segunda-feira, outubro 30, 2006

Emoções

O Companheiro Lula ganhou o direito de esquentar a cadeira de presidente da República por mais quatro anos. E o sol continua a brilhar lá fora.

sábado, outubro 28, 2006

10 coisas que não agüento mais nas eleições

Chegamos ao fim de mais uma campanha eleitoral. E entre os fatos que marcaram este emocionante pleito, relacionamos os top ten:

1. Chamarem o Lula de burro
Convenhamos, burros somos nós. E o homem caminha tranqüilo para mais quatro anos às nossas custas

2. Perguntarem onde está o dinheiro do dossiê
OK, é uma questão válida, mas que de tanto repetida se tornou inconveniente e maçante

3. Privatizações
Foi a grande sacada do PT nesse segundo turno, mas o tucano jurou até pela mãe dele que não ia vender nada. Chega!

4. Debates
"Tempo esgotado, candidato"

5. Horário eleitoral
“Deixa o homem trabalhar” só pode ser uma piada de muito mau gosto...

6. Biografia do Geraldo
“Médico, vereador mais jovem do País, prefeito com 23 anos, deputado federal, blá blá blá...”

7. Profecias de videntes
Quero ver se alguém vai atrás desses caras para cobrar a “vitória do Alckmin” depois das eleições

8. Paulistas reclamando da ignorância dos nordestinos

9. Nordestinos reclamando da arrogância dos paulistas

10. Este blog
Não vejo a hora de mudar de assunto...

sexta-feira, outubro 27, 2006

Votar ou não votar?

Se votar, terei a quase impossível missão de ter de escolher entre um dos dois candidatos. Se não votar, seria taxado por mim mesmo de covarde, incapaz de dar uma opinião sobre os rumos do País. Ora, vejam só: se Shakespeare vivesse no Brasil de hoje, depararia-se com uma questão de ordem muito mais prática do que ser ou não ser...

quinta-feira, outubro 26, 2006

Sina

Um colega de profissão deixará de ir ao show dos Beastie Boys, no Rio, para o qual já tinha ingresso comprado, porque foi convocado para o plantão na redação do segundo turno das eleições...

segunda-feira, outubro 23, 2006

S&P faz entrevista exclusiva com "Azelite"

Todo blog de jornalista que se preze precisa trazer alguma informação exclusiva e/ou bombástica. Este S&P não podia ficar para trás, não é verdade? Claro que não é, mas decidimos mesmo assim correr atrás do nosso próprio furo jornalístico. Assim, depois de muita insistência, conseguimos uma entrevista exclusiva com ela, a própria "Zelite" ou "Azelite", como é chamada de forma mais freqüente.

Essa personagem começou a ficar famosa no auge do escândalo do mensalão, quando o companheiro Lula, ameaçado por um processo de impeachment que não chegou a se concretizar, culpou Azelite pela tentativa de derrubá-lo do poder. Mais tarde, durante a campanha, Azelite voltou a ser duramente atacada pelo presidente-candidato. Enfim, abrimos aqui um espaço para que nossa personagem possa se defender:

S&P: O presidente Lula diz que Azelite querem derrubá-lo. Quais são as suas intenções com o Companheiro? E por que ele sempre usa a concordância errada ao citar a senhora?

Azelite: Essa cisma do presidente comigo vem de muito longe. Mas é verdade que eu pego um pouco no pé dele por conta do português...

S&P: O que a senhora tem contra o Lula?

Azelite: EU? Absolutamente nada, muito pelo contrário! A gente se estranhou um pouco lá em 89, mas nossa relação nunca foi tão boa como nesses últimos quatro anos!

S&P: Azelite é tucana, como insiste em dizer o presidente?

Azelite: Eu não tenho nenhuma preferência nem preconceito, meu filho. Depois daquela "Carta ao Povo Brasileiro", que o Lula mandou pra mim em 2002, a gente nunca mais brigou.

S&P: Mas, e essas declarações públicas nos palanques contra a senhora?

Azelite: O Lula é como uma criança. Reclama, mas faz tudo o que Azelite quer, pode ter certeza.

S&P: E o Geraldo, o Alckmin?

Azelite: Como é bom esse Geraldo! Já veio aqui pedir a minha bênção. Mas é um pouco... como posso dizer?

S&P: Sem sal?

Azelite: Isso! Você o viu no debate da Band? Me senti envergonhada por ele...
(risos)

S&P: Em quem Azelite vai votar?

Azelite: Isso eu não digo! E você?

S&P: Nem sob tortura!

Azelite: Tortura? Isso me fez lembrar o Zé Dirceu. Faz tempo que não o vejo, estou com saudades dos tempos em que ele era ministro e me trazia uns charutos cubanos... mas ele volta, você não acha?

S&P: Ele é petista, não desiste nunca! (risos de ambos)

sábado, outubro 21, 2006

OK Newsletter

Clodovil tem início de cobertura do S&P com nota "C"

Atendendo a pedidos (na verdade, um pedido), resolvi dar um jeito na Newsletter. Mudei o fornecedor para o Feedburner, mais confiável que o capenga Bloglet. Agora, você, caro e raro leitor do S&P, pode receber nossas atualizações, inclusive esta, por e-mail. Basta se cadastrar lá embaixo, do lado direito. Quem já estava cadastrado vai ter que fazer o serviço sujo novamente.

Em breve, faremos mais modificações nesta página, estou de saco cheio desse rosa choque, ainda mais depois da vitória do Clodovil.

O ilustre futuro deputado, aliás, leva uma classificação de risco "C". Ele só não leva nota mais baixa porque, em uma dita democracia, cada povo tem o congressista que merece. Que esta eleição sirva como lição de moral aos paulistas, que têm a pachorra de chamar os nordestinos de ignorantes por terem votado no Companheiro Lula.

terça-feira, outubro 17, 2006

Gol contra

Se o PT tem os seus aloprados, os tucanos não ficam muito atrás. Depois das desastrosas declarações do economista Yoshiaki Nakano, um dos mentores do programa de Alckmin, sobre controle do câmbio e outras loucuras (ao menos durante um período eleitoral), hoje foi a vez do socialite, digo sociólogo, Fernando Henrique Cardoso, colocar uma pá de cal na covas, quer dizer, cova, do candidato do PSDB à Presidência.

O ex-rei eleito declarou que o (como é bom esse...) Geraldo não vai privatizar a Petrobras e outras estatais caso seja eleito, mas que a opinião dele (FHC) era favorável à venda da estatal. Foram as palavras erradas na hora erradíssima, em que os líderes tucanos, perdidos, tentam a todo custo tirar a livrar o ex-governador de São Paulo do rótulo de neoliberal.

Enquanto isso, alguém aí lembra do escândalo do dossiê?

segunda-feira, outubro 16, 2006

Agora é Lula?

Já tem muita gente boa por aí dando a fatura liquidada: Lula será o presidente da República por mais quatro anos. Mas há também aqueles céticos, entre os quais este S&P. Na nossa análise, o Companheiro leva o caneco, mas vai precisar rebolar um pouquinho mais, pois Geraldo Chuchu Selvagem não vai vender barato essa derrota, como já mostrou no debate da Band.

sexta-feira, outubro 13, 2006

O Piauí não é aqui

Como prova de que sou fortemente influenciado por qualquer campanha publicitária persuasiva, adquiri um exemplar da recém-lançada revista Piauí. Claro que em apenas uma manhã de merecida folga não tive tempo dissecar a publicação. Creio, porém, que já posso sacar algumas conclusões:

Visual: Nada de novo. O tamanho, inclusive, é idêntico ao da Caros Amigos. Algumas matérias são intercaladas com conteúdo diverso como quadrinhos ou poesia, o que também não chega a ser extraordinário. O ensaio fotográfico sobre a CPI dos Correios é legal, embora um tantinho fora do tempo. Classificação S&P: “C+”.

Reportagem / Diário: os dois textos de maior fôlego da Piauí que li por inteiro até agora não só são convencionais como botam um pé na antropologia cosmética, do tipo: “vejam como é sofrida a vida de um operador de telemarketing”, ou então, “minha vida de escritora que precisa ganhar a vida como garçonete de uma boate em Nova York”. Lixo. Classificação S&P: “C-”.

Quadrinhos: O do hipopótamo chega a dar raiva de tão ruim. A “biografia” do Brecht é bem melhor, mas a comparação ajuda. Classificação S&P: “D+”.

Conto: Rubem Fonseca é como sexo: até quando é ruim é bom. Classificação S&P: “A-”.

Resumo: Ainda é cedo para dar uma avaliação definitiva sobre a revista, até porque se trata de um primeiro número. Confesso que espero mais dos textos que ainda vou ler, como os do Ivan Lessa e do Roberto Pompeu de Toledo. Vamos dar o benefício da dúvida às pessoas que tomaram a atitude de fazer, ou pelo menos tentar, algo diferente no sonolento universo da imprensa brasileira. Classificação S&P: “B-” (em observação).

quarta-feira, outubro 11, 2006

Choque de realidade

"Cientistas políticos" nada isentos declararam a vitória esmagadora de Geraldo Chuchu Selvagem no debate de domingo da TV Bandeirantes. Faltou combinar com o respeitável público. Na primeira pesquisa realizada após o encontro, o que se viu foi a ampliação da vantagem do Companheiro Lula sobre o tucano para 11 pontos. Segundo os números do Datafolha, o petista (com o perdão da má palavra) agora tem 51% das intenções de voto, enquanto o desafiante caiu para 40%.

Sobre o desempenho dos candidatos no debate, a visão do eleitor correspondeu ao comentário deste S&P. Para as pessoas ouvidas pelo Datafolha, o confronto acabou empatado. Portanto, queridos cientistas políticos, sejamos menos tucanos e mais cientistas, por favor...

segunda-feira, outubro 09, 2006

Trocando as bolas

Desta vez, este S&P se deu ao trabalho de assistir ao debate. Não fomos até o fim, já que temos opções mais interessantes de lazer num domingo à noite, se é que você, casto leitor desta página, nos entende. Voltando ao debate, do que vi, considerei que houve um inesperado equilíbrio entre as partes, até porque parecia que o objetivo de cada candidato era imitar um ao outro. Explico:

Geraldão tentou fugir ao estilo CDF e apelou para a demagogia ao citar casos como o do AeroLula, a crise com a Bolívia e os gastos com cartão de crédito da Presidência. Falou em choque de gestão, mas não revelou o que isso significa (aqui entre nós, significa, entre outras maldades, congelar o salário mínimo e o reajuste da tabela do IR, mas não espalha, tá?). E bateu insistentemente na tecla dos escândalos de corrupção do governo. Avaliação S&P: "B"

Companheiro Lula, por seu turno, deixou a emoção de lado e forjou um conhecimento que nunca teve (afinal, ele "não sabia de nada") ao tratar de assuntos como economia, gastos públicos e política energética. Nesse último ponto, sequer conseguiu usar direito o fato de o vice do tucano ser o ministro de Minas e Energia da época do apagão. Seu melhor momento, na nossa nada humilde opinião, foi quando deixou o adversário no chinelo ao falar em política externa. Avaliação S&P: "B-"

sábado, outubro 07, 2006

Slogan de campanha

Vote Lula ou vote Geraldo, por favor não me encha o saco!

quarta-feira, outubro 04, 2006

No ponto

Para o Companheiro Lula, a eleição não foi vencida no primeiro turno porque "faltou voto". Perfeito. É dessa simplicidade que este S&P mais sentirá falta caso o tucanês volte a dar as cartas no País...

terça-feira, outubro 03, 2006

S&P eleva classificação de Geraldo, o Alckmin

Este S&P fez de tudo para azedar a campanha do Geraldo. Chamamos o homem de broxa, CDF, frutare de chuchu, Nikos (Belíssima, lembram?)... mas não teve jeito, ele chegou ao segundo turno. Você, atento leitor, poderia dizer que, não fosse o escândalo do dossiê, o tucano já teria partido dessa para melhor. Nós concordamos, mas não dá para negar a expressiva votação do ex-governador, que ultrapassou os 40%. Desta forma, decidimos elevar a classificação de risco do candidato de "C+" para "B-", ficando, assim, com a mesma nota do Companheiro, dada ainda em março, nos primórdios desta página.

Ao mesmo tempo, decidimos rebaixar Helô Helena e seu PSOL, que fizeram muito barulho por nada e tiveram uma votação pífia no último domingo, e manter a nota do Cristovam "Educação" Buarque, que encheu o saco, mas mandou o seu recado e ainda tem mais quatro anos no Senado. Confira abaixo:

Classificação S&P:
Companheiro Lula: permanece com "B-", mas fica em observação até 29/10
(Como é bom esse) Geraldo: sobe de "C+" para "B-", também em observação até a eleição
Helô Helê: cai de "B-" para "C"
PSOL: cai de "C" para "D+"
Cristovam Educação: mantém-se com o honroso (e educado) "C+"

segunda-feira, outubro 02, 2006

E o meu voto foi para...

Várias pessoas me perguntaram, outras me acusaram, quase fui alvo de hackers tucano-petistas, se é que isso é possível. Mas não adianta, não revelarei meu voto. O que posso dizer é o seguinte: dei minha modesta contribuição para a realização do segundo turno.