Dois perdidos numa noite casta
Acabo de ler A Fascinação pelo Pior, um presente da minha querida editora quando de minha visita por terras cariocas. Devo reconhecer que o meu colega francês foi muito mais bem sucedido do que este humilde e subdesenvolvido escriba, ao menos no quesito vendas em seu país de origem.
Enquanto O Roteirista fica escondido nas prateleiras de São Paulo e arredores, o livro de Florian Zeller virou best seller nas livrarias de Paris. Se bem que até Paulo Coelho vende bem por lá, diria um observador invejoso, o que NÃO é o meu caso.
Com relação à história, que é o que importa, o autor não se sai mal ao contar a história de dois escritores convidados para participar de um encontro literário no Egito. Uma espécie de Flip nas pirâmides.
Mas é claro que nossos heróis estão muito mais interessados em conhecer os encantos das egípcias do que falar sobre literatura, inspirados em histórias das afrodisíacas Mil e Uma Noites e nos relatos de Flaubert. Só não contavam com as restrições impostas pela religião islâmica.
Enquanto explora as desventuras dos escritores pelo submundo do Cairo e pisa no calo dos tabus religiosos, o livro caminha muito bem, mas da metade em diante a coisa começa a desandar, para retomar um pouco do fôlego no final metido a metalingüístico. De qualquer modo, vale a pena conferir.
Classificação S&P:
A Fascinação pelo Pior: "A-"
Um comentário:
hihihi
acho q vc ficou com um pouco de ciume sim!!!
Postar um comentário