quarta-feira, outubro 17, 2007

Autran

Quando cheguei à redação sabia que não seria mais um sábado abafado e morno de plantão jornalístico. No dia anterior, morria o ator Paulo Autran, aos 85 anos. O corpo era velado na Assembléia Legislativa de SP e fui mandado imediatamente para lá.

De repente, lá estava eu urubuzando artistas e personalidades em busca de alguma frase de efeito que definisse o morto, que nos observava calmamente do caixão a poucos metros. Acompanhei o final da cerimônia e segui o cortejo até a Vila Alpina, do outro lado da cidade, onde o corpo foi cremado. Ao final, acho que fiz um trabalho razoável, embora medíocre, de todo modo.

Assim como o resto da torcida do São Paulo (a do Corinthians não freqüenta teatro), sou um grande admirador do trabalho de Autran, apesar de ter assistido a apenas uma peça (Visitando o Senhor Green), naquele esquema “preciso ver o velho em cartaz antes que seja tarde”.

Não vou ficar aqui me derramando em elogios que já foram proferidos com muito mais propriedade pelos amigos e colegas de profissão do mestre. Para mim, a grande lição deixada por Paulo Autran foi mostrar que é possível fazer o que se gosta, em qualquer tempo e sob todas as adversidades.

E, definitivamente, cobrir velórios não está entre minhas preferências.

Classificação S&P:
Paulo Autran: “A”

4 comentários:

Anônimo disse...

O texto ficou muito bom! Não entendi a reclamação

Anônimo disse...

Tb gostei da sua reportagem. Eu vi várias peças do Paulo Autran, mas tb pensava o mesmo q vc: preciso ver o velhinho antes que... agora já era

Anônimo disse...

EU lembro do Paulo Autran em Sassaricando. Muito engraçado!!!

Discoteca Completa disse...

Acho q eu queria mesmo um confete, além de uma desculpa pra alguém ler minha matéria, que saiu num sábado após um feriado...