quarta-feira, dezembro 01, 2010

Deixe estar

"Eu podia estar matando, eu podia estar roubando, mas estou aqui, escrevendo este blog." Bem, se pararmos pra pensar na freqüência com que atualizo isto aqui recentemente da ate pra pensar em bobagem. O fato e que, ao deixar o blog de lado e perceber que o mundo continuou a girar sem sofrer nem um abalo sequer, percebi que talvez "estar matando" ou roubando faca mais sentido do que manter um blog. O Carnaval fora de época no Rio que o diga...

Pois bem, me despeco aqui para também correr atrás do trio elétrico. Adios, amigos!

quarta-feira, setembro 29, 2010

Caminhando e votando

Pra não dizer que não falamos das flores, e para tirar a poeira deste blog desativado, preparamos um pequeno perfil dos principais candidatos à Presidência, para auxiliar na sua escolha no dia 3 de outubro:

13 – Dilma Rousseff, o Dilmão (PT)

  • Ponto forte: Ser fantoche, quer dizer, candidata do Companheiro Deus, quer dizer, Lula.
  • Ponto fraco: Ninguém sabe o que fará quando as cordinhas da marionete forem cortadas.
  • Vote nela se você… negocia contratos sem licitação com algum parente na Casa Civil ou é beneficiário de Bolsa Família ou Mensalão.
  • Não vote nela se você… não quer que o governo saiba tudo sobre sua vida, inclusive se visitou sites subversivos como esse.

45 – José Serra, o Vampiro (PSDB)

  • Ponto forte: É o candidato a mídia golpista, da qual, orgulhosamente, faço parte.
  • Ponto fraco: Ter o ex-presidente e gênio da raça FHC como principal cabo eleitoral.
  • Vote nele se você… é um reacionário que se cansou desse negócio de pobre ficar metido a besta, comprando casa com crédito subsidiado pelos seus impostos!
  • Não vote nele se você… é um saudoso do Muro de Berlim que ainda espera a estatização da revista Veja.

43 – Marina Silva, o Galho Seco (PV)

  • Ponto Forte: Combina o melhor dos discursos tucano e petista, e ainda com sustentabilidade!
  • Ponto Fraco: Olha pra ela! Basta um aperto de mão do Chávez para ela desmontar.
  • Vote nela se você… gosta de abraçar árvores e só faz xixi no chuveiro, como manda o Greenpeace.
  • Não vote nela se você… não acredita em duendes e sonha com um parque temático em plena Amazônia, pertinho da Usina de Belo Monte!

terça-feira, abril 06, 2010

Onça

Comentário de um amigo meio lesado ao lhe revelar que seria pai novamente:

“Parabéns, agora só falta uma amante para a família ficar completa!”

quinta-feira, abril 01, 2010

Blogs possíveis

É provável que os leitores deste S&P já tenham percebido que o blog não anda assim lá muito atualizado recentemente. Alegar que tenho coisas muito mais importantes a fazer seria desnecessário, até porque não explica por completo a razão do abandono. Na verdade, estou com ideias para começar outros blogs, tão criativas quanto estapafúrdias…

Vinho para amadores – Eu não entendo nada de vinhos. Aliás, sempre desconfio daquele colega mané dos tempos de escola que reaparece anos mais tarde como “enólogo”. Eu gosto de beber, e só, por isso a ideia é simples: fazer uma crítica “real” dos vinhos, sem essas frescuras de aroma de flores e blá blá blá…

Tricolor Isento – O desejo de quase todos os caras que cursam jornalismo é escrever sobre esportes. A maioria (incluindo este escriba) logo desiste ao se dar conta da rotina cigana e do trabalho quase todos os finais de semana. O plano aqui é comentar de forma isenta (ha ha ha) os jogos do São Paulo Futebol Clube. E assunto não falta ultimamente com esse time…

Petista x Tucano – Um blog com múltiplas personalidades: a de um petista doente contra a de um tucano fanático, para aproveitar o gancho das eleições. Uma espécie de Paulo Henrique Amorim x Reinaldo Azevedo.

BBB sem BBB – E se existisse um blog sobre o Big Brother Brasil que só existisse quando o programa não estivesse mais em exibição? A ideia seria fazer um exercício de ficção sobre como seria se a casa continuasse cheia de gente durante o ano inteiro.

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Crepúsculo

O ninho dos tucanos deve estar em polvorosa com a divulgação da pesquisa CNT/Sensus, que mostrou a ministra Dilmão Rousseff fungando no cangote do Zé Serra. No desespero, eles argumentam que, sem o Ciro Gomes na disputa, ainda venceriam no primeiro turno. O problema nesse raciocínio é que a Dilma cresceu justamente em cima da queda do Ciro na pesquisa. Ou seja, os votos perdidos do pré-candidato do PSB foram transferidos para a petista, e não para o tucano-vampiro.

Quem sou eu para dar conselhos aos gênios da raça do PSDB, mas no lugar deles eu logo arrumaria umas participações especiais do Serra no programa da Luciana Gimenez e/ou afins. Ganhar eleição apenas com o apoio da classe média leitora de Veja, definitivamente, não dá.

segunda-feira, janeiro 25, 2010

Errare humanum est

o-seminarista Nem mesmo a mudança de editora parece ter dado gás ao Rubem Fonseca. O grande autor, que já escreve no piloto-automático há muito tempo, voltou com a mesma receita de violência e trama policial de segunda no romance O Seminarista. Nada convence na história do matador de aluguel que passou a juventude pelo seminário e, entre uma vítima e outra, arrisca umas citações em latim. O livro até parece mais um desses escritos por imitadores do escritor. Tanto que, antes de dar a minha classificação, fiz questão de reler os clássicos do velho Rubem, como os contos de Lucia McCartney, Feliz Ano Novo e O Matador e romances como Agosto e A Grande Arte, e por isso resolvi ser condescendente...

Classificação S&P:
Rubem Fonseca: continua com "A" pelo conjunto da obra
O Seminarista: "C"

terça-feira, janeiro 19, 2010

Momento twitter

Como eu não tenho twitter, e para não ficar fora de moda, segue aqui mesmo um pouco de minha vida e obra nos últimos tempos em 140 caracteres:

  • Já assistiram ao desenho Carros? André e eu já assistimos 32 vezes (na última semana). Podem me cobrar as falas que eu sei de cor…
  • Acabo de sintonizar num programa da MTV, mas que mais parece da TV Bloomberg, com a tela rodeada de informações que ninguém consegue ler…
  • Meu pai bem que me advertiu da chatice da profissão de contador. Mas de nada adiantou, já que hoje faço matérias sobre balanços de empresas…
  • “Chuva, chuva, que não para de chover...” Trecho de canção da minha banda de adolescência (Os Imigrantes), que agora embala o André…
  • Meu novo romance já se aproxima das 100 páginas (de word, fonte 12), e não dá nem mostras de que esteja próximo do fim…
  • Absurda essa repercussão toda da tragédia do Haiti (essa foi só pra ver se a polêmica atrai gente pra me seguir...)
  • A oposição ganhou no Chile apesar de a presidente Bachelet contar com mais de 80% de aprovação. Isso não te diz nada, Companheiro Lula?
  • Minha mulher deu o ultimato: o blog ou eu! Acho que vou mesmo ter de abrir uma conta no twitter…

terça-feira, janeiro 12, 2010

Titanic

Se levarmos em conta que, a essa altura, o mundo inteiro já assistiu ao Avatar, não preciso ter nenhum pudor em escrever qualquer coisa que, eventualmente, venha a revelar algo sobre o filme. Até porque não há muito a revelar. Sejamos honestos, quem vai ao cinema com certeza sai satisfeito com os efeitos e o visual proporcionado pelo filme de James Cameron, mas a história... que história mesmo? No meio de uma trama tão rasa, o filme podia ter ao menos um coadjuvante cômico, para ficarmos na linha Hollywood.

Pensei na figura de um jornalista, que fosse enviado por um canal de TV do futuro para acompanhar a exploração do planeta. Seria um cara bem fdp (como todo jornalista), que quisesse ver o circo pegar fogo para poder emplacar suas reportagens em horário nobre. Ou seja, ele procura o tempo todo botar pilha nos milicos e nos cientistas.

No final, esse cara acabaria se dando bem por denunciar, meio sem querer, a destruição promovida pelos militares contratados pela mineradora. Assim, com a "pressão da mídia internacional e interplanetária", a empresa seria obrigada a desistir dos planos de destruir o santuário dos smurfs, digo, dos navi.

P.S.: Alguém reparou na música que rola durante os créditos? Ninguém merece mais uma Celine Dion...

Classificação S&P:
Avatar: "B"
Avatar (versão S&P): "B+"
James Cameron:
esse sabe fazer dinheiro... "A-"

quinta-feira, janeiro 07, 2010

Filho único

Pode ser inocência da minha parte – quem sabe o clima de Ano Novo – mas eu não vejo o filme do Lula como uma forma mal disfarçada de propaganda para as eleições deste ano. Primeiro, porque a história do companheiro, gostem ou não, de fato reúne todos os elementos dramáticos para um filme, portanto, pode existir um interesse artístico legítimo. Segundo, porque se fosse a intenção do governo fazer propaganda, chamaria um diretor de verdade, e não o tosco do Fabio Barreto. Dependendo do resultado, pode até ser que o tiro saia pela culatra e acabe beneficiando o Serra, que, aliás, vem se valendo muito mais de propaganda recentemente…

Bem, eu não assisti o filme nem me darei ao trabalho de ir ao cinema (no trailer abaixo, aparece basicamente tudo). Aguardarei a exibição na TV, que se acontecer antes de outubro deste ano aí sim vai me cheirar mal…

quarta-feira, dezembro 30, 2009

Livrarias selvagens

Acreditem se quiser, mas o diálogo aconteceu em uma das maiores livrarias de Santos (não foi a Realejo, claro):

- Olá, eu não encontrei o novo livro do Bolaño, vocês têm?

- QUÊ??? QUEM???

- Chama-se Estrela Distante, acho que foi lançado no mês passado.

- Então, está na prateleira dos lançamentos.

- Eu já vi lá, não está.

- De quem é mesmo o livro?

- Roberto Bolaño. Não conhece? É um dos autores mais badalados do momento e…

- Ah, claro que conheço, é aquele cara do Sul, né?

- Só se for do Sul do Chile.

- Bem, hum, deixe-me ver… [dirige-se ao computador da loja] Como é mesmo o nome dele? B-O-L-A-????

- Deve estar cadastrado com ene: N-O

- Oh, sim, nós temos… deve estar na prateleira de literatura internacional.

- Já fui lá e não vi nada do Bolaño.

- Deixe-me ver… [teimoso, o cara vai até a prateleira e não acha nada]

- Afinal, vocês têm ou não?

- Temos sim, deve estar na seção nacional, deixe-me ver…

[Dez minutos e várias prateleiras depois…]

- Aqui, estava no estoque para devolução. Não vendeu nenhum.

- Desse jeito não vai vender mesmo – respondi, sem paciência, antes de me dirigir ao caixa para a troca do meu presente de Natal.

quinta-feira, dezembro 17, 2009

Fundo de quintal

the-backyardigans Não, não se trata de mais um post sobre pagode. O quintal, no caso, é dos Backyardigans, o desenho favorito do André, pelo menos das duas últimas semanas. Para quem não conhece (eu não conhecia até pouco tempo atrás), os Backyardigans são um grupo de cinco amigos que dividem o quintal nos fundos de casa e criam histórias para se divertir.

O desenho, feito no computador, é tosco e artificial, e as músicas possuem dublagens horríveis. Mas com o tempo você acaba se acostumando – ou sendo obrigado a se acostumar, como no meu caso. Mas vamos aos personagens:

Pablo: Pinguim azul metido a líder do grupo. É o favorito do André e da maioria dos meninos porque é o que mais aparece no desenho, mas na verdade trata-se de um mala, inseguro e que ainda por cima canta muito mal (ao menos na dublagem em português). Classificação: “C”

Uniqua: Uma espécie de formiga e a personagem preferida das meninas. Também quer pagar uma líder e está na cara que deseja dar uma rasteira no Pablo a qualquer momento. Por isso mesmo, se sai melhor quando “interpreta” personagens malvados. Classificação: “B”

Tyrone: Um alce boboca que aceita passivamente o papel de coadjuvante, contentando-se com um ou outro momento de brilho. Aparece em quase todos os episódios, mas não faz falta em quase nenhum deles. Classificação: “C-”

Austin: Um canguru? Sei lá que bicho é, mas é um dos que aparece menos no desenho e está sempre meio de lado. Está na cara que os amigos alimentam algum tipo de preconceito (sexual?) contra ele. Classificação: “B-”

Tasha: Melhor de todas, a hipopótama gordinha seria a líder natural do grupo, mas ela não tem nenhuma paciência com a imaturidade dos amigos. Certamente por isso é a personagem com quem mais me identifico. Classificação: “A-”

sexta-feira, dezembro 11, 2009

Plim plim

Chegou o momento merchandising do ano. Desculpem, mas esse cara me paga uma fortuna para anunciar aqui…

“No divertido romance de estréia do jornalista Vinícius Pinheiro, O roteirista – uma fábula vulgar, o leitor é apresentado a Alberto Franco, que, sem muito talento para qualquer posto dentro de uma produção cinematográfica, só vê uma alternativa para não largar a faculdade e se tornar para sempre um balconista de farmácia: transformar-se no melhor roteirista da história do cinema. O problema é que sua fama se espalha antes que ele tenha escrito sequer uma linha do Roteiro, como passa a ser chamado, de maneira quase messiânica. Paralelamente à encrenca em que se meteu, Franco vai levando uma vidinha sem graça e perspectivas, até que conhece Camila, que, num turbilhão, muda sua vida de forma surpreendente.”

Comparem o preço aqui

quinta-feira, dezembro 03, 2009

Só Pra Contrariar

Hoje eu vou falar de pagode. Tudo bem, pode voltar para o site de pornografia onde você estava antes de cair aqui por engano.

Pronto, vamos lá. Em primeiro lugar, deixemos bem claro que eu odeio pagode, não só pelo não gostar em si como pelo fato de o auge da onda ter se dado justamente durante a minha adolescência. Imaginem um garoto grunge revoltado e ilhado em meio a um mar de mela-cuecas! E pensar que o primeiro grande sucesso do pagode dos anos 90 foi uma versão de Será, da Legião Urbana…

Pois bem, mas apesar de odiar o ritmo, as músicas, as letras e o visual – sem falar naquelas coreografias horrendas – eu adorava os nomes dos grupos. Como? Isso mesmo. Os nomes dos grupos de pagode eram – e continuam sendo – muito melhores que os de bandas de rock, pelo menos as nacionais.

A cada novo grupo que estourava – para cair no esquecimento no dia seguinte – eu imaginava: como eles conseguiram pensar num nome tão bom? Praticamente todos os trocadilhos com a palavra samba foram usados: Gerasamba, Exaltasamba, Sambabaca (o melhor, do Casseta e Planeta)…

Havia também aqueles que lembravam a malandragem típica do samba: Molejo, Sem Compromisso, Só Pra Contrariar (o SPC, sigla perfeita)…

Mesmo os nomes mais ridículos, como Karametade – o pior entre os piores também no quesito musical e que ainda por cima era de Santos – me pareciam adequados para o som que se fazia na época.

sábado, novembro 28, 2009

Exagerado

Na época da faculdade, nos saudosos tempos em que fazia parte do grupinho de amigos da esquerda festiva, um dos alvos preferidos de nossa ira era a TV Globo, representante máxima do imperialismo e a serviço dos governos de plantão, ao lado de todos os vendidos da grande mídia. Em minha inocência, era quase proibido gostar de qualquer coisa produzida pelo canal dos Marinho.

Passada a fase do xiitismo político, posso ligar a televisão sem nenhuma culpa católica na sexta-feira à noite e assistir ao especial que a emissora preparou em homenagem ao Cazuza. Um programa belíssimo e muito bem feito, com direito a imagens e áudios inéditos e sem medo de tocar em feridas, ao contrário do filme babaca que faturou milhões há alguns anos, mas omitiu a relação do cantor com Ney Matogrosso.

Vamos lá, leitor do S&P, deixe o preconceito de lado, assista ao vídeo abaixo e depois saia para comer um big mac com cola cola! Lembre-se da máxima do velho Cazuza: o tempo não para (e agora sem acento…)

quinta-feira, novembro 26, 2009

1460 dias com ela

Ótima trilha sonora, diálogos espertinhos, narrativa não-linear, muitas citações à cultura pop e o principal: uma história romântica. 500 Dias com Ela tem todos os ingredientes para se tornar o filme cult da temporada. Mas todos eles ficam em segundo plano diante de Zooey Deschanel, a atriz que faz o papel da garota (Summer, de onde vem o título em no original 500 Days Of Summer) que despedaça o coração do protagonista. Porque simplesmente não há como prestar atenção na história quando Zooey entra em cena.

O encanto de Zooey, no entanto, dura apenas as duas horas do filme. Porque quando a sessão acaba, volto a atuar em minha própria comédia romântica, que já virou casamento e completa hoje a quarta primavera.

Classificação S&P:
500 Dias com Ela: “A-”
Zooey Deschanel: “A+”

quinta-feira, novembro 19, 2009

Carta aberta

Caro Paulistano,

Tu não me conheces, sou apenas mais um forasteiro que há alguns anos veio aventurar-se na dura poesia concreta de tuas esquinas. Nesta sexta-feira, como deves bem saber, é feriado nesta gloriosa cidade e provavelmente terás o dia de folga. E acredito que seja teu desejo aproveitar a ocasião para viajar a outras terras, mais precisamente tomar a estrada rumo à igualmente aprazível Baixada Santista. Mas gostaria de pedir-te para que, desta vez, fiques por aqui, pois também pretendo me valer do dia de folga para visitar meus pais e amigos queridos que vivem no litoral de nosso Estado. Se formos todos para o mesmo lugar, no mesmo dia, corremos o risco de quedarmos ambos por horas na estrada. Então, por que não aproveitas a oportunidade para usufruir das muitas opções de lazer que a cidade na qual vivemos nos proporciona? Posso te elencar pelo menos dez opções diferentes de programa, mas destaco apenas uma: a mostra de filmes do Woody Allen que acontece no CCBB, no acolhedor centro velho desta grande Metrópole.

Desde já, agradeço a atenção e desejo-te um ótimo descanso.

Cordialmente,

V.P.

sábado, novembro 14, 2009

Visionário

Para aqueles que me cobraram uma posição sobre o caso Geisy, tudo o que tenho a dizer esta neste post. Uma resposta atrasada, diriam, se não tivesse sido escrito há mais de dois anos.

quarta-feira, novembro 11, 2009

Plantão do apagão

- Já que os tucanos se acham responsáveis por todas as conquistas do governo Lula, será que agora vão reivindicar também os louros pelo blecaute de ontem?

- Aliás, está aí mais um argumento para quem diz que os petistas nada mais fizeram que copiar o governo FHC…

- E já tem gente botando a culpa do apagão nos pobres, que andaram se fartando de comprar geladeira e produtos da linha branca de eletrodomésticos graças ao desconto no IPI dado pelo governo.

- E espero que o governo já tenha um plano de contingência para daqui a nove meses, quando as maternidades deverão ficar congestionadas graças ao blecaute de ontem…

sexta-feira, novembro 06, 2009

Lua nova

É bem possível dividir as fases da nossa vida de acordo com os eventos sociais dos quais participamos ou somos convidados. Aos trinta e poucos, já tive a fase das formaturas, casamentos e agora acompanho os aniversários de criança. Quando surge um evento de uma fase passada, como o casamento em que vou amanhã, não sei por que me sinto estranho e nostálgico, louco para surjam novos convites para casamentos e, quem sabe, formaturas...

quarta-feira, novembro 04, 2009

Lula Iscariotes

Incrível como o Companheiro Lula é capaz de sintetizar de maneira simples e objetiva – embora sem profundidade, é verdade – o que pensadores e intelectuais do naipe do ex-presidente e gênio da raça FHC levam a vida toda para explicar em seus livros e teses acadêmicas. Em entrevista à Folha de S.Paulo, o presidente sintetizou o jogo sujo da política local em uma frase de impacto:

“Se Jesus Cristo viesse para cá, e Judas tivesse a votação num partido qualquer, Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão.”

O único problema, ao meu ver, é que o Companheiro – supostamente o Jesus nessa metáfora – adorou se coligar e distribuir mensalão aos Judas do Congresso. Tanto que já os colocou no palanque de Dilma em 2010…

sexta-feira, outubro 30, 2009

Interiores

Em um único dia nesta semana vivi duas experiências antagônicas: pela manhã estive no lançamento de uma nova empresa na Bolsa e à noite fui ao lançamento de um livro, em um teatro.

Enquanto estava na Bolsa, questionava-me se não havia feito a escolha errada ao me dedicar à cobertura do mercado financeiro. “Eu sou um escritor”, pensei, enquanto observava as pessoas que me cercavam naquele lugar – todas fugindo da imprensa como o diabo da cruz – e nada tinham em comum comigo.

Durante o lançamento do livro, contudo, a sensação de desconforto foi a mesma. Tudo o que desejava era pegar o meu autógrafo e sair dali o quanto antes para me livrar daquele bando de atores, diretores, produtores e afins que se apinhavam no local. Graças ao bom (nem tão bom assim) e velho prosecco servido nessas ocasiões consegui resistir firme na fila. Mais algumas doses e este post, em vez de dramático, seria cômico. Fica para a próxima…

terça-feira, outubro 27, 2009

Esquadrilha da fumaça

O que aconteceria em um encontro entre Thom Yorke e Bob Marley? Provavelmente algo parecido com isto:

 

E uma jam entre Pink Floyd e The Wailers?

sexta-feira, outubro 23, 2009

Gol contra

Gostem ou não, é preciso admitir que o Companheiro Lula adotou uma combinação simples, mas de muito sucesso, para governar nos primeiros anos de mandato: prudência máxima na condução da economia e investimentos pesados em programas sociais. Foi desta forma que ele se tornou “O Cara”, nas palavras do Companheiro Obama.

Infelizmente agora, aos 45 do segundo tempo e com o jogo quase ganho, o time resolveu jogar para a torcida. O problema é que – com a honrosa exceção do presidente do BC, Henrique Meirelles – o time de Lula é medíocre, capaz de ideias toscas como a de taxar o capital estrangeiro que entra na bolsa. Uma típica medida de caudilhos de segunda divisão, como os Kirchners e Chavez da vida…

Classificação S&P:
Lula: cai de “B+” para “B”

terça-feira, outubro 20, 2009

É o cantor

Eu ia hoje reduzir a classificação de risco do Companheiro Lula depois da barbeiragem que ele cometeu ao taxar os investimentos dos gringos no País. Mas algo mais urgente precisava ser dito antes. É impressão minha ou aquela voz de taquara rachada do Zezé de Camargo está indo para o vinagre?

quinta-feira, outubro 15, 2009

Paulistânea

haddocl Cuidado com a tecnologia, caros e raros leitores deste S&P. Quase passei por um bom apuro hoje, em plena Avenida Paulista, ao me ver diante de uma belíssima morena, em trajes executivos sumários, quase na esquina com a Hadock Lobo. Ela caminhava em minha direção e, sem tirar os olhos dos meus à distância, balbuciava sacanagens inaudíveis e sorria.

Já estava pronto para me defender do ataque e mostrar a aliança no dedo esquerdo (ha ha ha), quando percebi que ela, na verdade, falava ao telefone celular usando um fone de ouvido acoplado. Ainda tive tempo de esbarrar levemente no ombro dela, atordoado com o mal entendido, antes de atender a uma chamada do meu próprio aparelho móvel. Era a minha mulher.

sábado, outubro 10, 2009

Como uma onda

Já que o prêmio Nobel da paz foi cair nas mãos bronzeadas do Obama - para fazer uso da piada de mau gosto (mas boa) do Berlusconi - bem que a academia sueca poderia conceder a honraria na área de economia para o Companheiro Lula. Afinal, enquanto os gurus do mercado financeiro previam o apocalipse, o nosso presidente foi uma das únicas vozes a se levantar e dizer que a crise não passaria de uma marolinha.

Dá até para imaginar a cena:

And the Economics Nobel goes to… President Lula, for the “Small Waves Theory”…

domingo, outubro 04, 2009

It’s a Pity

Que a música brasileira já teve dias melhores não há dúvida, mas o que dizer do refrão dessa nova música da dublê de roqueira Pitty?

…Diga que me adora
Diga que eu sou foda

Puxa, que saudades dos tempos em que se rimava amor com dor

Classificação S&P:
Pitty:
cai de “C” para “C-”

terça-feira, setembro 29, 2009

Mais que mil palavras

Não sei se alguém sentiu falta, mas posso justificar a ausência deste S&P com uma única imagem, da vista do quarto onde nos hospedamos em (ou seria “no”?) Recife nos últimos três dias:

DSC06364

domingo, setembro 20, 2009

Domingo no parque

Juliana e eu conseguimos o que parecia impossível neste fim de semana: organizar toda a logística para, vejam só, irmos ao cinema! Mas acabamos desistindo do programa por não encontrarmos na programação nenhum filme que nos agradasse. Como assim? Vocês passam praticamente seis meses sem sair de casa e não encontram sequer um filminho em meio a tantas opções?

Pois é, esse é o problema de se passar tanto tempo sem ir ao cinema: você quer aproveitar essa oportunidade da melhor forma possível, não dá para se contentar com um filme meia boca. Provavelmente existem opções ótimas em cartaz, mas não não podemos nos dar ao luxo de arriscar, como fazíamos quando éramos um casal livre, leve e solto…

terça-feira, setembro 15, 2009

Nossa língua

Enquanto agonizava de tanto tossir nesta madrugada, sei lá por que cargas d'água comecei a conjugar mentalmente o verbo algoz:

Eu tusso
Tu tosses
Ele tosse
Nós tossimos
Vós tossis (!)
Eles tossem

O presente do indicativo até que foi fácil. Mas a coisa começou a ficar complicada na hora do subjuntivo:

Que eu tussa... Se eu tossisse... Quando eu tossir...

Não fosse a tosse - o substantivo, não o verbo - atrapalhar a conjugação de vez em quando, creio que o professor Pasquale ficaria orgulhoso de mim...