Procura-se bar
Quem me conhece sabe que sou o tipo de cara meio recluso, mas não um ermitão. Por razões óbvias, não estou na fase de sair muito de casa, mas esse comportamento não foi motivado pelo nascimento do André. Faz tempo que não me deixo levar pela boemia, nem mesmo tenho vontade de sair de casa ou de esticar o trabalho em algum happy hour (que expressãozinha mais ridícula...). Alguns amigos com razão me cobram o velho Vinícius dos tempos dos bares em Santos, aquele que não fugia à luta quando via um copo cheio de cerveja sobre uma mesa.
Poderia alegar que, enquanto eles se divertiam e enchiam a cara nos últimos anos, eu permanecia em frente ao computador na companhia de uma xícara de café gelado, produzindo algumas das mais belas pérolas da literatura e que deram origem a O Roteirista... Isso se O Roteirista fosse de fato uma pérola literária, o que, convenhamos, não é o caso - apesar das qualidades inegáveis do romance, um dos futuros grandes lançamentos da editora Rocco.
A verdade pura e on the rocks é que desde que cheguei a Sampa ainda não encontrei um bar para chamar de meu. Opções não faltam, é verdade, talvez até me identificasse com algum deles se morasse mais perto.
Pensando bem, acho que o problema é esse: localização. A cidade de São Paulo, com suas intermináveis ladeiras, não permite que tipos como eu bebam à vontade e depois regressem cambaleando pelas ruas até chegar em casa. A opção seria tomar um táxi, mas o preço de uma corrida em bandeira 2 equivale a pelo menos quatro cervejas. Portanto, ou encontro um bar nas redondezas ou continuo a tomar minha cerveja de frente para a TV...
2 comentários:
Opa, mas o que é isso? Assim não pode.
Na qualidade de amigo e companheiro de cerveja, ficarei incumbido de encontrar um bar para o nobre colega.
Um bar pra chamar de seu.
É verdade. Vamos ver se a gente combina uma(s) cerveja(s) logo! E não precisa ser no bar pra chamar de meu...
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