quarta-feira, dezembro 27, 2006

Face the Face

Sabe aquelas músicas que você odiava quando adolescente e, ao escutá-las novamente após alguns anos, revelam-se pequnas obras primas? Nesses dias de ócio nem um pouco criativo em casa, na contagem regressiva para passar o reveillon na praia, descobri como que por caso no Youtube o clipe da canção Face the Face, do Pete Townsend.

Para quem não conhece, trata-se do líder do The Who, uma das maiores bandas de... esquece, se você nunca escutou a banda é melhor nem continuar lendo. Enfim, nos exagerados anos 1980 o cara iniciou uma carreira solo de razoável sucesso, com um som bem diferente da banda que o consagrou (desculpe o tom de crítico musical, mas foi inevitável...)

Face the Face é o símbolo dessa fase, e também uma pequena síntese de 5 minutos sobre o período. Na canção, Townsend faz uma linha Ray Coniff, no comando de uma big band com direito a muitos metais, bateria num único compasso e negras poderosas nos backing vocals. Para um jovem fã de rock and roll, a maçaroca era indigesta demais na época.

O tempo, no entanto, fez bem tanto a mim como para Face the Face. Prova disso é a "classificação de risco" da música, que apresento logo abaixo, juntamente com o famoso clipe da época. Feliz 2007!

Classificação S&P:

Pete Townsend: "A" - ele não morreu antes de ficar velho
Face The Face: "A+" - letra grudenta, refrão repetido à exaustão, isso é que é pop music...
Youtube: "A+" - onde está o papa que ainda não canonizou Chad Hurley e Steve Chen?
Ray Coniff: "A-" - a versão de Besame Mucho é inesquecível.


sexta-feira, dezembro 22, 2006

Momento Caras

Não adianta, este S&P não se dobrará ao fútil jornalismo de celebridades nem em tempos de escassez de assunto. Não cairemos nessa armadilha de comentar o beijo (roubado?) do Gianechini na Carolina Ferraz, tampouco fazer troça da senhora do destino Suzana Vieira, cujo marido foi preso em pleno motel com a amante. Afinal de contas, somos um blog sério e respeitamos a privacidade alheia...

terça-feira, dezembro 19, 2006

Plantão médico

O deputado ACM Neto levou uma facada nas costas. Não me refiro a nenhuma metáfora para trairagem, comum tanto no sexo como na política, assuntos reccorrentes deste espaço. O herdeiro do clã falido de Painho sentiu, de fato, o aço frio nas entranhas. Olhando a coisa pelo lado bom (baixou a Pollyanna!), o nobre parlamentar terá uma boa justificativa para não aparecer na sessão do Congresso que decidir a votação do reajuste salarial da "catigoria"...

domingo, dezembro 17, 2006

O teto e eu

Propus um rejuste de salário de 90% à chefia, tal como nossos ilustríssimos representantes no Congresso Nacional fizeram em benefício próprio. Recebi como resposta um sorriso discreto, de quem preferiu interpretar meu gesto como uma piada.

Pensando bem, a chefia está certa. Se reagir com indignação até agora não resolveu nada, que tal esculhambarmos com esses que um dia foram tão bem classificados (por quem mesmo?) como 300 picaratas?

Classificação S&P:

Congresso Nacional: "D" (só não leva "D-" porque, não sei como, ainda acredito no sistema)
Chefia: "A+" (puxa-saco, eu?)

sábado, dezembro 09, 2006

Volver

Penélope Cruz talvez seja uma das poucas mulheres capazes de provocar uma ereção apenas com um olhar. Nem mesmo o broxante nome de Raimunda no filme Volver, a mais recente pérola de Pedro Almodóvar, contém a volúpia e a beleza fora do comum da atriz. Sim, o filme ainda conta com o talento de Carmem Maura e companhia, mas é o talento de Penélope que faz as emoções (e a calça) ficarem mais apertadas durante a sessão.

O filme em si consagra o nome de Almodóvar como um dos maiores (para muitos o maior) do cinema atual. Depois do incompreendido - e excelente Má Educação - em Volver o diretor volta a contar mais uma história possível apenas no próprio mundo criado para suas personagens, mas que de alguma forma se parece mais verossímil do que a realidade que encontramos ao sair da sala de cinema.

Classificação S&P:

Penélope Cruz: "A+"
Pedro Almodóvar: "A-"
Volver: "A"

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Ponto cego

Será que algum controlador de vôo que estava no dia do acidente do Boeing da Gol com o Legacy ainda não deu a sua própria "entrevista exclusiva"?

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Blog? Que blog?

Antes de me criticarem pela ausência, lembrem-se que hoje o bonitão aqui completa 29 anos, mas com corpinho de... deixa pra lá!

quinta-feira, novembro 23, 2006

Classificados

Algum leitor conhece um cabeleleiro masculino bom e barato no bairro da Pompéia? Se deixar minhas revoltosas madeixas crescerem por mais uma semana na certa serei confundido com algum hippie fugido de Woodstock...

terça-feira, novembro 21, 2006

1977 - 1986 - 1991 - 2006

Assistir ao time do coração ser campeão brasileiro no estádio é mesmo emocionante, mas poderia ser ainda mais se não se tratasse do São Paulo, que acostuma muito mal os torcedores ao ganhar tantos títulos! E rumo a Tóquio em 2007!

Vai lá, vai lá, vai lá, vai lá, vai lá de coração Vamo São Paulo, vamo São Paulo, vamo ser campeão!

Classificação S&P:
São Paulo (É tricolor!!!): "A+", como sempre!

quinta-feira, novembro 16, 2006

Às moscas

Está certo que ando meio devagar com as atualizações, mas o fato é que depois das eleições as visitas a este blog despencaram. Do auge de 64 acessos em um único dia (uau!), atingido com a entrevista exclusiva que fizemos com “Azelite”, nossos leitores habituais caíram para uma média diária de 12, incluindo aqueles que aqui caem por acaso, depois de alguma busca frustrada via Google.

segunda-feira, novembro 13, 2006

Dominó

A saída de Luiz Gushiken do governo me fez lembrar daquela propaganda do PFL na qual os integrantes do governo Lula caíam tal qual peças de dominó. Enquanto mais uma delas cai e sai pela porta dos fundos da vida pública, o presidente permanece mais forte do que nunca, agora legitimado por uma votação acachapante nas urnas.

sexta-feira, novembro 10, 2006

Meio desligado

Ando cansado demais para atualizar o blog. Não que alguém se importe com isso, mas acho que devo uma explicação, ao menos para mim mesmo.

terça-feira, novembro 07, 2006

Elogio à modéstia

Uma boa notícia para os fãs de Vinícius Pinheiro. O novo romance do jornalista, escritor, ator e modelo já conta com cerca de 50 páginas escritas, segundo revelou uma fonte próxima do quase gênio da literatura a este S&P.

Enquanto isso, O Roteirista, aguardada estréia do autor, permanece com previsão de publicação no segundo semestre de 2007.

Enquanto isso (de novo!), o belíssimo trabalho de Pinheiro na cobertura jornalística do mercado financeiro pode ser apreciado nas páginas da Agência Estado. Pena que somente para assinantes...

sexta-feira, novembro 03, 2006

Minha nada mole vida

Tem certas coisas que eu não desejo nem ao meu pior inimigo. Uma delas é trabalhar em uma sexta-feira pós-feriado até as 20h30...

quarta-feira, novembro 01, 2006

Eficiente

Da próxima vez, vou pedir para o Evo Morales negociar meu aumento de salário...

segunda-feira, outubro 30, 2006

Emoções

O Companheiro Lula ganhou o direito de esquentar a cadeira de presidente da República por mais quatro anos. E o sol continua a brilhar lá fora.

sábado, outubro 28, 2006

10 coisas que não agüento mais nas eleições

Chegamos ao fim de mais uma campanha eleitoral. E entre os fatos que marcaram este emocionante pleito, relacionamos os top ten:

1. Chamarem o Lula de burro
Convenhamos, burros somos nós. E o homem caminha tranqüilo para mais quatro anos às nossas custas

2. Perguntarem onde está o dinheiro do dossiê
OK, é uma questão válida, mas que de tanto repetida se tornou inconveniente e maçante

3. Privatizações
Foi a grande sacada do PT nesse segundo turno, mas o tucano jurou até pela mãe dele que não ia vender nada. Chega!

4. Debates
"Tempo esgotado, candidato"

5. Horário eleitoral
“Deixa o homem trabalhar” só pode ser uma piada de muito mau gosto...

6. Biografia do Geraldo
“Médico, vereador mais jovem do País, prefeito com 23 anos, deputado federal, blá blá blá...”

7. Profecias de videntes
Quero ver se alguém vai atrás desses caras para cobrar a “vitória do Alckmin” depois das eleições

8. Paulistas reclamando da ignorância dos nordestinos

9. Nordestinos reclamando da arrogância dos paulistas

10. Este blog
Não vejo a hora de mudar de assunto...

sexta-feira, outubro 27, 2006

Votar ou não votar?

Se votar, terei a quase impossível missão de ter de escolher entre um dos dois candidatos. Se não votar, seria taxado por mim mesmo de covarde, incapaz de dar uma opinião sobre os rumos do País. Ora, vejam só: se Shakespeare vivesse no Brasil de hoje, depararia-se com uma questão de ordem muito mais prática do que ser ou não ser...

quinta-feira, outubro 26, 2006

Sina

Um colega de profissão deixará de ir ao show dos Beastie Boys, no Rio, para o qual já tinha ingresso comprado, porque foi convocado para o plantão na redação do segundo turno das eleições...

segunda-feira, outubro 23, 2006

S&P faz entrevista exclusiva com "Azelite"

Todo blog de jornalista que se preze precisa trazer alguma informação exclusiva e/ou bombástica. Este S&P não podia ficar para trás, não é verdade? Claro que não é, mas decidimos mesmo assim correr atrás do nosso próprio furo jornalístico. Assim, depois de muita insistência, conseguimos uma entrevista exclusiva com ela, a própria "Zelite" ou "Azelite", como é chamada de forma mais freqüente.

Essa personagem começou a ficar famosa no auge do escândalo do mensalão, quando o companheiro Lula, ameaçado por um processo de impeachment que não chegou a se concretizar, culpou Azelite pela tentativa de derrubá-lo do poder. Mais tarde, durante a campanha, Azelite voltou a ser duramente atacada pelo presidente-candidato. Enfim, abrimos aqui um espaço para que nossa personagem possa se defender:

S&P: O presidente Lula diz que Azelite querem derrubá-lo. Quais são as suas intenções com o Companheiro? E por que ele sempre usa a concordância errada ao citar a senhora?

Azelite: Essa cisma do presidente comigo vem de muito longe. Mas é verdade que eu pego um pouco no pé dele por conta do português...

S&P: O que a senhora tem contra o Lula?

Azelite: EU? Absolutamente nada, muito pelo contrário! A gente se estranhou um pouco lá em 89, mas nossa relação nunca foi tão boa como nesses últimos quatro anos!

S&P: Azelite é tucana, como insiste em dizer o presidente?

Azelite: Eu não tenho nenhuma preferência nem preconceito, meu filho. Depois daquela "Carta ao Povo Brasileiro", que o Lula mandou pra mim em 2002, a gente nunca mais brigou.

S&P: Mas, e essas declarações públicas nos palanques contra a senhora?

Azelite: O Lula é como uma criança. Reclama, mas faz tudo o que Azelite quer, pode ter certeza.

S&P: E o Geraldo, o Alckmin?

Azelite: Como é bom esse Geraldo! Já veio aqui pedir a minha bênção. Mas é um pouco... como posso dizer?

S&P: Sem sal?

Azelite: Isso! Você o viu no debate da Band? Me senti envergonhada por ele...
(risos)

S&P: Em quem Azelite vai votar?

Azelite: Isso eu não digo! E você?

S&P: Nem sob tortura!

Azelite: Tortura? Isso me fez lembrar o Zé Dirceu. Faz tempo que não o vejo, estou com saudades dos tempos em que ele era ministro e me trazia uns charutos cubanos... mas ele volta, você não acha?

S&P: Ele é petista, não desiste nunca! (risos de ambos)

sábado, outubro 21, 2006

OK Newsletter

Clodovil tem início de cobertura do S&P com nota "C"

Atendendo a pedidos (na verdade, um pedido), resolvi dar um jeito na Newsletter. Mudei o fornecedor para o Feedburner, mais confiável que o capenga Bloglet. Agora, você, caro e raro leitor do S&P, pode receber nossas atualizações, inclusive esta, por e-mail. Basta se cadastrar lá embaixo, do lado direito. Quem já estava cadastrado vai ter que fazer o serviço sujo novamente.

Em breve, faremos mais modificações nesta página, estou de saco cheio desse rosa choque, ainda mais depois da vitória do Clodovil.

O ilustre futuro deputado, aliás, leva uma classificação de risco "C". Ele só não leva nota mais baixa porque, em uma dita democracia, cada povo tem o congressista que merece. Que esta eleição sirva como lição de moral aos paulistas, que têm a pachorra de chamar os nordestinos de ignorantes por terem votado no Companheiro Lula.

terça-feira, outubro 17, 2006

Gol contra

Se o PT tem os seus aloprados, os tucanos não ficam muito atrás. Depois das desastrosas declarações do economista Yoshiaki Nakano, um dos mentores do programa de Alckmin, sobre controle do câmbio e outras loucuras (ao menos durante um período eleitoral), hoje foi a vez do socialite, digo sociólogo, Fernando Henrique Cardoso, colocar uma pá de cal na covas, quer dizer, cova, do candidato do PSDB à Presidência.

O ex-rei eleito declarou que o (como é bom esse...) Geraldo não vai privatizar a Petrobras e outras estatais caso seja eleito, mas que a opinião dele (FHC) era favorável à venda da estatal. Foram as palavras erradas na hora erradíssima, em que os líderes tucanos, perdidos, tentam a todo custo tirar a livrar o ex-governador de São Paulo do rótulo de neoliberal.

Enquanto isso, alguém aí lembra do escândalo do dossiê?

segunda-feira, outubro 16, 2006

Agora é Lula?

Já tem muita gente boa por aí dando a fatura liquidada: Lula será o presidente da República por mais quatro anos. Mas há também aqueles céticos, entre os quais este S&P. Na nossa análise, o Companheiro leva o caneco, mas vai precisar rebolar um pouquinho mais, pois Geraldo Chuchu Selvagem não vai vender barato essa derrota, como já mostrou no debate da Band.

sexta-feira, outubro 13, 2006

O Piauí não é aqui

Como prova de que sou fortemente influenciado por qualquer campanha publicitária persuasiva, adquiri um exemplar da recém-lançada revista Piauí. Claro que em apenas uma manhã de merecida folga não tive tempo dissecar a publicação. Creio, porém, que já posso sacar algumas conclusões:

Visual: Nada de novo. O tamanho, inclusive, é idêntico ao da Caros Amigos. Algumas matérias são intercaladas com conteúdo diverso como quadrinhos ou poesia, o que também não chega a ser extraordinário. O ensaio fotográfico sobre a CPI dos Correios é legal, embora um tantinho fora do tempo. Classificação S&P: “C+”.

Reportagem / Diário: os dois textos de maior fôlego da Piauí que li por inteiro até agora não só são convencionais como botam um pé na antropologia cosmética, do tipo: “vejam como é sofrida a vida de um operador de telemarketing”, ou então, “minha vida de escritora que precisa ganhar a vida como garçonete de uma boate em Nova York”. Lixo. Classificação S&P: “C-”.

Quadrinhos: O do hipopótamo chega a dar raiva de tão ruim. A “biografia” do Brecht é bem melhor, mas a comparação ajuda. Classificação S&P: “D+”.

Conto: Rubem Fonseca é como sexo: até quando é ruim é bom. Classificação S&P: “A-”.

Resumo: Ainda é cedo para dar uma avaliação definitiva sobre a revista, até porque se trata de um primeiro número. Confesso que espero mais dos textos que ainda vou ler, como os do Ivan Lessa e do Roberto Pompeu de Toledo. Vamos dar o benefício da dúvida às pessoas que tomaram a atitude de fazer, ou pelo menos tentar, algo diferente no sonolento universo da imprensa brasileira. Classificação S&P: “B-” (em observação).

quarta-feira, outubro 11, 2006

Choque de realidade

"Cientistas políticos" nada isentos declararam a vitória esmagadora de Geraldo Chuchu Selvagem no debate de domingo da TV Bandeirantes. Faltou combinar com o respeitável público. Na primeira pesquisa realizada após o encontro, o que se viu foi a ampliação da vantagem do Companheiro Lula sobre o tucano para 11 pontos. Segundo os números do Datafolha, o petista (com o perdão da má palavra) agora tem 51% das intenções de voto, enquanto o desafiante caiu para 40%.

Sobre o desempenho dos candidatos no debate, a visão do eleitor correspondeu ao comentário deste S&P. Para as pessoas ouvidas pelo Datafolha, o confronto acabou empatado. Portanto, queridos cientistas políticos, sejamos menos tucanos e mais cientistas, por favor...

segunda-feira, outubro 09, 2006

Trocando as bolas

Desta vez, este S&P se deu ao trabalho de assistir ao debate. Não fomos até o fim, já que temos opções mais interessantes de lazer num domingo à noite, se é que você, casto leitor desta página, nos entende. Voltando ao debate, do que vi, considerei que houve um inesperado equilíbrio entre as partes, até porque parecia que o objetivo de cada candidato era imitar um ao outro. Explico:

Geraldão tentou fugir ao estilo CDF e apelou para a demagogia ao citar casos como o do AeroLula, a crise com a Bolívia e os gastos com cartão de crédito da Presidência. Falou em choque de gestão, mas não revelou o que isso significa (aqui entre nós, significa, entre outras maldades, congelar o salário mínimo e o reajuste da tabela do IR, mas não espalha, tá?). E bateu insistentemente na tecla dos escândalos de corrupção do governo. Avaliação S&P: "B"

Companheiro Lula, por seu turno, deixou a emoção de lado e forjou um conhecimento que nunca teve (afinal, ele "não sabia de nada") ao tratar de assuntos como economia, gastos públicos e política energética. Nesse último ponto, sequer conseguiu usar direito o fato de o vice do tucano ser o ministro de Minas e Energia da época do apagão. Seu melhor momento, na nossa nada humilde opinião, foi quando deixou o adversário no chinelo ao falar em política externa. Avaliação S&P: "B-"

sábado, outubro 07, 2006

Slogan de campanha

Vote Lula ou vote Geraldo, por favor não me encha o saco!

quarta-feira, outubro 04, 2006

No ponto

Para o Companheiro Lula, a eleição não foi vencida no primeiro turno porque "faltou voto". Perfeito. É dessa simplicidade que este S&P mais sentirá falta caso o tucanês volte a dar as cartas no País...

terça-feira, outubro 03, 2006

S&P eleva classificação de Geraldo, o Alckmin

Este S&P fez de tudo para azedar a campanha do Geraldo. Chamamos o homem de broxa, CDF, frutare de chuchu, Nikos (Belíssima, lembram?)... mas não teve jeito, ele chegou ao segundo turno. Você, atento leitor, poderia dizer que, não fosse o escândalo do dossiê, o tucano já teria partido dessa para melhor. Nós concordamos, mas não dá para negar a expressiva votação do ex-governador, que ultrapassou os 40%. Desta forma, decidimos elevar a classificação de risco do candidato de "C+" para "B-", ficando, assim, com a mesma nota do Companheiro, dada ainda em março, nos primórdios desta página.

Ao mesmo tempo, decidimos rebaixar Helô Helena e seu PSOL, que fizeram muito barulho por nada e tiveram uma votação pífia no último domingo, e manter a nota do Cristovam "Educação" Buarque, que encheu o saco, mas mandou o seu recado e ainda tem mais quatro anos no Senado. Confira abaixo:

Classificação S&P:
Companheiro Lula: permanece com "B-", mas fica em observação até 29/10
(Como é bom esse) Geraldo: sobe de "C+" para "B-", também em observação até a eleição
Helô Helê: cai de "B-" para "C"
PSOL: cai de "C" para "D+"
Cristovam Educação: mantém-se com o honroso (e educado) "C+"

segunda-feira, outubro 02, 2006

E o meu voto foi para...

Várias pessoas me perguntaram, outras me acusaram, quase fui alvo de hackers tucano-petistas, se é que isso é possível. Mas não adianta, não revelarei meu voto. O que posso dizer é o seguinte: dei minha modesta contribuição para a realização do segundo turno.

sexta-feira, setembro 29, 2006

Sono

Alguém aí pode me dizer o que eu perdi no debate?

quinta-feira, setembro 28, 2006

Lula ou Cicarelli?

Assistir ao debate da Globo ou à premiação da MTV? Em tese, ambos os programas são chatos. Ao contrário de anos anteriores, acompanhei os dois assuntos sem emoção. Se no debate seremos obrigados a aturar o CDF Geraldo, a outra emissora possui o Skank, o picolé de chuchu musical.

Por outro lado, os programas ganharam apelos de última hora, graças aos dossiês Vedoin e Cica. Na Globo, é esperada a presença do companheiro e ainda presidente Lula, que se for louco de aparecer deve ser alvo de pedradas monumentais dos adversários. Ao mesmo tempo, a MTV promete trazer Daniella Miojo Cicarelli como mestre de cerimônias do Video Music Brasil. Ou seja, promessa de muita baixaria nos lares da família brasileira...

quarta-feira, setembro 27, 2006

Lulaluf

Nada como um dia após outro dia, já dizia Mano Brown. Se a eleição for para o segundo turno, Lula poderá ser vítima de um amplo movimento de rejeição que, no passado, vitimou políticos da estirpe de Paulo Maluf.

sábado, setembro 23, 2006

Viagra

Não tem jeito. Nem um escândalo nas proporções do dossiê tabajara dos petistas fez o Geraldo subir, pelo menos segundo o Datafolha. Pobre dona Lu! Deve estar numa carência...

quarta-feira, setembro 20, 2006

Pornochanchada

Se eu fosse um senador tucano, faria um discurso inflamado contra o vídeo pornográfico da Cicarelli no Youtube. Não é possível, só pode ser mais uma manobra petista para desviar a atenção da população após a tentativa tabajara de compra do dossiê contra o Zé Serra. Aliás, entre o rala e rola da musa na praia e o ex-ministro e vampiro entregando ambulâncias superfaturadas, com qual promiscuidade você ficaria?

segunda-feira, setembro 18, 2006

Freud explica?

Eu sei, o trocadilho é estúpido, mas válido. O principal suspeito de ser o representante do PT envolvido na funesta operação de compra do dossiê contra os tucanos chama-se Freud Godoy. Ele é assessor especial da Secretaria da Presidência da República. Ou seja, é mais um funcionário ligado umbilicalmente ao Companheiro, que, claro, "não sabia de nada".

Afinal, o homem é culpado ou inocente? Pelo atropelar da carrugagem, uma resposta para a questão deve ser dada logo. O que vale saber desde já é o estrago do escândalo (mais um!) nos planos de reeleição de Nosso Guia.

domingo, setembro 17, 2006

Partido Tabajara

S&P rebaixa PT de "D+" para "D"

Suponhamos que você, leitor deste S&P, seja um dirigente partidário. Suponha que o candidato do seu partido possua quase 60% dos votos válidos e tem tudo para se eleger no primeiro turno. E que o seu principal adversário seja um notório conhecido por não atrair a simpatia das massas. Tudo isso a menos de 15 dias para as eleições. Então, o que você faz?

Se o partido em questão for o PT, você provavelmente vai preferir negociar a compra de um dossiê ligando seus moribundos concorrentes à máfia das ambulâncias. Para isso, vai levar para um hotel a bagatela de R$ 1,7 milhão em dinheiro vivo e ser preso em flagrante pela Polícia Federal.

Classificação S&P
PT: "D" (e só não cai para o fundo do poço porque, apesar de tudo, o Companheiro deve ser reeleito)

quinta-feira, setembro 14, 2006

Recordar é viver

Se eleito (há há há!), o tucano Geraldo, o Alckmin promete investir no ensino técnico. Talvez ele tenha se esquecido de que foi justamente durante o governo do companheiro de plumagem FHC que o ensino médio e o profissionalizante foram separados, e que as escolas foram tucanadas e passaram a se chamar “Centros Federais de Educação Tecnológica”.

terça-feira, setembro 12, 2006

A paz é inútil para nós

A propaganda da candatura do Coronel Ubiratan a deputado estadual continuou a ser veiculada ontem mesmo depois do assassinato do dito cujo, informou o Nelson de Sá. Comandante do massacre do Carandiru, o dito cujo - inocentado pela Justiça - usava como número 14.111, as três últimas dezenas numa referência clara ao número de presos mortos na rebelião. A eleição dele para um terceiro mandato na Assembléia Legislativa de São Paulo era dada como certa, ainda mais em tempos de PCC. Num País que tem figuras como essa como exemplo, sou obrigado a dar razão a Paulo Miklos: A paz é inútil para nós / A paz é o que não podemos ter / Que a paz esteja com você.

domingo, setembro 10, 2006

FHC Surfistinha

Já que deseja tanto aparecer, em vez de mandar cartinhas idiotas para a imprensa, o ex-rei eleito FHC podia ao menos ser criativo. S&P oferece totalmente de grátis algumas sugestões:

- Se inscrever na próxima edição do Big Brother Brasil (só não vale comprar voto para sair do paredão!)
- Escrever um livro de memórias sexuais (e contar detalhes dos oito anos de promiscuidades no Planalto)
- Aparecer na "Dança dos Famosos" (de fazer os outros dançarem ele entende...)
- Gravar um disco de música italiana (ops, essa não dá certo. O Roberto Jefferson já tentou)
- Namorar o Ronaldo Fenômeno (quem sabe não rola um convite para a próxima Fashion Week?)

Escreva pra gente e dê também a sua sugestão. Mas sem perder a classe, ok? Afinal, estamos lidando com um sociólogo...

sexta-feira, setembro 08, 2006

Adeus, Lula

Sentado confortavelmente na velha poltrona de couro curtido da sala de estar, quase morri engasgado com um amendoim japonês ao receber o ultimato: ou o horário político ou eu. Céus, o que há de errado com você, perguntou minha mulher. Aceitaria ser trocada pelo futebol, pelo pay per view erótico da TV a cabo, mas aquela promiscuidade diária a qual me submetia, muitas vezes na presença dela, era demais.

Não adiantou dizer que precisava me atualizar das propostas dos candidatos para o futuro do País. Seria como dizer que eu colecionava a Playboy por causa das entrevistas. O que eu desejava era baixaria, e ela sabia.

A situação era clara: ela se interpôs entre a televisão e eu e só sairia quando desligasse o aparelho. Cheguei a hesitar, mas não tive escolha. Apenas depois que minha esposa cruzou a porta carregada de malas me bateu um certo arrependimento. O jeito agora era torcer por um segundo turno...

quinta-feira, setembro 07, 2006

Velho Chico

Tenho lido muitas críticas negativas a respeito do novo disco e show do Chico Buarque. Dizem que as novas músicas são monótonas, repetitivas, sem inspiração. É verdade, mas um Chico monótono, repetitivo e sem inspiração (perceberam o jogo de palavras?) coloca no bolso a maior parte dos artistas da atual geração. Ou você, leitor, prefere Max de Castro, Simoninha, Junio Barreto (desculpe, Renatilda!)...

Classificação S&P
Chico Buarque: "A"

terça-feira, setembro 05, 2006

Dois pesos

Este S&P decidiu aderir (tardiamente, para variar) à campanha contra a impugnação da candidatura de Rui Costa Pimenta (PCO) à Presidência. Tudo porque o cidadão não teria declarado de forma correta os gastos da campanha de 2002, quando obteve uma meia dúzia de votos. Ora bolas, por que o TSE não vai se preocupar com o candidato “dos grandes especuladores e banqueiros”, cujo esquema de caixa 2 é público e confesso?

Classificação S&P:
Rui Pimenta: "C" (se vencer a batalha nos tribunais, meu voto é dele)

Clique aqui para aderir à campanha contra a impugnação do companheiro

sexta-feira, setembro 01, 2006

Nicho eleitoral

Se dependesse dos taxistas de São Paulo, o tucano Alckmin seria eleito presidente, concluiu pesquisa realizada por este S&P durante suas pautas pela cidade. Não adianta procurar, nós não fizemos registro no TSE.

quarta-feira, agosto 30, 2006

Efeito Geraldo

Tem dias que a vida parece picolé de chuchu...

sexta-feira, agosto 25, 2006

Sugestão de pauta

Por que não verificar quantas realizações alardeadas em um dia, apenas um dia, de propaganda eleitoral não passam de mentira deslavada?

domingo, agosto 20, 2006

Verniz

"Fui investigado e não encontraram provas. Votem em mim". É com esse bordão que o ex-presidente do PT, José Genoino, pretende voltar ao Congresso. Alguém se arrisca?

quinta-feira, agosto 17, 2006

Tu és forte, tu és grande

Tudo bem, perdemos. Poderia aqui citar uma enorme lista de razões e justificativas para o empate que tirou do Tricolor do Morumbi, ainda o maior do mundo, o título da Libertadores. Prefiro, contudo, alertar aos coritianos, palmeirenses, santistas e demais colorados por um dia que, ao abortar o projeto Tóquio, o São Paulo voltará a dar prioridade ao Campeonato Brasileiro. Portanto, preparem-se...

Classificação S&P:

São Paulo FC: "A+" (esperavam o quê???)

quarta-feira, agosto 16, 2006

Tempo, mano velho

Assuntos sobre os quais gostaria de comentar, se me sobrassem cinco minutos:

- O tombo do Geraldo nas pesquisas (ha ha ha)
- O início do horário eleitoral (o melhor foi o Enéas sem barba, ao lado da foto do Enéas com barba)
- O debate da Bandeirantes, e a ausência do Companheiro

Pensando bem, acho que os leitores deste S&P não perderam muita coisa...

quinta-feira, agosto 10, 2006

Premonição

O São Paulo pode até não ser campeão da Libertadores, mas se passar pelo Inter no Beira-Rio, vencer o Barcelona em Tóquio vai ser fichinha...

segunda-feira, agosto 07, 2006

Genial

Proposta de Helô Helê para combater a violência:
"repressão implacável aos chefões do crime organizado, de fora e de dentro dos presídios"

Como fazer isso?
"Um novo pacto federativo de segurança pública para enfrentar o crime organizado de forma profissional, utilizando-se do serviço de inteligência e da Polícia Federal para chegar aos chefões do PCC"

Uma obviedade atrás da outra, eu sei. Mas imaginem o mesmo discurso entoado em cores estridentes e ameaçadoras pela senadora. Até o Marcola deve tremer...

sexta-feira, agosto 04, 2006

Enfim, uma proposta

A oposição detonou e até os aliados torceram o nariz, mas a proposta do presidente Lula de convocar uma Assembléia Constituinte especialmente para aprovar a reforma política não é ruim, pelo contrário. Seria até capaz de dizer que foi a melhor idéia que o companheiro teve desde a escolha de Antonio Palocci para o Ministério da Fazenda... (brincadeira, ok?)

Além de uma demonstração de bom senso rara de quem sempre diz “não saber de nada”, Lula mostrou ter consciência de que políticos não votam contra eles próprios. Ou seja, se deixar na mão do Congresso essa reforma não sai de jeito nenhum, pelo menos não do jeito que deveria.

segunda-feira, julho 31, 2006

Geraldo, o CDF

Podem me chamar de mazoquista. Mas foi sem querer. A TV estava ligada, e eu passei por ela justo na hora. Não se tratava, infelizmente, da grande final da Dança dos Famosos, e sim da entrevista do tucano Geraldo Alckmin no jornal da Ana Paula Padrão.

"Nunca confie num CDF", já dizia a sabedoria popular da galera do fundão da classe. A máxima me voltou à mente ao ouvir os sucessivos números e realizações miraculosas que o candidato expôs em seu discurso. Tirando a falsa impressão de preparo e sabedoria, sobra muito da fala do governador por acidente.

Sei não, mas sinto um cheiro de Helô Helê no segundo turno...

quinta-feira, julho 27, 2006

Palhaçada

Será que eu sou o único que não dá a mínima para esse Cirque du Soleil?

terça-feira, julho 25, 2006

Tieta do Agreste

S&P eleva classificação de Helô Helena para “B-”

Este S&P pode até ser acusado de tardar, mas nunca de falhar (exceto naquela noite em que estava meio bêbado e... deixa pra lá). Por isso decidimos, enfim, fazer justiça e elevar a classificação da Heloísa Helena. A senadora e agora candidata à Presidência, que bem poderia fazer parte do elenco de alguma novela da Globo inspirada em Jorge Amado, deixou de ser uma excentricidade no cenário político ao ultrapassar a barreira dos 10% nas últimas pesquisas. Isso, para quem não sabe ou não se deu conta, representa cerca de 12 milhões de eleitores. Um contingente, convenhamos, razoável.

Se nós fôssemos uma agência de classificação de risco convencional, daquelas que rebaixa países e empresas à beira do calote e promove os bem comportados, na certa colocaríamos a nota de Helô Helena lá embaixo. Afinal, ela é a única que sai por aí dizendo que vai cortar os juros pela metade e acabar com os “moleques de recado do sistema financeiro”. Frases de efeito que picolé Geraldo, por exemplo, nem sonha em pronunciar. É claro que a afirmação, assim como quase tudo que a candidata diz, não passa de bobagem, mas que fica bem na foto, ah isso fica...

Além do mais, como nós do S&P queremos é ver o circo pegar fogo, nada mais do que normal elevar a nota da candidata do PSOL (apesar do nome ridículo do partido) para "B-". E digo mais: se além de desbocada, a Helô desse um caldo, poderia até levar um "B". Mas ainda está para nascer uma comunista gostosa, eu sei...

Classificação S&P:

Helô Helena: "B-"
Geraldo Alckmin: "C+"
"Nosso Líder": "B-"

quinta-feira, julho 20, 2006

Lentes de cebola

Ainda não sei o motivo de toda essa comemoração com as últimas pesquisas. O quadro eleitoral continua sonífero como um filme islandês com legendas em alemão. Os números mostram o companheiro Lula no mesmo patamar de intenções de voto, o que lhe garante, portanto, o status de favoritíssimo para se manter por mais quatro anos como inquilino do Palácio da Alvorada e da Granja do Torto.

Geraldão precisa mostrar muito mais serviço se quiser melar o jogo eleitoral, porque depois da subida no mês passado vem se mantendo encalhado perto dos 30%. A levantada de Helô Helê para a casa dos 10% anima psolistas e tucanos, mas, na prática, não muda o quadro de vitória do presidente-turista acidental.

E olha que o Lulinha ganhou ontem mais um cabo eleitoral para sua campanha. Os juros, quem diria, caíram para o menor patamar em 30 anos. A taxa de 14,75% é a menor da minha vida! É pouco ou quer mais? Mais quatro anos?

domingo, julho 16, 2006

Atlas

Certas coisas me deprimem. Enquanto estou aqui no meu suado plantão dominical, o "nosso guia", como diz o Elio Gaspari, curte um turismo básico em São Petersburgo...

segunda-feira, julho 10, 2006

Ser ou não ser

Em uma crítica construtiva, um colega de trabalho atentou para o fato de a proporção entre sexo e política neste blog não ser bem balanceada. Ou seja, há muita política para pouco sexo. De fato, ele tem razão, não fosse o detalhe de que, na política, o que não falta é gente f.... a outra...

sábado, julho 08, 2006

Brasilíssima

E se os políticos brasileiros fossem personagens de Belíssima, quem eles seriam? S&P revela:

Lula – Alberto
Malandro e gente boa, tem uma vida cheia de mordomias, finge trabalhar e no final ainda acaba presidente.

Zé Dirceu – Bia Falcão
É o cérebro por trás de todas as maldades, mas consegue escapar da prisão e ainda passar uma temporada na França.

Alckmin – Nikos
Tem pinta de bonzinho, mas é chato, sem sal e ninguém quer saber dele.

Heloísa Helena – Safira
Barraqueira, santa ou os dois ao mesmo tempo?

FHC – André
Quando estava no poder, fodeu todo mundo. Depois que saiu, tenta convencer de que é bom moço.

José Serra – Valdete Pereira
Ela saiu no começo da novela e ele, no começo do mandato.

PMDB – Matheus
Michê, faz “coligação” com quem der mais.

Garotinho – Jamanta
Além da semelhança física, os dois tiveram os podres revelados.

Brasil – "Zulia"
Os dois são cobiçados, mas não se sabe se por amor ou interesse.

sexta-feira, julho 07, 2006

Bob pai, Bob filho

Quem disse que não dá para prosperar no Brasil? Que o diga o presidente-companheiro Lula. Segundo a prestação de contas do (agora, sim) candidato à reeleição, o patrimônio do petista (com o perdão do má palavra), que em 2002 era de modestos (?) R$ 422,9 mil, passou no pleito atual para R$ 839 mil. Um crescimento de razoáveis 98,4%. Um desempenho que só deixa a desejar quando comparado ao do filho do presidente, o Lulinha, que virou milionário depois do investimento da Telemar na empresinha de videogames dele.

terça-feira, julho 04, 2006

Em breve nas livrarias

S&P eleva a própria nota de “C” para “A”

Parece que vou virar companheiro de editora do Nick Hornby e do Harry Potter! A Editora Rocco selecionou o futuro best seller deste que vos escreve para publicação. Nem preciso dizer o quanto estou eufórico. E, como não podia deixar de ser, decidi elevar minha própria classificação de risco.

Se o livro virar um sucesso, prometo me elevar à nota máxima (A+). Como eu já disse neste mesmo espaço, te cuida, Dan Brown...

Classificação S&P:
Vinícius Pinheiro (S&P): “A”

segunda-feira, julho 03, 2006

Zica

Comentário de um leitor do Estadão: "no governo anterior o Brasil foi campeão..."

sexta-feira, junho 30, 2006

A Ordem da Phoenix

S&P eleva (Como é bom esse...) Geraldo de “C” para “C+”

A desencalhada nas pesquisas do candidato zebra, digo, tucano, Geraldo Alckmin, nos forçou a revisar para cima a classificação de risco do querido e carismático ex-governador de São Paulo.

Isso significa que já dá para acreditar nele? Não é para tanto. Com 29% na preferência do eleitorado, o tucaninho ainda não faz verão, nem sequer tira do companheiro Lula, que ostenta parrudos 46%, a chance de matar a parada logo no primeiro turno. Porém, a subida de sete pontos na última pesquisa Datafolha, e em plena época de Copa do Mundo, não é de se desprezar.

Os números dizem apenas que ainda é muito cedo para prognósticos eleitorais. Por enquanto, prefiro dar palpites somente sobre futebol. E digo que amanhã a seleção vai meter uns 3 a 0 naqueles franceses metidos a... franceses!

Classificação S&P:
Alckmin: “C+”
Lula: “B-”
Brasil (a seleção): “A+” (só faltam três!)
França (o timeco): “C” (aproveite para ver Zidane pela última vez...)

segunda-feira, junho 26, 2006

Foi dada a largada

Enquanto a atenção de todos estava voltada para a coxa lesionada de Robinho, a equipe deste S&P optou por um programa igualmente sem graça neste fim de semana: acompanhar de perto as convenções partidárias que confirmaram o que todos já sabiam: na disputa presidencial vai ser o companheiro Lula contra o (como é bom esse) Geraldo.

A emoção dos discursos dos candidatos e da claque nos eventos foi digna de um jogo do tipo Ucrânia x Tunísia. E se a monotonia não foi total, isso se deve, quem diria, ao ex-rei eleito Fernando Henrique Cardoso, conhecido no morro do macaco molhado como FHC. Foi dele o petardo do dia (no caso, de ontem):

“Teve coisas que eles (o PT, estúpido!) fizeram mais do que nós: muita corrupção, os escândalos. Aí, ganharam.”

O magnânimo se referia a uma comparação entre os dois governos (FHC x Lula) pedida pelo próprio companheiro petista na convenção que confirmou o nome dele para disputar a reeleição. Sem entrar no mérito da frase tucana, senão ficaríamos aqui por horas, foi uma bela porrada, essa do FHC. Um bom início de temporada eleitoral, que promete grandes emoções, para quem tiver paciência. Por enquanto, prefiro assistir aos melhores momentos de Ucrânia 0 x 0 Suíça...

Classificação S&P:
Robinho
: “A-” (ainda não vi pedaladas...)
FHC: sem nota (ele está, ou se acha, muito acima de qualquer classificação)
Lula: “B-” (clique e veja a razão)

sexta-feira, junho 23, 2006

O novo hit

Quem conhece faz a conta
E dá o saldo
Como é bom esse Geraldo!

Que seleção, que nada! A musiquinha do Clube de Regatas PSDB roubou, literalmente, a cena ontem à noite. Quem queria ver a musa da Copa Fátima Bernardes precisou aturar antes a insossa propaganda política do Frutare de Chuchu. Se for eleito, Geraldo promete investir em saúde, geração de emprego e dar prioridade à educação. Entre esse discurso e a musiquinha, eu fico com a Fátima (ou pelo menos a dona Lu)...

Classificação S&P:
Geraldo Alckmin: "C"
Fátima Bernardes: "A"

segunda-feira, junho 19, 2006

Eu voltei

...porque, como diria Woody Allen, dinheiro não traz felicidade, mas a sensação é tão parecida que seria necessário um especialista para notar a diferença...

domingo, junho 18, 2006

Virou pó

Decidi encerrar minhas férias com uma ida ao cinema. A transposição às telas de Pergunte ao Pó, romance de John Fante, provocou acaloradas discussões nas comunidades do Orkut, tanto pela escalação dos atores como pela expectativa de que o diretor não fosse fiel à obra.

Juro que tentei me manter afastado dessas polêmicas improdutivas, afinal, cada leitor absorve e faz a adaptação de um livro a seu próprio modo. Com Robert Towne, o célebre roteirista de Chinatown, não seria diferente.

Pois bem, Arturo Bandini, o narrador e protagonista, um jovem aspirante a escritor na Los Angeles dos anos 1930, ganhou o corpo do galã hollywoodiano Collin Farell. O papel de Camila Lopez, a ordinária garçonete mexicana por quem Bandini se apaixona, ficou com Salma Hayek.

Se a escolha equivocada dos atores fosse o principal problema do filme, ótimo. Não é. Depois de recriar fielmente o universo do narrador e as primeiras páginas do livro, Towne decide rasgar o resto da história e transformar a história num dramalhão. Uma pena. Espero apenas que o desastre do filme não impeça toda uma nova geração de leitores de descobrir a obra de Fante.

Classificação S&P: “D”

segunda-feira, junho 12, 2006

Adicionamos uma nova recomendação no box ao lado. Trata-se do Zé na Copa, fotoblog do meu colega de faculdade Zé Gonzalez, que por acaso também é repórter do jornal esportivo Lance. Depois de muito ralar na cobertura dos clubes paulistas e perder muitos finais de semana correndo atrás dos marmanjos que correm atrás da bola, Zé foi, merecidamente, enviado à Alemanha para a cobertura da Copa. Hoje estará em Berlim vendo de perto a estréia do escrete verde-e-amarelo. Boa sorte, Zé!

P.S.: Enquanto isso, na Serra Gaúcha, apenas um comentário: overdose de CVC na veia.

Como é bom esse...

Parece que os tucanos decidiram mesmo levar a sério a brincadeira de ter Geraldo Walkman como candidato à Presidência. Dizem as más línguas que os caciques do PSDB, ligados como só eles, teriam marcado a convenção para esta terça-feira, às 16h. Aí, descobriram que o restante do povo brasileiro tinha outro programa para o mesmo horário...

sábado, junho 03, 2006

PSOL Social-Marxista Clube

No terceiro episódio da série sobre a Copa, apresentamos o time liderado pela senadora Heloisa Helena. Ela, aliás, será a única representante da equipe que receberá nossos comentários (se quiserem uma análise detalhada sobre Babá ou Luciana Genro, recomendamos a leitura de alguma publicação sado-marxista).

Ponto forte: marcação – pega no pé de qualquer governo
Ponto fraco: jogadores – quem é mesmo o vice na chapa dela?
Equipe modelo: Grêmio – a tática é dar porrada

Situação: Heloisa Helena carrega o time nas costas. Marca sob pressão e ataca como poucos. O time do PSOL, no entanto, não deve ir longe na competição, já que o poder ofensivo limita-se ao lado esquerdo do campo.

Veja também:
PT Futebol Clube
Clube de Regatas PSDB

quinta-feira, junho 01, 2006

Clube de Regatas PSDB

Dando seqüência à série sobre a Copa, apresentamos hoje a equipe tucano-pefelista, principal adversária do favorito PT Futebol Clube na disputa do caneco, digo, da Presidência:

Ponto forte: experiência – os atletas conhecem como poucos as entranhas do poder
Ponto fraco: desunião – os egos dos jogadores são bem maiores do que a habilidade em campo
Equipe modelo: São Paulo – o preferido da elite

Escalação:
1- César Maia: suas defesas milagrosas têm salvado a equipe da eliminação
2- ACM Neto: promovido da equipe júnior depois do forte poder de ataque mostrado na CPI, além, é claro, da ajudinha do vovô
3- Cláudio Lembo: improvisado na zaga e no governo de São Paulo, não consegue deter os avanços do PCC, principal adversário do time no momento
4- ACM: tem até apelido de zagueiro (Toninho Malvadeza). Segura as pontas na Região Nordeste, mas não tem a mesma agilidade nas demais áreas do campo
6- Gilberto Kassab: ganhou a vaga de titular - e a prefeitura de São Paulo - de presente do companheiro Zé Serra
5- Jorge Bornhausen: eficiente na marcação, arranca pedaço nas divididas, experiência conquistada na época da ditadura
8- Aécio Neves: o Kaká da política. Além de gato, o tucano é raposa, e espera a Copa de 2010 para brilhar no time
10- FHC: veterano, ainda é a principal estrela da equipe. Todas as bolas têm que passar por ele
11- Tasso Jereissati: tenta dar padrão de jogo ao time, mas sabe das limitações dos atletas
7- José Jorge: o companheiro de ataque de Alckmin não ajuda. Basta lembrar que o foi o ministro que levou o País ao apagão
9- Geraldo Alckmin: fora da posição, prefere atuar mais pelo meio, mas precisa partir para cima e desencantar logo, sob o risco de o time sair derrotado ainda no primeiro tempo

Situação: O time deve ter muita confiança na conquista do título, já que deixa seu melhor jogador, o artilheiro e vampiro Zé Serra, no banco de reservas, enquanto a anêmica dupla de ataque não sai do zero.

terça-feira, maio 30, 2006

PT Futebol Clube

Aproveitando o clima de Copa do Mundo, a equipe deste S&P preparou, com exclusividade para o S&P - como era de se esperar -, a escalação de algumas seleções que podem fazer a diferença nas eleições de outubro. Comecemos, então, pelo time do companheiro Lula:

Ponto forte: espírito de conjunto – ninguém denuncia ninguém
Ponto fraco: fogo amigo – zagueiros vivem fazendo gols contra
Equipe modelo: Corinthians – cheio de estrelas, mas vive em crise

Escalação:
1- Luiz Gushiken: tomou vários frangos, mas Lula insiste com ele no time
2- Aloizio Mercadante: apóia com competência, mas ninguém passa a bola para ele
3- Eduardo Suplicy: ponto fraco da defesa, vive entregando o ouro para os adversários
4- Dilma Rousseff: xerife do time, segura as pontas quando a coisa engrossa e ainda sobe ao ataque quando preciso
6- Ciro Gomes: é lateral, mas está doido para fazer dupla de ataque com Lula
5- Márcio Thomaz Bastos: não tirou o pé em nenhuma dividida, seja o adversário caseiro ou banqueiro
8- Tarso Genro: outro que já fez de tudo no time, tenta agora segurar a oposição
10- Guido Mantega: entrou numa roubada (literalmente), a de substituir Palocci, o craque do time
11- Henrique Meirelles: o presidente do BC vai dar um passe açucarado para o presidente marcar um gol: os juros mais baixos dos últimos trocentos anos
7- Zé Alencar: após várias trombadas com Meirelles, não deve permanecer no time no segundo tempo
9- Lula: não quer nem ouvir falar em impeachment, quer dizer, impedimento, e quando é pego na banheira diz que não sabia de nada.

Situação: o time segue como o principal favorito, apesar do desfalque de alguns dos principais jogadores, como Zé Dirceu, Delúbio, Palocci e, principalmente, Marcos Valério, o “elemento surpresa”. Aposta todas as fichas no craque Lula, o artilheiro do povão.

segunda-feira, maio 29, 2006

Serra, cadê você?

Eu sei, eu sei, pode parecer preconceito, mas esse negócio de sanguessuga me lembra um outro vampiro, que, aliás, anda meio sumido ultimamente...

sexta-feira, maio 26, 2006

Marcola e Lula

Líder do PCC leva nota "B" do S&P

O que vocês queriam? Eu é que não sou bobo de pegar no pé do cara. Além disso, Marcola fez o que parecia impossível: botou a polícia e o Congresso para trabalhar. Se conseguisse fazer o mesmo pelo companheiro Lula levava direto um "A+".

Enquanto isso, no Palácio do Planalto, ao que tudo indica teremos Lula Lá por mais quatro anos. O rating do presidente permanece como "B-". Para completar a tragédia, só falta o Brasil se estrumbicar na Copa...

quinta-feira, maio 25, 2006

Reforma gráfica

Não é só a Folha de S.Paulo (rating "C+") que está de visual novo. Este S&P também traz novidades aos seus milhares (por que não milhões?) de leitores. As mudanças no nosso layout - assim como as da famosa publicação - são quase imperceptíveis. Implantamos uma espécie de Newsletter (na barra do lado direito), para aqueles que desejarem ser avisados quando de novas atualizações neste espaço, além de um contador de visitas, que mede as estatísticas do site. Descobri, por exemplo, que recebemos uma média de 13 visitas e 34 page views por dia. Resta apenas descobrir a diferença entre um e outro.

quarta-feira, maio 24, 2006

Para lembrar...

...Que além da Copa também é ano de eleição, segue abaixo uma piadinha que recebi esta manhã...

Morre o presidente e o funeral é no Palácio do Governo. Aos lados do caixão tem uma guarda de soldados. Nisso aparece uma velhinha com uma sacola de comida e começa a pôr dentro do caixão cenouras, tomates, alfaces enquanto os soldados olham para ela surpresos. Enquanto a velha continua a colocar alimentos no caixão, um dos soldados pergunta para ela:

"Senhora, por favor, o que está fazendo?"

A velha, enquanto continua a por comida , responde:

"O que você quer, porra? Que os coitados dos vermes comam somente merda?"

segunda-feira, maio 22, 2006

Atualização especial

Como alguns dos poucos e fiéis leitores deste S&P bem sabem, após um longo e extenuante ano me foi concedido novamente o privilégio varguista e antiquado das férias. A idéia era deixar este espaço de molho durante esse tempo. No entanto, fontes me informaram que receberíamos a visita de uma editora interessada em publicar o futuro best seller escrito por este que vos escreve.

Para não dar vexame de apresentar a casa desarrumada, decidimos tomar vergonha na cara e atualizar a lojinha, nem que seja para fingir uma aparente ordem. Reiterando que qualquer semelhança entre o nosso modo de agir e o do Governo do Estado de São Paulo é mera coincidência...

terça-feira, maio 16, 2006

Apocalypse Sampa

The horror... the horror...

sexta-feira, maio 12, 2006

Dan Rabbit

Será que só eu percebi que o final do Código Da Vinci é um plágio do Alquimista, do Paulo Coelho?

sexta-feira, maio 05, 2006

Plantão Garotinho

Até as 14h de hoje, Anthony Garotinho havia perdido 3,9 quilos com sua greve de fome.

Dá-lhe, Garoto! Estamos com você!

terça-feira, maio 02, 2006

Fome Zero

Quantos quilos você acha que o Garotinho vai perder na sua dita "greve de fome"? Aposte no nosso bolão!

terça-feira, abril 25, 2006

Contra o impeachment

Sem maiores delongas, porque ando sem paciência: a oposição tem uma chance de ouro de sacar Lula do poder. Basta que, em outubro, consiga reunir 50% mais um dos votos válidos. Nada mais lindo e democrático. Portanto, vamos parar com essa história de impeachment e deixem para nós, o povo, decidir se o companheiro merece ou não continuar na mamata.

quarta-feira, abril 19, 2006

Vanilla Sky

Dia de aparente calmaria no mercado financeiro. Prova disso é o assunto recorrente aqui na redação: o nascimento do filho do Tom Cruise e, mais importante, se ele cumpriu a promessa de comer a placenta do bebê. Nota "D+" para ele e um "B+" para a mamãe Katie Holmes. Assim que ela largar o bonitão maluco – e nós torcemos para que isso não demore a acontecer – o rating dela sobe automaticamente para "A".

segunda-feira, abril 17, 2006

A milhas e milhas e milhas...

Não é preciso ser um especialista um economia ou em finanças de empresas (e eu, modéstia à parte, sou) para chegar à conclusão de que a Varig está morta e esqueceram de enterrar. Por isso, não vamos aqui perder tempo dando notas e avaliando a situação da empresa. Tampouco iremos hastear nosso dedo médio na direção do presidente da República, como fez o... (o que ele faz mesmo?) Gerald Thomas. Ele, sim, leva um rating "D". Não que Lula não mereça esse e outros gestos considerados obscenos pelo conjunto da obra. Mas ao menos no caso da finada companhia aérea o companheiro está certo. O meu, o seu, o nosso dinheirinho deve mais é ser usado em saúde, educação, mensalão (brincadeirinha...).

Enfim, se o gênio Gerald Thomas ou você, caro leitor, desejarem correr os riscos e investir na Varig, boa sorte. Agora, deixe o dinheiro dos meus impostos fora de mais essa roubada, por favor...

domingo, abril 09, 2006

Retrospectiva da semana

- O Carequinha morreu. Não, não me refiro ao Marcos "mensalão" Valério, e sim ao palhaço Carequinha. A analogia entre os dois é, infelizmente, inevitável. E olha que a culpa não é nossa. Quem deu o simpático apelido ao provedor do esquema tucano-petista foi o deputado cassado (e herói da Pátria Nossa) Roberto Jefferson. Rating "A" para o Carequinha, o palhaço (e quem não o é, afinal?)

- Será que em 500 e tantos anos de história não podemos ter, uma só vez que seja, uma primeira dama gostosa? Essa imprensa mal intencionada tinha logo que pegar no pé da Lu Alckmin? Não liga para eles não, dona Lu. Se precisar de um ombro amigo (ou um pouco mais...), pode procurar a redação do S&P! Rating "C-" para ela (ok, e um "A" para o que fica debaixo dos panos de grife...).

- Num intervalo de dois meses, duas crises de cólica renal. Como dizia o filósofo, ninguém merece! Rating "D-" para os meus rins...

terça-feira, abril 04, 2006

Os mais vendidos

A lista de livros de não-ficção mais vendidos desta semana comprova que o tema sexo & política anda na moda. Em primeiro lugar, aparece a última trolha do ex-soberano FHC, “A Arte da Política”, ou coisa que o valha. Logo atrás, encoxando o tucano mor, aparece Bruna Surfistinha, com suas memórias apimentadas.

Não tenho opinião formada sobre as obras, já que não tive o privilégio (há há há...) de ler nenhuma das duas. Porém, se os relatos se baseiam na verdade, e não mais que a verdade, certamente as travessuras da Surfistinha não chegam aos pés das surubas comandadas por FHC nos recantos do Palácio da Alvorada...

P.S.: Bruna Surfistinha ganha um rating "B+" do S&P. Embora não faça o nosso tipo, nada impede que, caso necessário, provemos o doce veneno do escorpião...

P.S. 2: Não me espanta a quantidade de páginas do livro do ex-presidente (700 páginas!) Já que o homem mandou esquecerem tudo o que escreveu, nada mais normal do que tentar recuperar o tempo perdido...

P.S. 3: O título desta nota é um trocadilho, alguém reparou?

Língua queimada

S&P coloca rating de Thomaz Bastos em observação negativa

Este Sexo & Política chegou à conclusão de que não dá mesmo para pôr a mão no fogo por ninguém deste governo. Alguns dias depois de elevarmos o rating do ministro Marcio Thomaz Bostas, eis que o nome do figura aparece no episódio da quebra de sigilo do caseiro e pop star Francenildo. Tudo bem, a revelação é da nem sempre - para não dizer quase nunca - confiável revista Veja (rating "C-"). Porém, dependendo do escarcéu que a oposição aprontar em cima, e da reação do governo, quase sempre estabanada, não será surpresa se o outrora respeitável advogado criminalista passar para o outro lado do banco dos réus. Por isso, Thomaz Bastos entra em observação negativa, ou seja, pode ter sua nota "C+" reduzida a qualquer nova trapalhada.

sexta-feira, março 31, 2006

Currículo

Cá entre nós, você contrataria Francenildo como seu caseiro?

quinta-feira, março 30, 2006

Thomaz Bastos sobe para "C+"

Em meio aos mortos e feridos no canhestro episódio da quebra de sigilo do caseiro Francenildo, o novo herói da Pátria Amada, salvou-se um personagem. O ministro Marcio Thomaz Bostas, que comandou (ou pelo menos lavou as mãos) a investigação da Polícia Federal que levou à derrubada do “chefe” da turma de Ribeirão.

OK, não era uma investigação assim tão complicada. Diria que até o Mário Fofoca chegaria aos culpados. Mas, aqui entre nós, Thomaz Bastos poderia muito bem ter feito parte da tentativa boçal (como quase tudo nesse governo, aliás) de operação abafa.

Por isso, o S&P decidiu elevar o rating do ministro da Justiça (que, até provem o contrário, justificou o nome do cargo que exerce) de "C" para "C+", uma das melhores notas entre os integrantes da trupe do companheiro Lula, o que, convenhamos, não é pouco!

terça-feira, março 28, 2006

Turma da Mônica

S&P rebaixa Palocci de "C" para "D"

Por mais que me esforce, devo reconhecer que é difícil competir com o governo Lula em termos de trapalhadas. O ministro mais importante da República pede demissão depois de se tornar protagonista de um “plano infalível” que poderia muito bem ter sido criado pelo Cebolinha (as coincidências entre Palocci e o personagem de Maurício de Souza vão além das dificuldades fonéticas...)

Eis o raciocínio: quebramos ilegalmente o sigilo bancário do caseiro enxerido e denunciamos depósitos incompatíveis com seus rendimentos pela imprensa. Desta forma, desmoralizamos Francenildo, a oposição e fortalecemos o governo!

Genial! Só não contavam com o fato de que alguém poderia achar estranho uma empresa do governo (a Caixa Econômica) fazer um servicinho sujo para beneficiar justamente o ministro da Fazenda, em última instância o responsável pelo órgão.

Confesso que, a princípio, achei que a imbecilidade tivesse partido de um subalterno do banco, um petista de segundo escalão desesperado em ajudar o “chefe”. Afinal, Palocci tinha os seus defeitos, mas era reconhecido como um político hábil, não se meteria numa furdunça dessas.

Ducha fria à parte, agora como ex-ministro e reconhecidamente envolvido na quebra do sigilo de Francenildo, Antonio Palocci teve o rating rebaixado novamente pelo S&P, de “C” para “D”, o que representa três degraus a menos na nossa escala e uma classificação equivalente a “fucked grade”. Se olhar para baixo, Palocci vê apenas o seu companheiro José Genoino, até o momento o único agraciado pela nota mínima “D-”, a menor possível dentro dos nossos virtuosos critérios (ate que algum caseiro prove o contrário...).

domingo, março 26, 2006

Barba ou bigode?

Fontes deste S&P em Brasília informam que o companheiro Lula mostrou-se preocupado com a queda do rating do ministro Palocci, e já admite a substituição do homem forte (ai, santa!) de seu governo. Os bíceps torneados e a barbinha sexy do "chefe" de Ribeirão podem dar lugar ao bigode másculo do senador Aloisio Mercadante.

É bom que fique claro, antes que alguém pergunte: mesmo que Palocci caia e o líder do governo seja escolhido como substituto, seu rating permanecerá como "C+". Isso porque, para sentar na cadeira da Fazenda, Mercadante terá de abrir mão da disputa pelo governo do Estado de SP. Nesse caso, teremos de agüentar, mais uma vez, o confronto entre Zé Serra e Dona Marta (rating "C-"). Ai que saudades do Maluf... (espera aí, não quero dar uma de taxista, não. Mas é que com ele, pelo menos, a campanha ficava mais divertida!)

sexta-feira, março 24, 2006

Atendendo a pedidos, S&P rebaixa Palocci para “C”

OK, estamos atrasados, é verdade. Mas ainda aguardávamos uma primeira aparição do ministrão antes de publicarmos esse relatório, o que aconteceu há pouco. Havia, entre alguns membros da equipe S&P, a expectativa de que Palocci entraria com um contragolpe arrasador, que dirimisse toda e qualquer dúvida a respeito de sua reputação ilibada como homem público e ainda ajudasse a levantar o moral das tropas lulistas.

Não foi o que aconteceu. Palocci ficou longe de mostrar a convicção de outras ocasiões e nem sequer voltou a alegar inocência. E ainda veio com aquele velho papo de que “os fundamentos da economia estão sólidos”, tipo de declaração comparável à de um jogador de futebol em entrevista logo após uma partida. Pelo conjunto recente da obra, portanto, o (ainda) ministro da Fazenda cai dois degraus no nosso rating, de "B-" para "C".

Com isso, a vaga de coordenador da campanha de reeleição do Companheiro continua aberta. Mandem seus currículos para o Palácio do Planalto...

quinta-feira, março 23, 2006

Candidato pró-mercado

Você acha que nesses dias vêm fazendo um calor acima do normal? Pergunte, então, às crianças da Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Jardim Vila Nova, na zona leste de São Paulo. Elas são as cobaias da mais nova experiência educacional da aclamada administração Zé Serra (rating "C-") na prefeitura da capital paulista.

Depois das escolas de lata, a tucanada resolveu inovar e instalou a citada unidade educacional em cima de um mercado. Não, não falo do mercado financeiro. É mercado mesmo, onde se faz as famosas "compras do mês". E os alunos mais sortudos ainda tiveram o privilégio de se sentar logo acima da padaria do estabelecimento comercial...

Dependendo dos resultados da experiência inovadora, quem sabe o prefeito e futuro governador (sim, ele será candidato, e sim, ele vai ganhar) não se anime em estender a fórmula para todo o Estado?

segunda-feira, março 20, 2006

Colgate

Ao que tudo indica, a adorada revista Veja passou a adotar a estratégia de chocar em suas imagens de capa. Após exibir os hematomas ainda não cicatrizados da esposa do ator Kadu Moliterno, a publicação estampa esta semana o ex-pavão mor da República Fernando Henrique Cardoso (pode esperar, a hora do teu rating vai chegar...).

Não, não foi nenhuma declaração estúpida do ex-excelentíssimo que nos provocou o maior assombro (afinal, agüentamos oito anos de idiotices...), e sim o sorriso aberto na foto da capa. Analistas odontológicos contratados por este S&P detectaram a presença abundante de tártaro, placa bacteriana, gengivite e pelo menos três cáries na arcada dentária do tucanão. Ainda bem que revista não tem cheiro...

Colgate

Ao que tudo indica, a adorada revista Veja passou a adotar a estratégia de chocar em suas imagens de capa. Após exibir os hematomas ainda não cicatrizados da esposa do ator Kadu Moliterno, a publicação estampa esta semana o ex-pavão mor da República Fernando Henrique Cardoso (pode esperar, a hora do teu rating vai chegar...).

Não, não foi nenhuma declaração estúpida do ex-excelentíssimo que nos provocou o maior assombro (afinal, agüentamos oito anos de idiotices...), e sim o sorriso aberto na foto da capa. Analistas odontológicos contratados por este S&P detectaram a presença abundante de tártaro, placa bacteriana, gengivite e pelo menos três cáries na arcada dentária do tucanão. Ainda bem que revista não tem cheiro...

sábado, março 18, 2006

Alarme falso

A caixa postal deste S&P ficou lotada de mensagens de apoio contra o ato de censura, supostamente perpetrado por um software esquisitão que barra conteúdo considerado pornográfico.

Após a abertura de uma sindicância para verificar o ocorrido, constatou-se que o problema é do blogger, o simpático e por vezes ineficiente provedor destas mal traçadas linhas. Tá vendo? É o que dá acusar as pessoas injustamente e sem provas. Se o Palocci quiser pode, inclusive, usar o "Caso S&P"como argumento de defesa. Mesmo porque parece que ele não tem nada melhor para dizer...

P.S.: uma outra sindicância apurou que, na verdade, não houve mensagens de apoio ao S&P coisa nenhuma. Primeiro, porque, em tempos de G-mail, acabou essa história de caixa postal lotada. E segundo, o único leitor corajoso que atacou a arbitrariedade das instuições contra nós o fez via comentário, logo abaixo. Obrigado, companheiro Anônimo!

sexta-feira, março 17, 2006

Censura

É isso mesmo. Este S&P foi censurado e seu próprio autor não pode mais acessá-lo no ambiente de trabalho. Não, não foi armação de petistas nem de tucanos (nesse caso uma boa propina resolveria a questão). O problema é tecnológico. Nas palavras do responsável pelos computadores, há um software na rede da firma que veta o acesso a sites considerados pornográficos e ofensivos, de acordo com certas palavras-chave. Ele só não soube responder se o problema, neste blog, está na palavra “sexo” ou “política”. Na nossa humilde e fantasiosa opinião, deve ser a combinação das duas, uma mistura tão explosiva que poderia ter me rendido, inclusive, demissão por justa causa.

quinta-feira, março 16, 2006

Te cuida, Dan Brown!

Fontes deste S&P relatam com exclusividade que o registro de uma nova prima da literatura acaba de ser protocolado na Biblioteca Nacional. Do autor, sabe-se apenas que é um ex-comunista convertido à seita do neoliberalismo, um jornalista idealista que hoje passa seus dias entre cotações de ativos e o sobe e desce da Bolsa, um verdadeiro promíscuo. Voltaremos a tratar do assunto assim que tivermos novidades...

quarta-feira, março 15, 2006

Fruttare de Chuchu

Enfim, acabou a novela. Não, não me refiro à ótima Alma Gêmea (rating “A”), mas à guerrinha tucana entre Geraldo Alckmin e José Serra. Geraldo deu uma aula de estratégia e trouxe Serra de volta à realidade dos problemas com alagamentos e trânsito da capital paulista.

Este S&P aposta que o picolé dará trabalho ao companheiro Lula, mas o petista (com o perdão do má palavra) ainda é o favorito. Por isso, Alckmin leva rating “B-”, enquanto Serra toma umas lições de humildade (ele não aprende nunca...) e cai para “C-”.

terça-feira, março 14, 2006

Palocci canta "Roots Bloody Roots"

O rating “B-” do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, foi colocado em observação negativa por este S&P. O título da canção do Sepultura ilustra bem o imbróglio pelo qual passa o ministrão. Ao que tudo indica, com a aproximação das eleições acabou a blindagem que a imprensa e os adversários proporcionaram ao dono do cofre do governo Lula.

Palocci poderia muito bem fazer parte do elenco do filme “Eu sei o que vocês fizeram no verão passado”. É um cara conhecido pela seriedade, que segurou o rojão da economia, concorde-se ou não com seus (ou tucanos?) métodos. Só faltou combinar com a turminha de Ribeirão Preto. As raízes do ministro sangram em praça pública, e suas explicações, no início firmes e convincentes, começam a apodrecer com o surgimento de testemunhas, reuniões na calada da noite, relatos sobre malas de dinheiro...

E por que então não rebaixá-lo logo para uma categoria “fucked grade”? O que vocês querem? Agência de rating é devagar mesmo. Palocci já passou por situações difíceis e soube se recuperar. Escapou ileso da artilharia do fogo amigo petista em várias ocasiões e também reverteu o jogo quando o mar de lama ameaçou tragá-lo da primeira vez.

Enquanto isso, Lula prepara um novo vocalista para sua banda caso Palocci perca mesmo a cabeça. Trata-se do secretário do ministro, Murilo Portugal. Apesar da conhecida técnica, o provavel sucessor possui um grave defeito: a falta de carisma, fundamental tanto para um vocalista de banda de rock como para um ministro.

segunda-feira, março 13, 2006

S&P rebaixa Veja para “C-”

Foi durante meu usual e inocente passeio pelo bairro na manhã de sábado. Mais precisamente na também tradicional parada na banca de jornais. No lugar reservado às revistas semanais, uma capa destoava das outras. Mostrava a figura de uma mulher cheia de hematomas, mais parecida com uma heroína de novela mexicana. Era a esposa do ator Kadu Moliterno, o Juba (ou o Lula?) da Armação Ilimitada, que acusa o marido de tê-la espancado por causa de uma discussão de trânsito. Caras? Contigo? Querida? Fofinha? Não, caro leitor. Tratava-se da publicação dita mais respeitável do País, a revista que se gaba por ter colocado, na capa da primeira edição, em plena ditadura militar, o símbolo comunista da foice e o martelo.

A reportagem da capa da Veja trata da violência contra a mulher. Sim, um tema sempre pertinente. Um absurdo desses é indigno de qualquer classificação e o agressor, covarde, desperta meus “instintos mais primitivos”, como diria o grande filósofo Roberto Jefferson.

A “questã”, no entanto, não é essa. Espera-se que uma revista como a Veja, ao contrário das citadas acima, faça uma cobertura mais racional do tema. Por exemplo, ouvindo a outra parte na história. Mas não há, no texto, uma aspa sequer atribuída ao ator, prática, aliás, recorrente da publicação. A reportagem não diz também que a personagem de capa tem um “projeto” de um programa de TV.

Por tudo isso e mais um pouco, este S&P decidiu rebaixar o rating da Veja para “C-”. O do Kadu Moliterno despenca para “D” - vamos lhe dar um crédito mínimo enquanto não se defende, pelos bons serviços prestados nos anos 80 - , enquanto o da esposa maltratada fica em observação. Pela coragem em denunciar o marido leva “A”, mas se utilizar o fato como promoção pessoal cai para “C”.

quinta-feira, março 09, 2006

Farinha do mesmo duto

O ex-líder do governo Lula Professor Luizinho e o ex-ministro do reinado FHC Roberto Brant escaparam da cassação. O primeiro é acusado de receber R$ 20 mil do valeriodirceululoduto, e o outro, de levar pouco mais de R$ 100 mil do valeriofhcduto. Como se vê, os dutos são diferentes, mas a origem é a mesma.

A ver agora o destino do ex-presidente da Cadeia, quer dizer, Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha, que mandou a mulher sacar R$ 50 mil da conta do carequinha para pagar uma conta de TV a cabo e fazer umas comprinhas no shopping. Também quero um crédito pré-aprovado desses!

terça-feira, março 07, 2006

Penas para todo lado

Antes que alguém venha reclamar, o S&P informa: a omissão é proposital. Enquanto a briga de galos, digo, dos tucanos José Serra e Geraldo Alckmin pela vaga para a disputa da Presidência não tiver um vencedor, não emitiremos rating a nenhum dos dois.

E de que lado estamos? Veja bem, o PSDB faria um grande favor se não lançasse nenhum candidato, ainda mais depois dos dois reinados de FHC (espere, a sua hora vai chegar...), que dispensam comentários. Mas como nós sabemos que isso não acontecerá, no momento ficamos com o Aécio Neves. O galinha, digo, tucano governador de Minas merece uma nota “B” só pelas bicadas que andou distribuindo na deusa Ana Paula Arosio. Ela, por sua vez, fica com um “A-”. Por quê? Oras, e por que o Aécio e não eu?

segunda-feira, março 06, 2006

Katilce, cadê você?

A maior celebridade de todos os tempos da última semana despenca para o rating “D+” na classificação do S&P. A jovem Katilce virou sensação no Orkut, foi tema de reportagens em todos os jornais, inspirou mamães a adotar seu belo e exótico nome nos futuros rebentos, foi... quem foi ela mesmo? A culpa não é sua, Katilce, brasileiro é que tem memória curta, que o diga o companheiro Lula.

A garota que deu um selinho no vocalista do U2 experimentou – por pouco tempo, é verdade – uma nota que lhe renderia o grau de investimento, algo como “A-”. Porém, logo após o segundo show da banda irlandesa, quando duas novas beldades foram alçadas a famosas por intermédio do messias Bono (que leva um rating "B", por querer dar uma de político) , a cotação da primeira musa foi caindo vertiginosamente, até atingir a atual classificação, equivalente a um “fucked grade”.

Pelo andar da carruagem – e da turnê do U2 –, à ex-famosa resta apenas uma opção para salvar seu rating: posar nua em alguma revista masculina. Mas não sem antes passar por “reformas estruturais”. Na falta de um cirurgião, um photoshop pode vir a calhar...

domingo, março 05, 2006

Mas nem tudo são flores... Ratinho cai

A batalha para Lula pode estar vencida, mas a guerra... Por isso acrescentamos ao rating "B-" uma "observação negativa". Explicamos: isso significa que o chefinho pode ter a classificação alterada a qualquer momento (no caso, para baixo), ao sabor dos acontecimentos. A ver, por exemplo, a repercussão da capa da Veja desta semana. Desde já, e sem saber se as novas denúncias são verdadeiras ou não, rebaixamos o rating do Ratinho de "D+" para "D".

Lula ressurge das cinzas e leva "B-"

Chegou, enfim, o momento que todos esperavam. Afinal, que nota leva o "patrão de todos", o presidente de Vera Cruz? Se este S&P tivesse surgido alguns meses atrás, mais precisamente por volta de setembro do ano passado, ou para ser ainda mais exato, no dia do depoimento do publicitário e gênio Duda Mendonça (rating "D") à CPI, nosso querido sapinho barbudo estaria perto das últimas, com um rating lá pelo "C-".

Mas quem disse que o homem ia largar o osso assim tão fácil? Lula caiu nos braços do povo outra vez e voltou a ser o favorito para se reeleger síndico da Massa Falida. Isso se for mesmo candidato, já que, como todos sabem, ele "ainda não se decidiu". Só pela piada, o presidente já mereceria uma elevação para "C+", mas os ventos favoráveis da economia este ano eleitoral (coincidência, não?) nos levaram a ser um pouco mais condescendentes e dar uma nota "B-", o que o coloca na adequada categoria "Embromation Grade".

sexta-feira, março 03, 2006

E o primeiro rating “A+” do S&P vai para...

Feitas as considerações iniciais, ficou fácil, para não dizer óbvio, o perfil dos merecedores da nota máxima, a “A+”, do S&P. A escolha do primeiro nome a conquistar tal honraria, no entanto, consumiu horas e horas das planilhas e modelos matemáticos dos nossos analistas. Pensa que é fácil produzir estudos tão complexos?

Oquei, oquei, chega de enrolação. O primeiro rating A+ vai para a atriz – e colírio para os olhos – Scarlett Johansson. “E por que essa vagabunda e não eu?”, perguntou minha mulher, com razão. Primeiro, querida, porque só personalidades públicas ganharão rating. Depois, porque você está acima de qualquer escala de valores...

Feito o mea culpa, é preciso dizer que a loira, além dos fartos atributos físicos, conseguiu emplacar ótimos papéis. O último, no filme mais recente do Woody Allen, Ponto Final, que, na nossa concepção, lhe rendeu a elevação do rating "A" para o "A+".

Mas a pequena está longe de ser uma unanimidade. Há quem diga por aí que ela tem cara de empregada doméstica. Parece mais uma piada de português. E é mesmo! Do colunista João Pereira Coutinho, que escreve para a Folha de S. Paulo. É isso aí, quem pode, pode. Cada um tem a empregada que merece. Só digo uma coisa: com uma Scarlett Johansson em casa este que vos escreve não precisaria ir ao cinema...

Investment Grade

Antes dar nossas notas aos figurões da auto-intitulada República, é importante ressaltar que nenhum político terá a tão sonhada Investment Grade. “E o que diabos é Investment Grade?”, perguntaria a minha mãe. No jargão estudantil, é aquela nota a partir da qual “dá para passar” (conheço muita gente que dá para passar, mas não é disso que eu falo).

Para os economistas, se trata da condição mínima de risco que traduz que um País, uma empresa, ou eu ou você temos condições de pagar o que devemos. Ter uma classificação abaixo de Investment Grade não significa que você é um caloteiro, em todo caso é melhor ficar com um olho no peixe e outro no gato. Já deu para entender por que nenhum político tem Investment Grade?

Pra entender

Nossa escala de notas vai de “A+” a “D-”, sendo “A+” a avaliação considerada mais alta, e “D-” o equivalente a “caso perdido”. Para citar um exemplo, até para não perdemos mais tempo com ele, atualmente carrega o rating “D-” o ex-presidente do PT, José Genoino, aquele que assinou o que não leu (quem nunca o fez que atire a primeira pedra, mas deixa pra lá), e viu o assessor do irmão ser flagrado no aeroporto com uma cacetada, com o perdão do trocadilho, de dólares amarfanhados na cueca. Tá com pena? Leva ele pra casa!

Pra começar

No momento não há muito a dizer, é verdade. O compromisso inicial é dedicar 15 minutos do nosso concorrido dia à atualização deste espaço. O S&P tratará, certamente, dos assuntos que dão origem a seu nome, mas não se restringirá a eles.

O título, para quem não percebeu, faz uma alusão à famosa(?) agência de classificação de risco de crédito Standard & Poor's, que recentemente elevou a nota do Brasilzão. Apesar de não recebermos nada por isso, nós também adotaremos o procedimento de ratings, seja do que for. Nos comprometemos a adotar os critérios tão nebulosos para a classificação como os da nossa chará de sigla.

Por isso, não espere deste espaço isenção, razão ou qualquer outro adjetivo falsamente atribuído à imprensa, em geral. A ordem é ser devasso, obsceno, imprevisível - assim como na política, quer dizer, no sexo.