segunda-feira, outubro 29, 2007

Cidade dos Tiras

Na última sexta-feira, deixei de ser um dos três ou quatro terráqueos que ainda não assistiram ao filme Tropa de Elite. Relutei muito em escrever algo sobre o assunto, já que nada do que disser será novidade para você, antenado leitor deste S&P. Porém, pensei que alguém talvez quisesse saber minha opinião sobre a polêmica película. Então lá vai a nota. Logo abaixo detalho os por quês:

Classificação S&P: “A-”



Duro de roer
Uma avaliação simplista diria que Tropa de Elite é uma espécie de Cidade de Deus na versão dos tiras. Uma análise detalhada confirma essa impressão. O que não chega a ser um demérito, já que o trabalho de Fernando Meirelles foi a melhor coisa que o nosso cinema produziu em muito tempo.

Como toda produção hollywoodiana, o filme é um primor em termos técnicos, da trilha sonora nervosa do Tijuana na abertura às cenas ultrarealistas de incursão nas favelas. Porém, não há muita história além das agruras do Capitão Nascimento (em negrito, por respeito...) em busca de um substituto.

"Tu é moleque!"
Mas quem quer saber de enredo quando você tem nas mãos alguns dos melhores bordões e cenas de ação do cinema nacional em todos os tempos? A discussão sobre o fato de o filme pôr nas costas dos usuários a responsabilidade pelo problema do tráfico de drogas é o de menos. Tropa de Elite é diversão pura, e o lugar para esse tipo de blá blá blá não é no cinema, ainda mais em uma produção desse naipe. Ou você já viu alguém discutir terrorismo nos EUA em cima de um episódio de 24 horas?

Oscar
Com seus defeitos e virtudes, Tropa de Elite era nossa única chance real de conquistar o tão sonhado prêmio da academia norte-americana de cinema. Mas em vez de indicar o filme de José Padilha, fizeram o grande favor de colocar na disputa o insosso O Ano em que meus pais saíram de férias. Tá certo, o filme é bonitinho e bem feito, mas foi, no mínimo, superestimado.

Elenco feminino
Enquanto todos ficam exaltando a atuação do Wagner Moura, este S&P estava mais preocupado em conferir os dotes do elenco feminino, encabeçado por Fernanda Machado. Infelizmente, pouco mais do que seu belo rosto aparece na película. De um modo geral, o pequeno batalhão de atrizes, que conta ainda com Maria Ribeiro e Fernanda de Freitas, está de parabéns, embora pudesse ser melhor “explorado” pelo diretor...

5 comentários:

Anônimo disse...

Tinha que rolar o comentário machista no final! ;)

Simone Iwasso disse...

vou concordar com o comentário acima, heheheh

brincadeira ;-)

Anônimo disse...

É verdade! Faltou mostrar um pouco mais os atributos das atrizes, pra confirrmar a fama do cinema brasileiro!!!

Anônimo disse...

Realmente, o filme é ótimo.
Além de divertido, aborda todos os temas (violência, corrupção, tráfico, etc.) com propriedade.
Concordo com o dileto amigo, faltou explorar um pouco mais o belo elenco feminino. :)

Discoteca Completa disse...

Eu não podia resistir! Já repararam no nome deste blog?