quarta-feira, julho 11, 2007

Caquinha

Gripado e rouco desde sábado, fui à locadora e decidi pegar o último filme do Cacá Diegues. Preparado para o pior, foi difícil engolir o fato de que o diretor fez um ótimo trabalho em O Maior Amor do Mundo. Afinal, ele é o responsável por bizarrices como Tieta e Orfeu.

O filme se vale principalmente da boa atuação do José Wilker, que encarnou com perfeição o papel do astrofísico exilado nos EUA e que volta à Terrinha para receber uma homenagem. Mesmo se você, assim como eu, estiver farto dessas histórias sobre ditadura e violência em favelas, vale a pena conferir como o diretor conseguiu tratar dos assuntos de um jeito diferente, sutil até.

O tom introspectivo é por vezes quebrado e nessas horas o filme quase derrapa. Por outro lado, a trilha sonora, comandada pela música de Chico Buarque, mantém o bom padrão dos filmes do Cacá. O saldo final é positivo, milhas à frente da atual produção do cinema nacional, apesar de estar longe de ser uma obra prima, como muitos críticos forçam a barra para parecer. O Maior Amor do Mundo ganhou o prêmio no festival de Toronto, do qual ninguém nunca tinha ouvido falar até então, mas passou a ser tratado como se fosse uma Palma de Ouro.

Classificação S&P:
O Maior Amor do Mundo: merece um "A-"
Cacá Diegues: sobe de "D+" para "C+"

2 comentários:

Anônimo disse...

Comigo e Tildinha de férias, esse blog não é mais o mesmo...

Discoteca Completa disse...

Sem vcs pra fazer intriga, o negócio deu uma esfriada, né?