sexta-feira, setembro 08, 2006

Adeus, Lula

Sentado confortavelmente na velha poltrona de couro curtido da sala de estar, quase morri engasgado com um amendoim japonês ao receber o ultimato: ou o horário político ou eu. Céus, o que há de errado com você, perguntou minha mulher. Aceitaria ser trocada pelo futebol, pelo pay per view erótico da TV a cabo, mas aquela promiscuidade diária a qual me submetia, muitas vezes na presença dela, era demais.

Não adiantou dizer que precisava me atualizar das propostas dos candidatos para o futuro do País. Seria como dizer que eu colecionava a Playboy por causa das entrevistas. O que eu desejava era baixaria, e ela sabia.

A situação era clara: ela se interpôs entre a televisão e eu e só sairia quando desligasse o aparelho. Cheguei a hesitar, mas não tive escolha. Apenas depois que minha esposa cruzou a porta carregada de malas me bateu um certo arrependimento. O jeito agora era torcer por um segundo turno...

Um comentário:

Anônimo disse...

você é um louco mesmo...