partidos se orgulham de formar a oposição mais risível da história da política brasileira.

quarta-feira, julho 04, 2007

Colgate

Um sinal de que as coisas mudaram aqui na redação: não vejo ninguém com intimidade suficiente para me emprestar uma pasta de dente.

terça-feira, julho 03, 2007

Filosofia numa hora dessas?

Uma questão para a posteridade: haverá espaço para piadas politicamente incorretas na nossa sociedade ou elas serão banidas para sempre do nosso convívio?

Reconheço o direito de as pessoas se sentirem ofendidas com uma gracinha fora de hora a respeito de deficiências físicas, questões raciais ou sexuais. Entendo também a preocupação dessas mesmas pessoas em não deixar a coisa descambar para o preconceito.

O problema é deixar a patrulha virar um movimento generalizado. Pois como já diria o palhaço Bozo: pra viver é melhor sempre rir!

segunda-feira, julho 02, 2007

Market Leader

Meu professor de inglês andou visitando as páginas deste S&P, mas não achou muita graça do que viu:

- Praticamente tudo que estava escrito no blog você comentou, de uma forma ou de outra, durante as aulas - ele argumentou. Em inglês, claro.

- Não é bem assim. Essa nossa conversa, por exemplo, não está lá - respondi, em um inglês bem mais tosco.

Agora que nossas aulas terminaram, decidi tornar as palavras dele uma profecia autorealizável. Thank you, Dan.

quinta-feira, junho 28, 2007

Classificados

RELATOR - Conselho de Ética do Senado procura profissional para escrever o parecer do processo contra o presidente da Casa, Renan Calheiros. Além de possuir um mandato como senador, o candidato deve pertencer à base aliada, ser insensível aos apelos da opinião pública e ter inglês fluente (ha ha ha...) O cargo conta com ótima remuneração e benefícios como auxílio moradia, 14º e 15º salários, além da chamda "Bolsa-DNA", gentilmente oferecida por amigos lobistas.

quarta-feira, junho 27, 2007

Priscilla

O assunto mais comentado aqui na redação é a promessa do jogador de um grande clube paulista de assumir a homossexualidade em pleno Fantástico. O volante Richarlyson, do São Paulo, que já era a barbada na bolsa de apostas, consolidou o favoritismo após um dirigente do rival Palmeiras entregar o ouro em um programa de TV.

Como o leitor deste S&P bem sabe, não compactuamos com nenhum tipo de preconceito. Por isso, não aceitaremos comentários maliciosos, tampouco qualquer ligação entre a preferência sexual do jogador e a equipe a qual ele defende. A não ser, é claro, que dê alguma zebra e o atleta seja de outro time que não o São Paulo...

Classificação de risco S&P:
Richarlyson: leva um "C+" e fica em observação. Se assumir, prometemos elevar o rating.

segunda-feira, junho 25, 2007

Manifesto S&P pelas pernas de fora

Atento observador da beleza feminina – até o limite em que o compromisso matrimonial me permite – não posso deixar de me indignar com mais um cruel fenômeno provocado pela ditadura da beleza: o exílio das pernas.

Eu explico: com a superestimada exposição dos seios – acompanhados de suas respectivas próteses de silicone – formando com a onipresente bunda uma espécie de “república do café-com-leite”, as pernas acabaram relegadas a um estranho e inexplicável esquecimento.

Uma das justificativas para o acobertamento de tão esplêndida parte do corpo atende pelo nome de “celulite”, uma obra de ficção criada por empresas de cosméticos e, dizem, captado apenas pela visão feminina.

De uns tempos para cá, exibir as pernas – um claro sinal das conquistas femininas (feministas?) na última metade do século passado – virou sinônimo de vulgaridade. É claro que a sociedade (com o perdão da má palavra) estabelece limites e, no caso das pernas, uma determinada centimetragem de pano não faz mal a ninguém. A mesma regra, porém, não parece ser válida para os decotes generosos e calças ultra-apertadas, que continuam a ser exibidos nos ambientes de trabalho e eventos sociais sem ser importunados.

Alguns de vocês vão me chamar de saudosista. Afinal, o que eu queria? Que a todo momento fosse possível cruzar com mulheres vestidas como quem anda no calçadão da praia de Santos? Pode ser, mas não posso deixar de apelar para o leitor, ou melhor, para a leitora deste S&P: tire do armário aquela velha mini-saia, bata no peito (siliconado ou não) e, com orgulho, revele suas pernas ao mundo!

sexta-feira, junho 22, 2007

Filosofia na área

Em tempo de vacas magras no futebol, nada melhor do que rever partidas clássicas como esse Alemanha x Grécia. Valeu, Monty Python!


quinta-feira, junho 21, 2007

Boca Libre

É claro que eu estava torcendo contra o Grêmio. Essa história de “É o Brasil na Libertadores” é uma das maiores idiotices do futebol, como todos sabem. O melhor do fracasso dos gaúchos, porém, foi a constatação de que esse time não tinha nada de “imortal” como a imprensa tentou vender nos últimos tempos.

A derrota humilhante para o Boca Juniors também serviu para desmascarar certos impostores que vinham sendo retratados como verdadeiros craques pela mídia, como o lateral-esquerdo Lúcio (que só esquentou banco na passagem pelo São Paulo) e o meia Tcheco.

Classificação S&P:
Grêmio: "D+" (vou pra Porto Alegre... tchau)
Boca Juniors: "B+" (mas que timinho mais encardido...)
São Paulo: "A+" (parcial, eu?)

terça-feira, junho 19, 2007

DNA

O senador Renan Calheiros protagoniza um dos episódios mais hilários da política brasileira. E olha que a concorrência não é pequena. Basta lembrar do Vavá (“arruma dois pra eu”) e Marta “relaxa e goza” Suplicy. Como disse o mestre Roberto Jefferson: “quem mandou não fazer vasectomia?” Bem feito. Esse estava engasgado desde os tempos do Collor...

Nem precisava dizer, portanto, que estou com a Mônica Veloso e não abro. Aliás, onde está a Playboy que ainda não estampou essa mulher na capa?

Classificação S&P:
Renan Calheiros: cai de "D+" para "D"
Mônica Veloso: fica com "A" (até conseguirmos avaliar com mais profundidade...)

domingo, junho 17, 2007

Domingo Legal

- Atualizando o blog num domingo à noite, ficou louco?
- Quase isso. Estou de plantão
- Ah...

quinta-feira, junho 14, 2007

Sexóloga

A ministra do Turismo e ex-prefeita Dona Marta poderia muito bem fazer parte da equipe de colaboradores do S&P. A declaração de que as vítimas dos atrasos nos aeroportos deveriam “relaxar e gozar” é perfeita para este espaço. Os jornais não se fizeram de rogados: colocaram a declaração da ex-senhora Suplicy ao lado de uma foto do Lula com a calça molhada...

Classificação S&P:
Dona Marta Suplicy: “C”

terça-feira, junho 12, 2007

Vavá Tur

Homem de azar esse presidente Lula. Depois de ser “traído” por colaboradores próximos, como o blogueiro Zé Dirceu, o churrasqueiro Jorge Lorenzetti e o ex-poderoso Palocci, a punhalada da vez veio do próprio irmão. O lobby do Vavá chega a ser grosseiro de tão mal feito, mas essa aparente estupidez não pode servir de desculpa para desqualificar as acusações contra ele, como parece argumentar a defesa.

E antes que algum malicioso venha a questionar, a resposta é NÃO. É claro que o Companheiro não sabia de nada...

segunda-feira, junho 11, 2007

A volta dos boêmios

"Acordar no primeiro dia de trabalho após as férias é pior do que em passagem para horário de verão." A frase, ou melhor, desabafo, foi da minha esposa. E como não concordar com ela? Depois de trinta e poucos dias de leseira, preciso tomar cuidado para não sofrer um choque anafilático nesta segunda-feira. Confira a programação:

  • 10h00 - Reunião de pauta
  • 18h00 - Teleconferência com Bernard Appy
  • 20h30 - Reunião de Condomínio
  • 22h30 - Visita à redação de uma amiga de Juliana

sexta-feira, junho 08, 2007

Visitas à redação

Na falta do que escrever na volta a este blog após um agradabilíssimo recesso, segue abaixo uma foto da não menos aprazível visita das amigas e leitoras Rejane e Mariana à redação do S&P. Elas foram recebidas em um chá da tarde patrocinado por Juliana e André, os verdadeiros publishers desta página.

sexta-feira, maio 25, 2007

Carochinha

Deixo uma pergunta para ser refletida por vocês durante o período de 15 dias de férias deste S&P: alguém acredita na inocência do Renan Calheiros?

quarta-feira, maio 23, 2007

Apagão

A Operação Navalha provocou o primeiro corte no primeiro escalão do governo, com a demissão do ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau. A pergunta que não quer calar é: será que o Companheiro Lula cobrou de volta os R$ 100 mil da propina que o cidadão embolsou da Gautama?

segunda-feira, maio 21, 2007

Pegadinha da PF

Como todo telespectador de telejornais, eu adoro essas operações da Polícia Federal. Apesar de não levarem a nada, elas ao menos rendem um bom entretenimento. Mas admito que eles conseguiram se superar nessa Operação Navalha.

Além das tradicionais gravações telefônicas, os suspeitos foram flagrados em indiscretíssimas fotografias e câmeras escondidas, uma delas instalada no gabinete do ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, afilhado político do "imortal" José Sarney. Isso sem falar na prisão ex-governadores, deputados e pessoas ligadas a figurões da República.

Por isso, meu caro político corrupto, muito cuidado ao negociar suas propinas por aí, pois você pode estar na Pegadinha da PF...

Classificação S&P:
Polícia Federal: sobe de "B+" para "A-"
José Sarney: cai de "D+" para "D" (como escritor ele é "D-")

quarta-feira, maio 16, 2007

Inconsciente coletivo

A imprensa brasileira vive reclamando do fato de o Companheiro Lula dar poucas entrevistas. Depois da deprimente coletiva de ontem, cheguei à conclusão de que o presidente está certo. Com perguntas no mínimo pouco inspiradas, nenhum dos coleguinhas chegou nem perto de emparedá-lo. No fundo, a entrevista reflete bem a temperatura gelada da cobertura política nos tempos atuais. Para quem gosta de sangue, como este S&P, os discursos improvisados do marido da dona Marisa rendem muito mais pano para a manga...

terça-feira, maio 15, 2007

Novos favoritos

Finalmente dei um jeito nos favoritos do S&P aí do lado. A mudança foi motivada por minha amiga Renatilda, que em conjunto com umas amigas do Estadão criou o Desagradável, blog que traz o fino da bossa em bizarrizes do dia-a-dia. Para quem tem inglês fluente (de verdade, não só no currículo!), vale a pena acessar o The Onion, tablóide de humor gringo, uma sugestão do Dan, meu professor de inglês, que, aliás, é o mentor do L'Académie Donkée. Na linha do humor com mau humor, o site Zero Zen é uma das principais influências desta página.

E para lembrar que este é um blog de política, incluí também os sites do César Maia e do Zé Dirceu, talvez os mais engraçados de todos.

segunda-feira, maio 14, 2007

Homem Aranha 3 é plágio de O Roteirista

Fui hoje à tarde conferir Homem Aranha 3 antes que o filme saísse do Unibanco Arteplex, onde pago meia entrada. E qual não foi a minha surpresa ao me deparar com o herói aracnídeo tomando para si uma das mensagens de O Roteirista, o grande romance de Vinícius Pinheiro previsto para ser lançado no segundo semestre deste ano?

De alguma forma, o diretor da superprodução hollywoodiana teve acesso aos originais do livro. De onde mais ele teria tirado aquele papo de "sempre há uma escolha" se não do futuro best seller? Sozinha, a tia May não seria capaz de tamanha filosofia. A Columbia Pictures e o sr. Sam Raimi em breve receberão uma visitinha de meus advogados. E é bom irem logo abrindo as carteiras...

No mais, Homem Aranha 3 tem seus altos e baixos. O plágio de O Roteirista, claro, se encaixa na primeira categoria. No meio das habituais explosões e tomadas absurdamente velozes, a história do lado negro de Peter Parker poderia render mais, se o ator Tobey Maguire não parecesse um vocalista daquelas bandas "emo".

Classificação S&P:
Homem Aranha 3: "B"
O Roteirista: "A+" (alguma dúvida?)

sábado, maio 12, 2007

Intensivão

Alguém reparou que o sotaque do Bento 16 é idêntico ao do João Paulo II? Vai ver o Vaticano possui algum método revolucionário (e secreto, claro) de aprendizado do português para papas...

sexta-feira, maio 11, 2007

Bento 17

Engraçado, já apareci várias vezes na janela de casa hoje, mas até agora nenhum fiel me saudou...

quinta-feira, maio 10, 2007

Comunhão no Inferno

Morram de inveja, pobres mortais trabalhadores. Quantos de vocês podem estar às 14 horas de uma quarta-feira dentro de uma sala de cinema? Além deste que vos escreve, apenas um grupo de universotários barulhentos e mais dois gatos pingados assistiram à sessão popular (ingressos a R$ 5,00) de Batismo de Sangue.

No filme baseado no livro do Frei Betto (ingressos a R$ 5,00), o autor – mais conhecido atualmente por ter conseguido uma boquinha no primeiro mandato do Companheiro Lula – é interpretado por Daniel de Oliveira, o Cazuza. Mas desta vez quem encara a barra mais pesada é Frei Tito, vivido por Caio Blat.

A crítica meteu o pau no filme de Helvécio Ratton por retratar apenas um lado da história, estereotipar os personagens, principalmente os torturadores, e não economizar tintas nas cenas mais violentas. Esqueça. Trata-se de um trabalho honesto e bem feito, até para quem já não agüenta mais assistir a filmes sobre a ditadura, como eu. E o melhor de tudo: ingressos a R$ 5,00...

Classificação S&P: "A-"


Veja o trailer (cortesia do Youtube):

terça-feira, maio 08, 2007

La Vie en Rose

Não tenho nada a declarar sobre as eleições na França, exceto pelo fato de que o nome do novo presidente não me sai da cabeça. Agora passo o dia todo repetindo Nicolas Sarkozy, com biquinho e tudo, pelos corredores de casa...

segunda-feira, maio 07, 2007

Perfis S&P apresenta: Companheiro Lula

Iniciamos hoje uma nova série neste S&P: os Perfis S&P. Neste espaço, deixaremos para a posteridade nossas impressões digitais sobre algumas personalidades do meio sexopolitiquês brasileiro. E para começar, nada melhor do que ele, o presidente-unanimidade Luiz Inácio Lula da Silva, o Companheiro Lula.

Perfis S&P - Edição I
Companheiro Lula
(Também conhecido como: Sapo Barbudo, Luiz Inácio falou, Luiz Inácio avisou..., Luiz Inércio, Lula Molusco)


Diz a lenda que o garoto Luiz Inácio, antes de virar música dos Paralamas do Sucesso, era mais um filho de família pobre do sertão nordestino. No melhor estilo Scarlett O’Hara, um belo dia o menino olhou para o horizonte, pegou um rabanete do solo arrasado pela seca e gritou: Jamaif fentirei fome novamente!

Assim como a heroína vivida por Vivian Leigh, o futuro presidente não mediu esforços para cumprir a palavra. Como não tinha o corpinho da atriz, Luiz Inácio decidiu incorporar o apelido “Lula”, dos tempos em que era fã do desenho Bob Esponja, e veio ganhar a vida no ABC paulista.

O Companheiro sempre se valeu do fato de todos o acharem burro para se dar bem. Foi desse modo que, muito antes de qualquer preceito apontado por sociólogos como Domenico de Masi, nosso herói descobriu uma maneira de deixar de trabalhar aos 30 anos de idade: virou sindicalista e criou um partido político.

A vida ia bem para Lula, mas ele achava que podia mais. A grana das pensões não era muita e a influência do sindicato não era suficiente para fazer uma grande empresa de telecomunicações financiar o projeto do filho de passar o resto da vida jogando videogame.

Empreendedor por natureza, o Companheiro decidiu então ingressar em um negócio que estava apenas começando: se candidatar a presidente da República. O plano era perfeito e consistia em adotar um discurso ultra-radical, conquistar apenas parte do eleitorado e perder a disputa. Nos anos seguintes e às custas do partido, passaria o tempo inteiro falando mal do adversário vencedor, até as próximas eleições, quando perderia novamente.

A situação se estendeu por 13 anos, até que, por um descuido de um marqueteiro – que o transformou em uma espécie de Papai Noel de língua presa –, Lula chegou lá. No final, o negócio não se provou ruim para o Companheiro, que passou a ter não só casa, comida e roupa lavada como também um avião, que o leva para pagar mico em vários lugares do mundo o ano inteiro - e sem crise de controladores.

Entre suas principais realizações estão dois programas. Durante o primeiro mandato, criou o Ministério Zero, no qual promete dar pelo menos um cargo público para cidadão. A iniciativa até o momento não mostrou resultados, pois o presidente ainda sofre para acomodar os aliados petistas, mais numerosos que a população brasileira.

Em seu segundo mandato como presidente, lançou o PAC – Programa de Aceleração do Churrasco –, que vem recebendo críticas e teve algumas obras embargadas pelo Ibama, preocupado com o impacto da fumaceira na camada de ozônio.

domingo, maio 06, 2007

Enfim, férias

Está certo que ainda precisei pagar a prenda de trabalhar em pleno domingo, mas enfim estou de férias. Tudo estaria ainda melhor se o Azulão tivesse levado o título paulista...

sexta-feira, maio 04, 2007

Agora é Gretchen

A penetração, quer dizer, o ingresso da outrora rainha do bumbum Gretchen na vida política me pareceu perfeita. Acostumada a dividir com o povo o que tem de melhor, a cantora (cantora, sim, e daí?) tem muito a ensinar aos ilustríssimos ocupantes de cargos públicos no País...

Classificação S&P:
Gretchen (versão anos 1980): "B+" (eu era uma criança, não entendia nada...)
Gretchen (versão política): "C" (sou um homem, e entendo tudo...)

sexta-feira, abril 27, 2007

Concertos para André

Graças a um jabá do Santander, descolei dois ingressos para o concerto comemorativo dos dez anos da Sala São Paulo, com a Osesp e o pianista chinês Chun Wang, na quarta-feira. O pequeno André, um fervoroso apreciador de música clássica já na barriga da mamãe, também aproveitou a boca (e ouvido) livre.

Enquanto o programa nos reservava Camargo Guarnieri, Chopin e Beethoven, na platéia, fomos recepcionados por uma revoada de tucanos, presentes para uma homenagem ao ex-governador Mario Covas. Confira o The Best(a) of da noite:

Malucovas
Da série "ironias do destino": o nome do presidente da Fundação Mario Covas se chama Antônio Carlos... Maluf!

Cagaço do FHC
No meio da tucanada presente à Sala São Paulo, não podia faltar o magnânimo, o ser supremo, o gênio da raça. Sim, estou falando do próprio Fernando Henrique Cardoso, o FHC. Se querem saber, achei o Homem meio acabadão. Na hora em que entrou no auditório, um coro de puxa-sacos se levantou-se para bater palmas, ridículo. Este S&P, em respeito - e cautela, pois estava em território inimigo - guardou os ovos e os tomates para uma ocasião mais apropriada.

Música
Depois dos inevitáveis discursos, inclusive do ex-rei eleito, finalmente pudemos apreciar um pouco de boa música. Muito boa música, aliás. O pequeno André, no ventre da mãe, não parava de dar chutes durante o Concerto nº 1 para Piano do Chopin, mas mostrou um pouco de cansaço na Sétima de Beethoven.

terça-feira, abril 24, 2007

Tim Maia

Interrompemos a programação (que já estava interrompida, aliás) para informar que o sr. Vinícius Pinheiro acaba de assumir um importante cargo no conselho de administração no Edifício Firenze. A decisão foi confirmada em assembléia realizada na noite de ontem. Entre as atribuições do novo conselheiro está a fiscalização das contas e a assinatura de cheques em nome do condomínio, ao lado da síndica, que foi eleita na mesma ocasião para um novo mandato de dois anos.

Pinheiro não deu entrevistas, mas divulgou uma nota oficial na qual declarou que pretende empregar os melhores esforços a fim de contribuir para a melhoria da gestão do prédio.

quarta-feira, abril 18, 2007

Bancos e raspadinha

Não, eu ainda não abandonei este blog. Fui forçado a dar um tempo por conta das obrigações profissionais. Como ainda não me tornei um escritor famoso, pelo menos não a ponto de poder ficar o dia inteiro sem fazer mais nada da vida, continuo dependendo das notícias sobre os bancos e fundos de investimento. E agora, fiquem com os nossos comerciais (e faça o favor de ver até o fim):

quinta-feira, abril 12, 2007

Plantão fashion

Afinal, chapéu no plenário da Câmara é in ou out?

terça-feira, abril 10, 2007

Momento auto-ajuda

"O duro não é trabalhar 12 horas por dia. É ter a sensação de que todo o esforço foi em vão." (Dalai Bosta)

quinta-feira, abril 05, 2007

Fragmentos de um diálogo

Eu: E aí, o dele é "P", "M" ou "G"?

Ela: Passei dessa fase de tamanho...

Eu: Não acredito, não deu pra ver?

Ela: Tava meio escuro, mas...

Eu: Então?

Ela: Tá bom! Era algo entre "P" e "M". Satisfeito?

Eu: Você é muito técnica. Isso é bom ou ruim, afinal?

Ela: O suficiente...

terça-feira, abril 03, 2007

Selton rala

Eu sei, isso aqui está parecendo blog de cinema. E vai continuar assim, pelo menos enquanto a CPI do Apagão Aéreo não decolar, com o perdão do trocadilho. Desta vez, quero comentar sobre O Cheiro do Ralo.

O filme tem tudo para virar cult, primeiro pela temática e pela estética kitsh (tô me achando na Ilustrada...). Segundo, pelo fato de o diretor Heitor Dhalia se vangloriar de ter realizado a película com baixo orçamento.

Não sei quanto a você, leitor deste S&P, mas eu não dou a mínima para detalhes como esse. Estava pronto para amar ou odiar a adaptação do livro de Lourenço Mutarelli por motivos menos complexos. Afinal, não gosto de quadrinhos e congêneres e acho esses filmes metidos a besta uma droga.

Ao final, não fui a nenhum dos extremos. O Cheiro do Ralo está quilômetros à frente da média da produção nacional e se vale principalmente da atuação de Selton Mello. Não vou aqui comentar o bom desempenho do ator como o protagonista. Existem zilhões de críticas disponíveis na internet com elogios rasgados a ele, mesmo quando a opinião sobre o filme é negativa.

Aqui, basta dizer que ele rala e dá credibilidade ao ralo e seu cheiro, que em certos momentos parece sair da tela e invadir a sala de cinema. Ou então algum mal-educado a meu lado tirou o sapato durante a sessão sem que eu percebesse. De qualquer modo, você entendeu a mensagem.

Apesar de ser bom e incomodar, O Cheiro do Ralo não é nenhuma obra-prima. Estarei eu sendo demasiadamente crítico? Não sei. O fato é que, ao final da projeção, já me sentia um cansado daquela pretensa realidade e seus estereótipos.

Classificação S&P:

O Cheiro do Ralo: "B+"
Selton Mello: "A"

sexta-feira, março 30, 2007

2001 - 2010

E por falar em 2010, será que a Globo vai reprisar o filme 2010 - o ano em que faremos contato no reveillon daqui a três anos? Pergunto isso porque foi justamente na passagem de ano de 2000 para 2001 que assisti pela última vez ao 2001 - uma odisséia no espaço, a obra-prima, para usar o chavão, do gênio (outro) Stanley Kubrick.

Lembro-me perfeitamente de voltar da praia, após a queima de fogos, e sei lá por que motivo, ligar a TV. Peguei o filme ainda na parte dos macacos, e apesar de já ter assistido zilhões de vezes, não consegui parar de ver. Fiquei admirado não só com a película em si, mas com o senso de oportunismo de reprisá-lo justo naquele dia, naquela hora.

Quanto ao 2010, assisti apenas uma vez, e achei uma droga. Era outra madrugada, também na TV (não lembro o canal, provavelmente a mesma Globo). Acabei cochilando em algumas partes, apesar de o filme contar com muito mais "ação" e diálogos. Enfim, mesmo que a Globo ou seja lá quem for venha a reprisá-lo, ainda que na virada do ano, não pretendo perder meu tempo novamente.

E agora você, leitor deste S&P, se pergunta: qual a razão deste post?

Classificação S&P:

2001 - uma odisséia no espaço: "A+"
2010 - o ano em que faremos contato: "C-"
Stanley Kubrick: "A+"

quarta-feira, março 28, 2007

Agora é Serra

Quando digo agora, leia-se 2010. Este S&P desde já deixa registrado o palpite para as próximas eleições presidenciais, caso as regras do jogo se mantenham as mesmas até lá e o companheiro Lula resista à tentação de concorrer a mais um mandado.

A aposta em Serra, pangaré que já perdeu uma eleição para Lula e não conseguiu sequer derrotar Geraldo "chuchu a bechamel" Alckmin dentro do partido, não é gratuita. Para ser mais preciso, custou R$ 2 bilhões.

Foi o preço que a Nossa Caixa, banco estadual, teve que pagar ao governo para ter o direito de ficar com a folha de pagamento dos servidores de SP. Serra vai gastar toda a grana em obras de "infra-estrutura", ou seja, cata-votos. Entre elas estão o trecho sul do Rodoanel e quase 20 km de linhas do Metrô.

É claro que, para se tornar presidente, ele ainda precisa se livrar da concorrência do companheiro Aécio Neves, o governador do Rio, quer dizer Minas Gerais, que apesar de mal aparecer no Estado que governa (ou talvez por isso mesmo), ostenta os maiores índices de aprovação entre os políticos tupiniquins. Sem falar que o cara ainda pegou a Ana Paula Arósio...

Classificãção S&P:

José Serra: sobe de "C-" para "C+"
Aécio Neves: mantém o "B"
Ana Paula Arósio: fica com "A-" (passa lá em casa que a gente dá um jeito de "revisar" essa nota...)
Geraldo Alckmin: cai de "C+" para "C"
Nossa Caixa: rebaixada para "D+" (a ação já despencou 30% desde o início do governo Serra)

segunda-feira, março 26, 2007

O furo de Scarlett Johansson

Vejam só. Estou nesse negócio de jornalismo há alguns anos e precisou o Woody Allen lançar um filme com o título de Scoop para eu aprender que o referido termo em inglês é o equivalente ao nosso furo, aquela história que conseguimos à frente dos outros coleguinhas.

Pois bem, assim chegamos ao novo filme do meu cineasta favorito (meu e da torcida do Novorizontino). Allen está de volta à comédia em sua segunda incursão londrina, depois do sublime e macabro Match Point. Além do cenário, o diretor decidiu manter a protagonista: a perturbadoramente bela Scarlett Johansson. Mas tudo isso você já sabe, ou deveria saber.

A presença da atriz bastaria para não deixar o filme passar em branco, porém Scoop se vale de outros trunfos, como o retorno de Woody Allen também como ator. E ele voltou fominha, pois deixou todas as piadas para o personagem dele, um mágico atrapalhado que ajuda a estudante de jornalismo vivida por Scarlett a desvendar um caso de assassinatos em série na linha de Jack, O Estripador. A fonte de informação da personagem é o espírito de um jornalista morto. Nada muito diferente de alguns colegas que conheço...

Classificação S&P:

Scoop: "A-"
Woody Allen: "A"
Scarlett Johansson: "A+" (ela é investment grade com louvor)

P.S.: O quê? Você quer ver o furo da Scarlett? Então assista ao filme!

sábado, março 24, 2007

Nota oficial

Venho por meio desta negar a existência de qualquer convite do excelentíssimo senhor presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para ocupar um cargo na Esplanada dos Ministérios. Dois jornalistas no primeiro escalão já são suficientes para provocar um bom estrago...

quinta-feira, março 22, 2007

Da série "o mundo dá voltas"


Confesse: em pelo menos um deles você já votou...

terça-feira, março 20, 2007

Celebridade

Na semana passada, fui procurado para dar uma entrevista a uma publicação que destaca os ex-alunos que "deram certo" (sem duplo sentido, ok?) da faculdade onde estudei. Pois é, estrepar-se dia após dia em uma redação, por um salário chinfrim e reconhecimento nulo, na minha profissão, é sinônimo de "dar certo" (pensando bem, com duplo sentido mesmo...)

sábado, março 17, 2007

Obrigado, Saraiva

A arte de fazer uma sinopse - de livro, filme ou o que for - não é para qualquer um. Ainda hoje resisto em tentar resumir em poucas palavras o enredo de O Roteirista, minha primeira - e por enquanto única - incursão literária.

Pois não é que, nessas andanças pela internet, me deparei hoje com um pequeno texto sobre o meu primeiro livro, o ensaio Plínio Marcos - A Crônica dos que não têm voz, escrito em parceria com meus amigos Javier Contreras e Fred Maia, no site da livraria Saraiva. Vejam só que maravilha:

"Traçar um perfil da obra de Plínio Marcos como cronista e reconstituir o ambiente da cidade de Santos por meio de entrevistas e textos foram os objetivos iniciais dos autores de ´Plínio Marcos: a crônica dos que não têm voz´. Mais do que isso, presentearam o leitor com saborosas e debochadas crônicas do santista, algumas inéditas. Plínio Marcos cedeu os originais de seus trabalhos publicados como cronista desde 1968, arquivados em cinco pesadas caixas, e o resultado aí está - a revelação de novos ângulos da produção de um sujeito cuja atuação foi fundamental para a cultura brasileira."

Tá esperando o quê? Clique aqui e garanta o seu exemplar o quanto antes!

sexta-feira, março 16, 2007

Túnel do tempo

Não se falou em outra coisa em Brasília além do discurso do ex-presidente Fernando Collor, o primeiro como senador. Até porque a fala durou mais de três horas, e o expediente de nenhum parlamentar que se preze vai muito além disso.

Collor reclamou de perseguição e da rapidez com que foi conduzido o processo de impeachment que o tirou do poder, em 1992 (lembram-se disso, crianças?). Alguns senadores, até mesmo da oposição na época, foram solidários e fizeram um mea culpa com o agora colega.

A opinião fria e descomprometida do ponto de vista histórico deste S&P sobre o caso não difere muito do que veio a acontecer em crises futuras com os presidentes FHC e Lula. Trocando em miúdos: Collor não era, não é nem será inocente como tenta agora alardear. Mas pagou um preço muito alto pelos erros que cometeu, pelo menos na comparação com os sucessores.

Classificação S&P:

Fernando Collor: sobe de "D-" para "C-" (afinal, com a eleição para o Senado, ele deixa de ser um cadáver político)

quarta-feira, março 14, 2007

Genro não é parente

Com a ida para o Ministério da Justiça, Tarso Genro confirmou a vocação de Severino do governo Lula. Já é a terceira pasta que o petista (com o perdão da má palavra) ocupa na Esplanada. Se confirmar o desempenho que teve na Educação e na Coordenação Política, provará que não passa mesmo de um quebra-galho...

Classificação S&P:

Tarso Genro: sobe de "C" para "C+"

quinta-feira, março 08, 2007

Brasília hiberna

Palavra de quem entende dos corredores de Brasília: enquanto nenhuma CPI emplacar no Congresso, o noticiário continuará dominado por assuntos emocionantes como a mesopotâmica e infindável promessa de reforma ministerial do governo e a convenção do PMDB.

O saldo? Mais um ponto para o Companheiro Lula, que, se deixarem, vai continuar cozinhando o galo com o fogão desligado.

segunda-feira, março 05, 2007

Pergunte ao (aspirador de) Pó

Tem coisas que só a internet faz pra você. Creio que a interatividade seja a melhor delas. Não me refiro a nenhum site novo e revolucionário do tipo Youtube, e sim ao tradicional Submarino. Deixando de lado os preços nem sempre (ou quase nunca) atrativos, a página oferece conteúdo bem completo sobre os produtos vendidos e - mais importante - um espaço para a opinião dos próprios clientes. Além da crítica, é possível classificar o objeto em questão com um número de submarinos que vai de zero a cinco.

Assim, qualquer um pode dar uma classificação e opiniar sobre um... aspirador de pó, por exemplo. O modelo que tenho em casa, um Electrolux Trio, ganhou duas "resenhas", uma favorável e outra contrária.

Existem, contudo, produtos muito mais "polêmicos". É o caso do George Foreman Grill, que conta com um total de 26 opiniões diferentes.

O Luiz Carlos Martins, do Rio, mandou o seguinte recado: "Recomendo! O produto cumpre o que promete, faz carnes e hamburgers mais rápido do que a frigideira comum e sem gordura......vale cada centavo. A entrega do Submarino foi bem rápida tambem. APROVADO!!!" 5 submarinos

Já o Luís Fernando Rocha Simonetti Pereira, da minha amada Santos (SP), foi mais crítico: "Ganhei o George Foreman de presente, de tanto que queria um, só que ao fazer carne grelhada, a carne ficou muito seca, não ficou como aparece no comercial. Percebi que a carne perde muito do seu líquido, o que causa tal secura, senti falta de uma explicação melhor disso no manual do usuário. Com relação a grelhar legumes, ele é excelente." 3 submarinos

Classificação S&P:

Submarino: "B-" (pela iniciativa, não pelos preços)
Aspirador Electrolux: "B+" (ou 3 submarinos, se preferir)
George Foreman Grill: "C" (fácil de usar, impossível de limpar)